Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)

1- Prólogo

*POV FELIPE*

Eu, Beatriz, Mariana e Henrique combinamos de sair hoje, e eu sabia muito bem que Henrique estava puto, pois ele acha a Beatriz muito "infantil" para o evento. Iríamos para uma festinha em Botafogo.

Assim que eu cheguei no ponto de encontro, vejo Henrique de cara fechada e Mariana mexendo no telefone, sinal claro que eles tinham acabado de brigar.

Cumprimentei Henrique e dei um peteleco na orelha de Mariana, apenas para ver sua careta irritada.

Ficamos esperando por quinze minutos até que a Beatriz chegou.

Não pude dizer que Beatriz estava igual a escola, estava com roupas mais apertadas e uma maquiagem carregada, mas eu já esperava por isso, afinal, estamos indo para uma festa e não para uma igreja.

Mas mesmo sabendo que Beatriz era com certeza, a mais responsável do grupo, achei melhor repassar as regras.

- Então, regras básicas. - Aviso. - Todo mundo tem o número de todo mundo?

- Eu só tenho o da Mariana. - Beatriz diz.

- Manda nossos números pra ela. - Peço a Mariana. Beatriz olhou pro seu celular e sorriu.

- Rony Weasley do Capiroto e Quatro Olhos...

- Quatro Olhos! - A cortei, Mariana era uma desgraçada. - Sério Mariana? - Mariana fingiu que eu não falava com ela, algo que me irritava profundamente.

- Números salvos. Mas por quê? - Beatriz perguntou.

- Porque vamos para um lugar muito movimentado. Se alguém se perder, tem como ligar. Gente por favor, sem falar com estranhos, só pessoas que vocês conhecem. E meninas, por favor, controlem as reboladas. - Eu achei melhor avisar, pois afinal, eu nunca sai com a Beatriz, e não estava afim de brigar com ninguém na festa por assédio sexual.

Porém elas se irritaram... tipo, muito.

- Só se você controlar o fogo de pegar alguém! - Disse Mariana, colocando a mão no meu peito. - Que você sempre fala a mesma coisa, pra não falarmos com estranhos. Mas basta ver alguém rebolando que você já vai em cima. - Ela completou, me olhando com aquele olhar que eu tanto odeio.

Aquele olhar que ela me lança quando tem certeza que está certa, e que é a dona da razão.

- Mas foi só uma vez Mariana! - Digo, com raiva.

- Mas estávamos em Copacabana! E eu e o Henrique tivemos que voltar sozinhos. - Eles ficaram uma semana reclamando disso...

Eu não estava afim de justificar o motivo de eu ter ficado até mais tarde naquela festa, principalmente com a Mariana, mas foi inevitável.

Ficamos em uma discussão de argumentos ridículos, até que Bia nos chamou, dizendo que o carro já tinha chegado.

Mariana me olha com raiva e fala:

- Isso não acabou, Quatro Olhos.

- Baixinha. - Senti naquele momento, que se não fosse por Bia, eu teria levado um tapa.

Mariana, Beatriz e Henrique foram no banco de trás, e eu ao lado do motorista.

Acabamos que mudamos o percurso, decidimos ir para outra festa, pois de acordo com as notícias do Google e os comentários do Twitter, Botafogo estava perigoso.

Mariana estava apreensiva, não estava acostumada com esse tipo de festa, mas entramos pelos fundos, sem ser percebidos.

E curtimos a festa, Mariana e Beatriz saíram pelo local bebendo um pouco, mas nada muito alarmante.

Reparei que as meninas só queriam realmente se divertir, elas não aceitavam cantadas, evitavam tretas.

Mas isso não as deixavam menos atraentes.

Eu não via Beatriz com esses olhos, eu a vejo como a amiga da Mariana, e acho que sempre será assim.

Além disso, Henrique está quase babando por ela, e não é que ela dança bem?

Mas também tinha a Mariana, ela estava lá, dançando com a Bia. Obviamente não com a mesma sensualidade, Mariana não sabe dançar, não antes de no mínimo um energético.

- Ei. - Henrique me chama. - Por que não fica com ela?

- Qual delas? - Perguntei, apenas para provocá-lo. O vi revirar os olhos.

- Com a Mariana, idiota.

- Não vou pegar sua irmãzinha caçula. - Debochei, afinal, eles estavam desenvolvendo uma relação no mínimo fraternal.

- Ah, você vai sim, isso é óbvio. - Ele disse, bebendo alguma coisa. - Não sei porque enrola tanto.

- Me deixa, está bem? Mariana não é como as outras, eu não posso simplesmente descartá-la da minha vida, ela é legal demais para isso.

- Eu não falei para você descartar ninguém. Pensa no assunto. - Henrique disse e saiu.

Fiquei apenas olhando enquanto ele levantava Mariana nas costas no meio da festa, fazendo Bia arregalar os olhos.

Henrique tinha esses surtos em momentos aleatórios, ele é maluco se acha que um relacionamento de ensino médio iria para frente.

Mas depois de pensar mais do que deveria no assunto... Não vi motivos para não arriscar.

Afinal, a Mariana não é tão irritante assim...