30- Epílogo

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No ano de 2035...




- Henrique! - Digo entrando na sua casa, lhe dando um susto.

- Que foi, porra? São onze e meia da manhã! - Henrique fala, emburrado.

- Recebi uma ligação da escola, Helena machucou o pé. Mas eles falaram que não é nada muito sério.

- Como assim, como aconteceu? - Ele pergunta, nervoso.

- Eles falaram que ela torceu o pé no último tempo, disse que não queria vir para casa para não preocupar vocês sem motivo. Mas ela não consegue apoiar o pé no chão.

- Então como ela está voltando para casa? - Ele perguntou, ainda mais preocupado.

- Eles falaram que Harry está carregando ela. - Contei.

- Eles deixaram minha filha voltar machucada para casa com uma criança? - Ah céus...

- Bem, eu fiquei meio chocada também, mas eles falaram que eles estão bem.

- Por que eu não recebi nenhuma ligação? - Perguntou.

- Eles ligaram para a Bia e ela autorizou tudo que está acontecendo. - Dei os ombros. - Agora você pode para de surtar? - Pergunto, sem paciência. - Eu só vim te avisar para você não se assustar.

- Está bem, obrigado. - Ele disse.

- Agradeça ao Harry, ele ainda tomou uma advertência por causa dela. - Afirmo. Tenho certeza que foi por causa dela...

- Uma advertência? Por quê?

- A escola disse que ele bateu em um menino. - Explico. - Mas não acho que seja simples assim, ele deve ter feito alguma coisa com Helena.

Eu digo e saio para esperar meus filhos chegarem.

Felipe estava na sala, ele já sabia de tudo, estávamos apenas esperando as crianças.

Alice e Samuel chegaram antes, estavam emburrados por terem que carregar duas mochilas pelo caminho, disseram que não sabiam de muita coisa. E nos avisaram que Harry estava na casa dos meus amigos, contando para Henrique sobre o que aconteceu.

Alice me deu a advertência de Harry, e soltei um suspiro antes de assina-la.

Eles subiram as escadas e cada um foi para o seu quarto, Jude chamou Felipe para ajudar com o dever de casa, e eu fiquei esperando Harry.

Ouvi quando a porta se abriu, e ele tacou a mochila no sofá. Eu já tinha preparado o gelo quando o vi.

- Toma Anderson Silva. - Digo, lhe entregando o gelo. Harry estava puto, com certeza. Coloquei a mão no seu queixo para analisar o olho, estava roxo e inchado. - Tá feio, em? Ganhou pelo menos?

- Não. - Ele riu. - Mas valeu a pena.

- Já assinei a sua advertência. - Digo a ele. - Me explique o porquê você bateu naquele moleque, e dependo da sua resposta, você pode deixar seu celular comigo.

Eu o olhava preocupada, ele não era de brigar, apesar de ser bem impulsivo as vezes.

- Eles estão implicando com a Helena de novo. - Ele disse, frustrado. - Fazendo piadas com o fato dela ser adotada, a Larissa Melo disse que ela era uma "órfã mal-amada". Eu nunca senti tanta raiva daquela menina.

Suspiro, Helena e Samuel as vezes tem uns problemas na escola pelo fato de serem adotados. Mas é a primeira vez que isso termina em socos e olhos roxos...

Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora