7- Born To Be Yours

219 130 30
                                    

Depois que Felipe descobriu sobre a minha gravidez, ele virou mais carinhoso. Assumimos uma espécie de namoro.

Ele não canta mais as meninas no recreio, passou a me levar pra casa todos os dias, e trocamos beijos com frequência.

Minha mãe não gostou nem um pouco da história da gravidez, mas não me colocou para fora de casa.

A convivência lá em casa está horrível, mas pelo menos, eles não fizeram nada ruim.

Eu resolvi deixar a coordenação contar aos meus colegas da escola, eles vão falar com a turma, para ter cuidado comigo e essas coisas.

Eu não me importo tanto com o julgamento alheio, só não sou obrigada a contar a todos.

Hoje é domingo. Vou ser oficialmente apresentada como "namorada" do Felipe.

Fui com um vestido de florido que ganhei da minha mãe e quase nunca usei. Coloquei um par de sapatilhas, também da minha mãe.

Usando meu cordão da relíquias da morte, penteio meu cabelo, passo batom e estou pronta.

Meu pai me levou até a casa do Felipe ouvindo como sempre um música antiga, dessa vez era Miracle, do Bon Jovi.

- Vê se não passa vergonha. - Meu pai fala.

- Eu? Jamais. - Digo, de forma debochada.

Saio do carro e toco a campainha, e logo Felipe atende a porta. Está como sempre sorrindo, parece que viu um passarinho azul.

Eu realmente pensei isso?

Meu pai já tinha saído com o carro e me deixou na porta com o Felipe.

- Você está linda. - Ele disse, me deixando sem graça.

- Obrigada. Sua família chegou? - Digo, entrando na casa.

- São só meus pais. - Ele disse, me guiando até a cozinha. - Meu pai foi pegar minha mãe, ela estava fazendo as unhas.

- Ah, entendo. Não tem parentes? - Eu sentei no banco da cozinha, aonde fui guiada a ir enquanto ele cozinhava.

Felipe cozinha?

- Meus pais são filhos únicos e meus avós faleceram.

- Sinto muito. - Digo. - Você cozinha?

- Sim Mariana, cozinho. - Ele revirou os olhos. - E por que o tom de surpresa quando perguntou se eu cozinhava?

- Você não é caseiro. - Dei os ombros.

- Você nunca perguntou. - Respondeu.

- Você nunca demonstrou. - Rebati.

Ele bufou.

- Pode comer frango?

- Posso. - Respondo. - Aqui tem banana?

Ele sorriu do meu pedido é mostrou um cacho.

Peguei uma, e depois de descasca-la amassei, misturei com ovo e grãos de aveia.

- Me da uma frigideira. - Peguei antes dele me entregar, peguei óleo e comecei a fazer as panquecas.

- O que está fazendo? - Ele quis saber.

- Panquecas.

- Panquecas? Isso não parece panqueca. - Reviro os olhos.

- Sim, Felipe. Faço isso rápido, assim tem almoço e sobremesa.

- Esperto da sua parte. - Ele disse, já indo pegar uma panqueca, mas levou um tapa na mão.

- Aí!

Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora