True Love Choni - Parte 2

Capítulo treze

Cheryl POV

Confesso que vê Janet apontando uma arma para a cabeça de Clifford foi uma sessão tanto quanto boa, uma sessão de livramento.
Mas quando eu vi ele se rendendo uma força maior que o meu medo me fez correr e pegar arma.

–Cheryl, não! - Janet grita mas já era tarde demais.

–Que ótimo, duas estrupicio apontando armas para mim. Mas eu sei que você não vai ter coragem de me matar, Cheryl. Você não passa de uma medrosa. - Clifford fala e meu sangue ferve a ponto de me fazer atirar na cabeça dele sem dó. Primeiro ele some, volta, faz da minha vida um inferno por quase dois meses, me sequestra e agora me chama de medrosa. Esse desgraçado é a pior pessoa que poderia passar pela minha vida.

–Cala a boca! - Eu gritei e destravei a arma. –Eu posso ter medo de muitas coisas, mas eu não tenho medo de fazer justiça. - Falei e ele riu sem humor.

–Por favor Cheryl, não atire deixe que eu resolvo isso. - Janet implora.

Em movimento brusco Clifford dá uma cotovelada no rosto de Janet fazendo ela e a armar cair no chão, tento ter uma reação mas meu medo me tornar submissa dele. Clifford passa a apontar a arma para mim e para a mulher caída no chão.
A minha visão começou a ficar turva e minha boca ficou completamente seca, um calor passou a tomar conta do meu corpo, olhei para o lado na tentativa de pedir ajuda a Toni mas vi ela se levantando devagar, olhei para frente novamente e vi Janet e Clifford em uma luta corporal, tentei mais uma vez ter alguma reação mas acabei levando uma coronhada.

● ● ●

Sinto um cheiro forte de álcool abaixo do meu nariz e acordo espantada.

–Capitã, ela acordou. - O homem que está na minha frente fala um pouco alto para que alguém escute. Olho em volta e vejo que ainda estou no galpão, porém o lugar está cheio de polícias e eu estou agora em uma maca.

–Pode ir, eu quero conversar com ela. - O homem então bate continência e sai. Janet me ajudar a sentar na maca e me entrega um copo de água e eu bebo ele todo em poucos segundos, me engasgando no final. –Calma, eu preciso de você viva. - Ela fala em um tom descontraído e eu lhe entrego o copo.

–O que aconteceu depois que eu desmaiei? - Me ajeito melhor na maca.
–O Clifford foi preso? Vocês conseguiram prender ele? - Ponho a mão no meu pescoço e sinto meu colar com o pingente de câmera, olho para os dois lados e não vejo Toni. Meu coração acelera e eu começo a respirar pesado. –A Toni? Cadê ela? Por que ela não está aqui comigo? - Agarro a gola da blusa de Janet e olho nos fundos dos seus olhos. –A Toni morreu?

Janet nada diz e abaixa a cabeça, seguro mais forte a gola de sua camisa e sinto que meu chão desmoronou e agora eu estou flutuando em um vão de angústias e pesadelos.
Sinto braços firmes me abraçarem e olho para cima vendo meu sogro.

–FP? – Falou desnorteada. –A Toni morreu? Ela nos abandonou?

–Não minha querida, ela não morreu. Ela não seria louca de nos abandonar, ainda mais na época do Natal. - FP responde e afaga meus cabelos.

–Na verdade, nós não sabemos ao certo o que aconteceu com ela. - Olho para o outro lado e vejo Jughead.

–Você quer fazer o favor de calar essa boca. - FP estica o braço e dá uma tapa em Jug.

–Me desculpe por ser realista. - FP e Janet lançam um olhar furioso para ele. –Me desculpem, ok? Eu estou apavorado e não sei como agir nesses momentos. - Ele senta do meu lado na maca.

–Mas como assim vocês não sabem aonde ela está? Ela tava aqui, ela ia tentar desarmar o Clifford.

–Depois que você levou uma coronhada ela quis te ajudar, mas eu pedi para que ela fosse atrás de ajuda, mas ela negou e disse que só saía daqui com você, eu conseguir convencer ela do contrário, foi doído mas ela foi. Eu continuei na luta com Clifford e ele ainda conseguiu acertar um tiro no meu ombro, mas foi de raspão. - Observo o curativo no seu ombro. –Quando ele viu que eu não desistiria fácil, começou a atirar para todos os lados. Foi quando os serpentes chegaram, nesse momento de distração ele conseguiu me derrubar e fugir pelos fundos, parece que tinha um carro esperando ele.