29- Marry You

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*POV FELIPE*

- Da pra você... tipo assim... não surtar? – Digo, olhando meu amigo andar de um lado para o outro igual uma barata tonta.

Ele bebeu três doses de tequila para sobreviver até o fim da cerimônia.

- Você pode por favor calar a porra da sua boca? - Ele diz, indo beber água e bochechar, possivelmente para abafar o cheiro de álcool.

- Eu também sou o noivo está bem? - Digo a ele. - E não estou surtando. - Bem, só um pouco...

- Sim, mas a minha família está, digamos, se solidificando agora. E quando isso aconteceu com você, você também surtou.

- E quando foi isso? – Pergunto, com deboche.

- Dia primeiro de dezembro de 2019, dentro do meu antigo carro, no caminho para o parto do seu primeiro filho. Lembra?

Ah claro, eu tinha dezessete anos, que adolescente não surtaria quando sua namorada está tendo um bebê e você nem tem o diploma de ensino médio ainda?

- Isso foi completamente diferente, você também vai surtar quando a Bia tiver um filho, adotar e ter um filho biológico são coisas diferentes.

- Então você ama menos o Samuel?

- Não disse isso, eu amo Samuel tanto quanto amo Harry ou Alice, mas é diferente, ele já veio crescido. Ele fala, ele anda, e é de certa forma independente. Quando você pega uma criança desde o início bem, é bastante diferente.

- Entendo. Mas enfim, me deixa surtar. - Reviro os olhos.

- Ah nem vem, é só mais uma etapa. - Digo. - Eu estou muito feliz em ser seu padrinho.

- Te digo o mesmo. Curioso pensar que passamos todas as fases da vida juntos, ou boa parte delas. - Parei para refletir, era verdade...

- Nos conhecemos desde quando? Foi no Jardim ou no primeiro ano?

- Primeiro. - Ele lembrou. - Entramos no fundamental aos sete anos então...

- Mano eu te conheço a vinte anos. - Céus, estou me sentindo tão velho. - Passou meio rápido né?

- Mais ou menos. - Confessou. - Obrigado por estar sempre lá.

- Te digo o mesmo. Agora levanta, me dá um abraço. – Peço, esticando os braços.

- Isso é muita viadagem. - Ele fala sorrindo, mas se levanta e me abraça.

- Ah, meu amigo. – Digo, o soltando e abrindo um sorriso sincero. - Filhos te deixam viado.



Preferimos mudar a ordem de entrada, ao invés do noivo, primeiro os padrinhos e as madrinhas primeiro. Achei uma mudança boa, não queria um casamento totalmente tradicional. Além disso, retiramos a entrada dos pais dos noivos e das noivas, pois seria muita confusão.

Assim, os padrinhos e madrinhas foram colocados em seus devidos lugares com músicas da Disney, porque é óbvio que no casamento de Bia e Mariana todos iriam entrar com músicas temáticas. Parece que essas duas não cresceram...

Eu e Henrique entramos logo depois deles, pegando o final da música Mundo Ideal que agora eu sei toda, de tanto que eu a ouvi.

Confesso que foi muito estranho, eu me sentia como a atração principal de uma festa, coisa que eu realmente era, não?

Alice e Samuel entraram como daminha e pajem. Minha filha estava linda em um vestido azul celeste, segurando uma cestinha de palha e jogando flores animadamente, enquanto Samuel estava um pouco tímido, mas estava tão lindo quanto Alice em seu terninho, da mesma cor do vestido da irmã.

Impulsividade e suas Consequências (LIVRO 2, CONCLUÍDO) (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora