12 - interrupção.

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Ao sair do banheiro da recepção, Alicia me puxou pelo braço

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Ao sair do banheiro da recepção, Alicia me puxou pelo braço.

— Onde dormiu? — questionou.

Bufei com irritação.

— já conversei com Justine — puxei meu braço de seu aperto e sai andando.

—Foi atrás dele não é? — indagou cada vez mais parecida com um animal raivoso.

Sabia exatamente de quem ela falava, e era loucura ela sequer cogitar tal coisa.

— Não! Deus, eu não fui, e eu não vou nem em sonho, pare de surtar — passei pela mesa de Melissa a passos largos, e por sorte ela não estava lá.

— Então onde dormiu? — continuou no meu encalço. Iria arrancar todo aquele cabelo dela, esta a meio passo disso. No entanto, apenas me virei e sorri.

— Dormi na casa do Raul.

Ela arregalou os olhos para mim, e quando olhou por cima do meu ombro eles aumentaram ainda mais.

Dormiu é? — Aquele timbre forte com um tom ácido e ríspido fez o sangue gelar em minhas veias. Não precisava virar para saber quem é, mas ainda assim o fiz.

— Sr. Evans — aqueles olhos castanhos não estavam contentes. Se tratando de Harry, ele sempre estava descontente. Ao menos, se tratando de Harry perto de mim.

— Theodora — me cumprimentou. — Vamos viajar na quinta a noite ao invés de sexta de manhã, houve um problema com os horarios dos autógrafos, Então temos que estar lá antes do almoço. Prepare sua mala direito, e me espere aqui na recepção no dia, vamos juntos para o aeroporto.

Ele nem esboçava uma emoção.

— certo — não tinha muito o que conversar com ele. Passamos por uma série de eventos constrangedores seguidos, e tinha sido só isso. O beijo não significava nada.

Ele passou por mim com uma frieza que nem todo polo norte seria capaz de carregar. E em um ímpeto estranho eu o segui com olhar.

Alguma coisa me incomodava com a possibilidade dele estar chateado com algo. Possivelmente tê-lo visto chorar e saber que ele e o pai tinham sido abandonados pela mãe tinha causado uma espécie de compaixão da minha parte. Sim, compaixão.

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— ah, soube que vai para a viagem com o Harry? — Raul me esperava na saida da Empress.

O tempo estava quente, pela primeira vez condizindo com a estação.

— Boa noite pra você também — falei.

Ele coçou a nuca e passou a me acompanhar.

— Porquê não me disse?

—Não sabia se era algo que eu precisava dizer ou apenas comentar em cima da hora — fui honesta.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora