True Love Choni - Parte 2

Capítulo dezoito

Cheryl POV

Hoje completa 6 meses da minha gestação e eu estou parecendo um baiacu. Eu estou enorme, meus pés e minhas mãos estão inchados, minhas bochechas estão bem maiores, as minhas costas me matam todos os dias e minha barriga está imensa.
O meu humor nem se fala, eu troco de humor a cada cinco minutos, ao mesmo tempo que estou rindo eu estou chorando, ao mesmo tempo que estou triste eu estou com raiva e querendo matar qualquer um pela minha frente, mas na maioria do tempo eu só quero alguém para me abraçar e me beijar, Toni tem exercido essa função com muita maestria.

Meus olhos pesados passeiam pela folha com inúmeras letrinhas minúsculas que agora me fazem sentir mais dor de cabeça, queria poder beber o meu remédio mas a Dra. Yang me alertou que era melhor eu evitar remédios fortes durante a gestação e é o que eu tenho feito.
Olho no relógio e já se passam das 22:30pm, decido guardar as folhas na pasta e guardar na bolsa, desligo os computadores e as luzes da minha sala e vou caminhando até o elevador, o escritório inteiro já está apagado e sem ninguém, afinal, quem é o idiota que fica até essa hora no serviço em plena sexta-feira?
Chego na garagem e o segurança do prédio vem até mim.

–Boa noite senhora Topaz. - Ele sorrir simpático e segura minha bolsa.

–Boa noite.

–Hoje a senhora ficou mais tempo do que nos outros dias. - Destravo o meu carro e ele põe a minha bolsa no banco da frente.

–É, daqui a duas semanas eu entro em licença maternidade e quero deixar tudo resolvido para quando o meu sócio vim assumir o meu lugar. - Ele abre a porta do motorista e me ajuda a entrar. –Boa noite, se cuida.

–Pode deixar, que a senhora tenha um restante de noite ótima. - Ele fecha a porta do carro e eu vou embora.

O caminho até em casa foi um pouco agitado, as ruas e bares estavam cheio de jovens se divertindo com os amigos o que ocasionou um pequeno trânsito em alguns lugares, mas nada aborrecedor.
Fiquei pensando que quando chegasse em casa Toni ia vim toda bravinha brigar comigo pelo fato de eu estar chegando muito tarde e não ter atendido suas ligações, é tão fofo vê-la assim.

Abro a porta do meu apartamento e apenas a televisão está ligada, tiro meus sapatos e vou caminhando sentindo o gélido do chão aliviar as dores de um dia inteiro com sapatos apertados, olho no escritório e tudo está apagado, caminho até a cozinha e vejo Toni lavando a louça, depósito um beijo na sua bochecha e ela continua lavando a louça. Pego um pouco de água e me encosto no balcão.

–Acredita que eu peguei engarrafamento no centro da cidade? Os bares estão lotados. - Tento puxar assunto.

–Tem salmão no forno e um arroz de nozes e amêndoas no fogão, se você estiver com fome é só esquentar. - Ela seca as mãos no pano e se vira para mim. –Boa noite.

Fico sem entender o que aconteceu e subo para conversar e entender o porquê desse mal humor todo, encontro ela no quarto pegando uma coberta e um travesseiro.

–Amor, que que tá acontecendo? Por que você está agindo assim? - Ela apenas me olha e continua pegando sua coberta. –Baby, fala comigo.

Ela joga as coisas no chão e se aproxima.

–Cheryl, que dia é hoje?

–Sexta-feira? - Falo como se fosse óbvio.

–Não, eu quero saber que dia do mês. - Fico pensativa e ela suspira alto.

–Sei lá, Toni, dia 23 de setembro?

–Droga Cher, hoje é dia 25 de setembro, nosso aniversário de casamento. - Arregalo meus olhos surpresa, não é possível que ela esteja falando sério. Olho no relógio ao lado da minha cama e vejo que realmente é dia 25 de setembro.