17 - Um sonho.

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— Harry, eu vejo você mais tarde

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— Harry, eu vejo você mais tarde. Preciso comer, tomar banho, escovar os dentes — Tentou me expulsar assim que se levantou.

Bocejei.

— Posso comer com você, ao invés de cada um pedir uma refeição, se pedirmos duas porções para uma pessoa só chega mais rapido — me sentei apoiando as costas na cabeceira da cama. — se tomarmos banho juntos podemos economizar água, e eu nunca iria me opor a causas ambientais.

Ela rolou os olhos e se abaixou para puxar algo abaixo da cama, aparentemente sua mala.

— Harry, eu preciso ficar sozinha.

— Se arrependeu? — Ela seria louca se estivesse arrependida. Aquilo, aquele fogo, não era normal. E nem em cem anos ela sentiria esse tipo de coisa com outra pessoa.

Em vinte e sete anos eu nunca tinha sentido meu corpo queimar como tinha sido ao toca-la. E eu já havia tocado diversas mulheres, de todos os tipos.

Ela desviou o olhar ficando ereta, mas negou com a cabeça.

Finalmente consegui respirar.

— Não sei porquê se importa tanto com o que eu penso sobre o que aconteceu — disse. — Não é como se isso fosse algo importante pra você, deve dormir com alguém diferente a todo tempo.

Ela tinha acertado em cheio, e eu não gostava disso, não gostava de tê-la tão certa sobre mim. Me senti levemente incomodado com minha própria conduta.

— Tem razão — se eu pretendia me manter são, era certo me afastar logo dela, prolongar só me faria cair ainda mais em seus charmes. Theodora era mais perigosa do que ela mesma poderia compreender. — É que você não parece o tipo de pessoa que gosta de sair beijando um cara aqui e outro ali por diversão, então fiquei com medo que confundisse as coisas, que visse algo que não existe.

Ela me avaliou como um livro, e comecei a pensar que um de seus olhos poderia ter o dom de ver as mentiras que eu dizia.

— Foi você quem veio até meu quarto — jogou na minha cara.

— Depois de você fugir do meu, onde estava bem confortável seminua — falei acusatoriamente, saindo da cama.

Ela me tirava do sério com tanta facilidade.

— Você quis me beijar, pela segunda vez! — Ergueu seu dedo pra mim. Iria morde-lo se ela não o abaixasse logo. — Você que me levou ate a cama e... fez aquelas coisas — seu rosto inteiro adquiriu um tom rosado. Sim, aquelas coisas, aquelas otimas coisas.

Calcei as sandálias e fui até a porta, virei metade do corpo para olha-la nos olhos.

— Você não me rejeitou. lembro vividamente dos seus dentes no meu pescoço, e eu não a obriguei a fazer isso — recordei-a.

Seu rosto se contorce em pura raiva e desprezo, e se ela pudesse, jogaria aquela mala idiota em mim.

— Mas implorou para que eu continuasse — rebateu, mordaz.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora