3 - Encontro.

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– Theo, se pegou meu sutiã vermelho, eu juro que vou

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– Theo, se pegou meu sutiã vermelho, eu juro que vou... – uma ameaça as oito da manhã era uma ótima forma de começar o dia. Adorava estar de férias da faculdade para me concentrar no estagio, mas era enlouquecedor ter que lidar com Alicia e mamãe de manhã.

– Não sei se reparou, mas seu busto é seis números maiores que o meu – recordei-a mordendo meu sanduíche natural, com uma quantidade anormal de picles. – Está ameaçando a Armstrong errada – dito isso, mamãe apareceu com uma garrafa térmica de café e o cabelo âmbar preso com vários bob's.

– Alicia, eu precisava dele, fui a um encontro com aquela blusa vermelha meio transparente – se sentou na nossa mesinha quadrada de jantar, se servindo de ovos e salsichas fritas. – Eles fazem meus peitos parecerem dois melõezinhos que não murcharam após dar de mamar a duas criaturinhas muito, muito ingratas.

- E lá vamos nós – me preparei. Alicia surgiu como um furacão, seu cabelo escuro e cumprido parecia uma cena de filme de terror de tão arrepiado, e as ondas revoltas estavam evidentes sem as varias passadas de chapinha costumeiras.

– Foi a um de seus encontros sexuais com meu sutiã? – Um bom temperamento não era o forte das mulheres da família, e nem a capacidade de resistir a homens, exceto por mim, afinal, eu não tinha sequer opções para tentar resistir. – Você me enlouquece! – vociferou, ainda de camisola.

Mamãe passou um pouco de manteiga em seu pão.

– Essa expressão que está fazendo agora vai acabar te dando rugas, se estresse menos, docinho – aconselhou com toda calma do mundo, o que deixou minha irmã ainda mais irritada.

– irei por um cadeado no meu guarda-roupa – anunciou. Peguei a xícara de café dando um grande gole para despertar de uma vez.

Mamãe riu de maneira zombeteira.

– Não debaixo deste teto – e o tom era a premissa de que ela destruiria o guarda-roupa ou até mesmo o quarto se Alicia sequer ousasse por um cadeado.

Me levantei da mesa.

– Estamos todos muito falantes está manhã, não é? – comentei. Sra. Armstrong levou a mão a boca para abafar um arroto.

– Uma família unida é primordial – quase cantarolou. – Inclusive, pela minha janela pude jurar que vi você chegando de moto ontem a noite, mas deve ter sido um delírio, ando tomando muitas vitaminas e hormônios por causa da menopausa.

A coisa mais segura a se fazer era ir para o quarto e tentar ajeitar a minha franja com uma escova.

Alicia parou no meio da sala, estranhamente interessada.

– Theo e moto – riu. – Sempre me perguntei quando ficaria fora de si, Justine – minha irmã tinha o habito de chamar nossa mãe pelo primeiro nome sempre que queria alfinetá-la.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora