Depois que Felipe descobriu sobre a minha gravidez, ele virou mais carinhoso. Assumimos uma espécie de namoro.
Ele não canta mais as meninas no recreio, passou a me levar pra casa todos os dias, e trocamos beijos com frequência.
Minha mãe não gostou nem um pouco da história da gravidez, mas não me colocou para fora de casa.
A convivência lá em casa está horrível, mas pelo menos, eles não fizeram nada ruim.
Eu resolvi deixar a coordenação contar aos meus colegas da escola, eles vão falar com a turma, para ter cuidado comigo e essas coisas.
Eu não me importo tanto com o julgamento alheio, só não sou obrigada a contar a todos.
Hoje é domingo. Vou ser oficialmente apresentada como "namorada" do Felipe.
Fui com um vestido de florido que ganhei da minha mãe e quase nunca usei. Coloquei um par de sapatilhas, também da minha mãe.
Usando meu cordão da relíquias da morte, penteio meu cabelo, passo batom e estou pronta.
Meu pai me levou até a casa do Felipe ouvindo como sempre um música antiga, dessa vez era Miracle, do Bon Jovi.
- Vê se não passa vergonha. - Meu pai fala.
- Eu? Jamais. - Digo, de forma debochada.
Saio do carro e toco a campainha, e logo Felipe atende a porta. Está como sempre sorrindo, parece que viu um passarinho azul.
Eu realmente pensei isso?
Meu pai já tinha saído com o carro e me deixou na porta com o Felipe.
- Você está linda. - Ele disse, me deixando sem graça.
- Obrigada. Sua família chegou? - Digo, entrando na casa.
- São só meus pais. - Ele disse, me guiando até a cozinha. - Meu pai foi pegar minha mãe, ela estava fazendo as unhas.
- Ah, entendo. Não tem parentes? - Eu sentei no banco da cozinha, aonde fui guiada a ir enquanto ele cozinhava.
Felipe cozinha?
- Meus pais são filhos únicos e meus avós faleceram.
- Sinto muito. - Digo. - Você cozinha?
- Sim Mariana, cozinho. - Ele revirou os olhos. - E por que o tom de surpresa quando perguntou se eu cozinhava?
- Você não é caseiro. - Dei os ombros.
- Você nunca perguntou. - Respondeu.
- Você nunca demonstrou. - Rebati.
Ele bufou.
- Pode comer frango?
- Posso. - Respondo. - Aqui tem banana?
Ele sorriu do meu pedido é mostrou um cacho.
Peguei uma, e depois de descasca-la amassei, misturei com ovo e grãos de aveia.
- Me da uma frigideira. - Peguei antes dele me entregar, peguei óleo e comecei a fazer as panquecas.
- O que está fazendo? - Ele quis saber.
- Panquecas.
- Panquecas? Isso não parece panqueca. - Reviro os olhos.
- Sim, Felipe. Faço isso rápido, assim tem almoço e sobremesa.
- Esperto da sua parte. - Ele disse, já indo pegar uma panqueca, mas levou um tapa na mão.
- Aí!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)
Ficção AdolescenteMãe adolescente, uma cozinheira animada e com a mente fora da caixinha. Mariana tem seu mundo virado de ponta cabeça depois dos seus 17 anos. Esse livro vai contar a perspectiva da Mariana, e de como foi para ela ser mãe tão nova, juntamente com o s...