Teu abraço é como um terapeuta que vem socorrer
Todos os medos que eu guardo mesmo sem querer
KamaitachiPassar à tarde no galpão fora extremamente agradável, as recitações de poesias, as músicas e batalhas de rimas. As pessoas à princípio suas aparências um pouco mais agressivas, chegavam a assustar mas logo Hiroki se deixava, se encantar por aqueles artistas de ruas.
Marginalizados quase o tempo todo e a maioria daqueles jovens com problemas familiares ao serem autênticos, as luzes néons e o clima ainda estranho entre Joe e o jovem, fez aquela tarde ser praticamente ou quase perfeita.
Voltaram para seus respectivos bairros nobres do outro lado da cidade, no metrô os garotos permaneceram o tempo todo perto e em silêncio, dividindo os mesmos fones de ouvidos e entrando na mesma vibração musical. Hiroki está em êxtase, notando ao entardecer e o céu ficar fucsia e um rosê. Nem em uns de seus sonhos mais delirantes, seus olhos puxados imaginavam vivênciar tal realidade.
Dois garotos de classe média, alheios a aquelas outras pessoas que não estavam naquele transporte público por aventura, e sim por necessidade. Saindo de suas bolhas de privilégios e se aventurando, toda via para o rapaz de olhos intensos cor céu, era tão natural ir em variados meios para o seu local desejado. Entretanto para Hiroki literalmente pegou, "agarrou" a mão de seu melhor amigo e se lançou para aquela nova visão de vida.
Sensivelmente o loiro de olhos cor mar, depositou sua mão nas pernas de seu amigo. Apesar do contato houvera um empecilho para o toque ser completo, a calça jeans os impediam. Ânsiava em segredo, palma quente da mão de Joe em sua pele lisa. Sua mente está convulsionando pelos breves acontecidos, que sentimentos e desejos são aqueles ?

Caminhavam juntos em silêncio naquelas ruas úmidas e com resquícios de poças de águas, provenientes da chuva. Os postes pouco iluminava a visão dos garotos, no entanto à beleza da noite os cativava. Joe em séculos está plenamente tranquilo ao admirar as milhares de constelações e poeira estelar, sob o topo de sua cabeça uma infinidade de Universos.
O geminiano até poucos meses atrás, ficaria em topos de prédios altos só para ter a sensação de sua queda. Desejaria bater contra algum carro violêntamente, para tudo se apagar. Não que gostasse de flertar o tempo todo com a morte eminente, mas sim para fazer os seus pensamentos cessarem. Olha de canto de modo sútil, o amigo Hiroki, sua tez pálida combinava com a luz prateada e que a Lua despejava no adolescente. As fases da mesma, pareciam morar naqueles olhos puxados.
Desde o dia que o virá novamente após seis longos anos, ainda é a mesma sensação estranha e que lhe puxa o atrai, similar as abelhas ao néctar. Contudo, nunca mais serão como as crianças de outras auroras. Havia pudor em seus gestos e palavras.
-- Joe -- Alertou o rapaz, assustado com a cena em que presencia na varanda do mesmo. -- O seu pai ... Eu acho que ele desmaiou !
Os adolescentes correm em direção ao corpo do homem jogado entre os degraus, ele está claramente desfalecido. Julius respirava e isso tranquilizou ambos.
Notóriamente o mesmo se encontra álcoolizado ao recobrar o mínimo de sua consciência, e fita aqueles rostos juvenis. Ao abrir a boca expele um hálito agridoce e intenso de rum.
-- Você é uma peste -- Diz com a voz embargada pela bebida, enquanto o filho o retira do chão com dificuldade e ajuda de Hiroki. -- Seu merdinha ... bastardo ....
Sorri de um modo nojento para Joe e o amigo constata, levam Julius para dentro, na intenção de ao menos coloca lo no sofá.
O homem alterado se desvincula dos braços dos rapazes de modo abrupto, indo ao chão e batendo no criado mudo, fazendo o vaso com flores ir ao chão. O estilhaçar do cristal emite um som.
-- Que droga -- Balbuciona Hiroki, pela bagunça realizada e possivelmente o homem ter se machucado.
-- Deixa que eu cuido, dessa bagunça. -- Se apressa o garoto indo para a cozinha e deixando o asiático sozinho, em meio aqueles cacos.
