25- Vejo Uma Porta Abrir

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As pessoas já estavam gritando para eu aceitar, eu estava chorando, olhando a caixinha em suas mãos, completamente paralisada.

- É Mariana...- Felipe me acordou dos meus pensamentos. - Poderia responder? Essa posição é bem desconfortável.

- Sim! Mas é claro que sim! - Digo ainda chorando, uma gritaria foi ouvida, ele enfiou uma aliança no meu dedo e me abraçou.

Senti que poderia morar naquele abraço. Ficamos assim por muito tempo, enquanto as pessoas gritavam.

Quando eu me acalmei, Felipe segurou o meu rosto com as duas mãos, fazendo carinho nas minhas bochechas e enxugando as minhas lágrimas.

- Eu te amo. - Disse, não conseguindo desviar meus olhos dos seus olhos castanhos.

- Eu também te amo. - E ele me beijou, foi um beijo tão calmo e com tantos sentimentos envolvidos... Senti suas mãos na minha cintura, eu já não ouvia mais os gritos, eu estava com ele, e para mim isso era mais que o suficiente.

Nos sentamos novamente, apenas para eu acabar a minha torta. Eu demorei um pouco mais do que realmente demoraria, pois eu parava para olhar a aliança no meu dedo, o tempo todo...

- Gostou? - Ele perguntou. - Se quiser a gente pode trocar...

- Amei. - Disse, olhando para a pequena joia. - É lindo.

Eu terminei de comer, pagamos a conta e já íamos levantar para ir embora, quando mais um "aceita, aceita" foi ouvido.

- Olha amor, roubaram nossa cena. - Digo. - Vamos ver. - O puxei pela mão e quanto mais perto da multidão eu chegava, mais chocada ficava.

O noivo era muito familiar, tinha cabelos vermelhos inconfundíveis e a noiva bochechas rosadas e cabelo castanho.

- Puta que me pariu! Eu não acredito! Você é a outra noiva! - Digo, olhando minha melhor amiga na minha frente, com uma aliança no dedo.

- Outra noiva? - Bia disse, quando ela vira na minha direção, arregala os olhos em completo choque quando me vê. Também me assustaria se Bia aparecesse no meio do meu pedido.

- Felipe me pediu em casamento. - Digo, mostrando minha aliança a ela. - Ele me pediu a poucos minutos no meio da sobremesa. - Digo, sem conter a animação.

- Eu não acredito! - Bia disse, animada. - Você é a outra noiva. Estamos noivas!

- Aí meu Deus! - Eu e ela nos abraçamos, Bia era a última pessoa que eu esperava ver nesse momento, mas ela estar aqui me abraçando nesse momento, torna as coisas tão únicas.

Eu fui despertada dos meus pensamentos pelo "Deu certo" que eu ouço Felipe, meu noivo, dizer ao Henrique.

- Vocês planejaram isso? - Bia pergunta, me soltando enquanto eu limpava minhas lágrimas de felicidade.

- Sim. - Henrique responde. - Planejamos com a ajuda do Leandro.

- Eu não acredito. - Respondo, ainda em choque. - Vocês são loucos.

- Acho melhor irmos embora. - Felipe fala. - Já estou ficando sem graça com tanta gente olhando pra gente.

Henrique pagou a conta do casal e saímos, curiosamente, eu saí de braços cruzados com Beatriz e não de mãos dadas com Felipe, o que achei engraçado.

Eu deixei meus filhos na casa dos meus pais, eles moram perto daqui, então vim andando, e Felipe veio direto do trabalho.

Voltamos todos no carro de Henrique e Bia. Felipe e Henrique foram na frente e nós duas fomos juntas atrás.

Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora