True Love Choni - Parte 2

Capítulo vinte e nove - (Feliz aniversário)

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Cheryl POV

Vida adulta, por que tão chão chata?

Poderia ser menos complicado conciliar a vida de mãe, com a vida de empresária, com a vida de esposa morrendo de saudade.

Já tem dois meses que Toni viajou e eu estou morrendo de saudade.
Quase não temos nos falado devido a correria por lá e a falta de sinal também não ajuda muito, mas algo que ela me avisou foi que esse mês é quase certeza que ela não volte e eu estou odiando isso, durante esses dois meses separadas só nos falamos umas cinco vezes durante no máximo trinta minutos, não deu para matar nem um terço da minha saudade.
Estou quase subindo pelas paredes com vontade de abraçar ela nem que seja por um minuto.

Ela viajou em maio, faltando uma semana para o aniversário de April, a garota não quis festa, pediu apenas para ir no show da Tayloy Swift e assim fomos. Ela cantou, dançou, chorou e foi no camarim tirar foto, foi tão bom vê a minha pequena feliz.

Semana passada foi a formatura de Cath e eu quase desmaiei de tanta emoção, minha garotinha se formou e está a um passo da faculdade de engenharia mecânica. Toni conseguiu acompanhar tudo pelo celular e assim como eu não se conteve.

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Chego em casa e vejo April mexendo em seu celular enquanto Jason cozinha empolgado ao som de música eletrônica, desligo o som e ele se assusta.

–Com medo? - Ponho minha bolsa sobre o balcão.

–Jamais, sou corajoso demais para isso. - Ele continua mexendo algo na panela.

–Pensei que hoje seria a vez de Cath fazer o jantar. - Pego um pouco de água. –Não me diga que ela te deixou aqui no lugar dela para sair com as amigas ou com a Ema?

–Quem dera se fosse, mas a verdade é que ela chegou bem triste depois de ter saído e subiu direto, só me mandou mensagem pedindo para fazer o jantar.

–O que que aconteceu?

–Não faço a mínima ideia, tentei conversar mas ela disse que queria ficar sozinha, não insistir.

–Eu vou lá.

Prendo meu cabelo e subo até o quarto dela, bato na porta e entro, as luzes apagadas e as fungadas fortes dão indício de que ela está chorando a um bom tempo.

–Filha, sou eu. - Sento na ponta da cama e passo minhas mãos pelas suas pernas. –Jay-jay me disse que você chegou triste depois que saiu, quer me contar o que houve?

–Não, eu estou bem. - Ela diz com a voz de choro. Continuo fazendo carinho em suas pernas. –A senhora não vai embora não é?

–Não, quero saber o que aconteceu. - Ela limpa as lágrimas e senta na cama.

–Eu briguei com a Ema.

–É normal minha filha, casais brigam mesmo, mas logo logo se acertam.

–Eu não sei não, dessa vez foi bem feio.

–O que aconteceu? Qual foi o motivo?

–Ciúmes. Desde ontem ela não me respondia, hoje quando chegamos no shopping ela disse que ficou sem bateria e tinha esquecido o carregador na casa de uma amiga, a garota que encena junto dela e vive dando investidas na minha namorada. - Ela funga e se ajeita melhor na cama. –Eu fiquei com raiva por ela não ter me respondido e briguei com ela, fui embora do shopping mas parei em um parque e percebi que não tinha nada haver aquela briga, decidir então levar café para ela como pedido de desculpas, mas quando eu cheguei no teatro ela estava beijando a garota. - Arregalo meus olhos. –Era uma cena da peça. - Fico mais aliviada. –Eu sabia, mas mesmo assim eu dei chilique e briguei com ela, falei coisas idiotas e que a magoaram, agora ela não quer mais falar comigo e é bem feito, eu fui uma babaca com ela.