O homem passa a mão à cabeça e verifica que não está sangrando, se vira para o japonês.
-- Vocês são namorados né ? -- Aponta com o dedo indicador, rindo e estremecendo. Em um tom ameaçador.
O asiático se inclina para o homem para constatar novamente se houvera se ferido com algum estilhaço, ao tentar lhe tocar, Julius o empurra com tamanha brutalidade que Hiroki cai sentado, sem compreender o que de fato, está ocorrendo.
-- Eu tenho nojo de pessoas como vocês ! -- Esbraveja não ocultando o asco, porém enquanto o garoto recuava temendo alguma outra agressão, a mãe de Joe a senhora Jenny ainda com os fios molhados demonstrando ter saído à poucos de um banho, a mulher desce voando aqueles degraus quase tropeçando e agarra ao marido, temendo intensamente uma agressão.
-- Eu não fiz nada ! -- Balbucionou o garoto, magoado pela boa intenção que tinha em auxiliar o mesmo. -- Ele só precisa de um banho e ...
-- Hiroki, vai embora ! Você já ajudou demais. -- Aconselha, tentando de maneira inútil conter a ferocidade do esposo cambaleante.
Um som de um tapa ecoou por aquela aconchegante sala de estar. E as bochechas de Jenny estão vermelhas, com os cinco dedos de Julius bem marcados em sua pele. Ambos tremiam e uma tensão palpável fora criada, o adolescente observa tudo completamente atônito e sem expressão.
-- Você bateu nela ? -- Indagou em um transe automático, sem esperar uma devida resposta, seus puxados olhos percorrem o local que parecia ter passado um furacão, ansiando pela volta de Joe e como se o seu desespero o atraísse de forma mística, o loiro adentra a sala segurando um pano branco úmido e quente. Provavelmente para socorrer o pai.
Porém travou entre a porta, assustado com o que se deparou. Fúriosamente, arremessou o pano contra a parede e em segundos estava indo contra Julius, uma irá que fora exposta e escancarada. A linha tênue do respeito, carinho e amor. Destruída.
O asiático não continha mais ódio pelas palavras daquele homem bêbado e covarde, apenas sobrou resquícios de uma confusão interna. Ele nunca houvera presenciado uma briga tão intensa, e violência contra a mulher. Para o mesmo idéias como essas são longínquas, que só acontecem em subúrbios.
-- Joe saia daqui ... -- De voz chorosa e com a mão sob o rosto trêmula, suplicou para o próprio filho.
O skatista fora contido pelas mãos do melhor amigo que seguravam firme o seu braço, quase que afundando as unhas em sua pele. Estava louco e ferido, em seu limite. Não suportando mais presenciar cenas como essas, pelo menos no internato a sua própria realidade familiar não caia em seu colo.
-- Vamos ... Vamos ... Sair daqui. -- Repetiu Hiroki, lhe puxando para fora daquele residência sem alguma estrutura.
Em suas mentes passava um turbilhão de pensamentos dos mais variados, a adrenalina marcada em seus peitos. Fogem e buscam refúgio ao meio fio da calçada, largam se ao chão. Extasiados e sem raciocinar normalmente os fatos, Joe se levanta e inicia à uma sessão de socos contra à una árvore. Precisava aliviar toda sua tensão e raiva, de todas as ocasiões em que Hiroki ficava ao seu limite o mesmo escutava em sua mente uma música clássica.
É como se aquela canção que ecoava somente em sua mente, fosse um prelúdio de que tudo, vai ficar bem. Cerra os olhos e tampa os próprios ouvidos e na esperança louca, de que só resta se sentimentos bons, daquele dia completamente intenso.
-- Pare Joe ... Joe pare ... Chega ... -- Súplica, cerrando os olhos puxados e em minutos, contendo a tenaz sensação de paz.
Ao escutar palavras exasperadas o loiro abaixa a face, e esconde o rosto. Na esperança de apagar o mundo, dentro de si
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Quem é você Hiroki ? [ Romance GAY ] História Concluída
Teen FictionP.s : Baseado nas obras de John Green. " Toda vez que você se aproximava, eu ficava a cinco centímetros por segundos de seu coração. Querido Joe, você é como Biologia engraçado ... porém não entendo nada. " Quem é você Hiroki ? Sussu...