Angel's Halo

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Meus amores, só relembrando aqui que a Harlie é bissexual, ok? Ou seja, ela sente atração por homens e mulheres. E esse capítulo vai ser focado nos sentimentos dela pela Beth. Aqui, todas as formas de amor são aceitas.

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Quando Harlie abriu os olhos, já não reconhecia o lugar onde estava. Ela sentia como se estivesse bêbada, e seus sentidos estivessem entorpecidos. Tudo o que ela conseguiu ver foi um quarto branco e uma agulha perfurando seu braço, ligando-o a um recipiente que continha soro médico. Percebendo melhor as coisas, sentiu que estava em uma cama, com a cabeça repousada em um travesseiro.

Ela entrou em desespero. Onde ela estava? Onde estavam Rick e os outros? Aquilo parecia um hospital, mas ela não tinha certeza. Harlie se sentou e começou a tirar a agulha que perfurava seu braço. Porém, antes que ela conseguisse, uma garota entrou no quarto e a impediu.

—Não tire! Se você tirar, a dor vai voltar. Vai precisar ficar com isso, por enquanto. – A garota disse, se aproximando de Harlie e tirando a mão dela da agulha.

Aquela garota tinha um semblante extremamente meigo e angelical. Ela era loira, tinha olhos azuis e era alguns anos mais nova que Harlie. Também estava com o rosto machucado, com pontos dados por alguém que certamente não era um profissional. Ela ainda estava segurando a mão de Harlie, o que de certa forma, transmitia alguma tranquilidade. Mas Harlie ainda estava transtornada com aquela situação e aquele lugar.

—Que lugar é esse? – Harlie perguntou. – Quem é você?

—Fique calma, esse lugar é seguro. Estamos no Hospital Grady Memorial, em Atlanta. Pode olhar pela janela, se quiser. – A garota se levantou e apontou para a janela, oferecendo acompanhar Harlie até lá.

Relutante, Harlie olhou constantemente para a garota e para a janela, desconfiada. Ela queria fugir daquele lugar e voltar para a igreja. Mas não sabia se Rick iria aceitá-la de volta depois do que houve. Nem sabia se eles ainda estavam na igreja. Por fim, Harlie resolveu segurar a mão da garota outra vez e ir até a janela com ela.

—Cuidado, não se esforce demais. Sua perna ainda está machucada. – A garota disse, segurando Harlie com gentileza.

—Você ainda não me disse o seu nome... – Harlie disse, curiosa para saber quem era aquela garota.

—Me chamo Beth. – A garota respondeu, com um sorrisinho.

—Beth... – Harlie repetiu o nome, para memorizá-lo mais rápido. – Eu sou a Harlie.

Harlie ficou automaticamente encantada por Beth. Por mais que ela estivesse sentindo que alguma coisa estava errada, e bem errada, a garota era simplesmente adorável. Mas Harlie não podia tirar conclusões precipitadas. Ela ainda precisava saber por que estava naquele hospital e o que as pessoas dali queriam com ela.

—Venha, eu vou mostrar o resto do hospital. – Beth disse, continuando a andar de mãos dadas com Harlie.

Enquanto elas andavam, Harlie percebeu que a mão de Beth estava trêmula. Como se ela estivesse receosa de algo. Harlie não entendeu o porquê. Aquele lugar realmente parecia um hospital, intocado pelo apocalipse. Porém, ao invés de estar cheio de médicos, estava cheio de policiais. Harlie achou melhor perguntar.

—Beth... onde estão os médicos daqui? Foram esses policiais que suturaram o seu rosto? – Harlie perguntou, olhando para os lados.

—Não, foi o Dr. Edwards. Ele é o único médico que sobrou. – Beth respondeu.

—Esses pontos estão mal dados, você corre riscos de ficar com essas cicatrizes para o resto da vida. – Harlie disse. – Eu era estudante de medicina antes do apocalipse, posso dar um jeito no seu rosto. Só preciso de agulha e fio.

𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐃𝐄𝐌𝐎𝐍𝐒 | daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora