Vamos salvar um Deus

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-- Que estranho, Quinta e você chamou a gente para um lanche. -- Joe sabia que todas as Quintas-feira, são sagradas para Marco e Hiroki.

          O asiático houverá marcado um encontro com Luna e Joe, em uma lanchonete perto de uma área movimentada do centro. É um ambiente pequeno, mas extremamente estiloso. Com luzes néons, e discos colados nas paredes. Os sofás com um toque vintage, parecia ser até um ambiente temático com ares dos anos 80 com seu grande Rock an roll. Tocava ao fundo, os Beatles.

-- Que tu quis dizer com isso ? -- Luna encarava um ornamentos de piscas-piscas, tudo ali era tão descolado.

-- Joe, se referiu que Quinta é dia da pizza, comigo e Marco. -- O rapaz notou uma pontada de ciúmes no amigo.

 
            A par das referências e faminta Luna pedirá o cardápio, para os preparativos dos pedidos ficarem prontos logo. Hiroki resume tudo ao casal de adolescentes, sem deixar algum detalhe passar. E enquanto os pratos estão sendo preparados, se servem de refrigerante e o skatista de suco de acerola com laranja.

         Luna fica comovida, apesar de não ser uma grande apreciadora dos populares. Marco, sempre lhe pareceu o mais agradável.

           Joe está a todo tempo, com um semblante sério. Diferente das outras feições, que é de diversão e de descontração. Parece esconder algo, entre as entrelinhas.

-- Não sei, a Susan pode estar mentindo. -- Reflete a garota. -- Ele é um atleta, não jogaria tudo para o alto.

-- Eu também pensei isso. -- Interpõe. -- Mas é a líder de torcida, mais esnobe do colégio, ela nunca chegaria em mim, não passaria por cima de seu orgulho, para mentir.

       "Sem contar que ela gosta, do Marco." Pensa o rapaz.

-- Mas então, o que você planeja em fazer para ajuda lo ? -- Os olhos castanhos da moça, demonstram desesperos.

-- Eu não sei por onde começar. -- Hiroki responde, se sentindo um completo inútil. -- Joe, porque está tão quieto ? -- Nota o silêncio irrevogável do loiro.

         Que está visivelmente disperso, mas que retornar à realidade, ao escutar o próprio nome.

-- O que disse ? -- Arqueia a sobrancelha confuso.

-- Esta no mundo da Lua ? O Hiroki não parou de falar um segundo de Marco. E tu simplesmente se desligou. -- A jovem  chateada com a postura do amigo.

-- Desculpas gente. -- Passa as mãos na cabeleireira dourada, as bochechas estão frias. -- Acho que preciso contar algo ...

-- Pode falar. -- Dócilmente Hiroki, incentivou o melhor amigo prosseguir. Ambos se conheciam tão bem, e sabiam quando um ou outro tem necessidade de colocar, o que contém no peito para fora.

-- Eu conheço, a pessoa que está fornecendo drogas à ele. -- Confessa envergonhado. -- E você já o viu.

-- Não me diga, que é aquele tatuado. Metido a cantor de banda cringe ?! -- Como um estalo, o garoto Abe se recorda da face que o faz sempre seu estômago revirar.

-- Shakespeare. -- A voz de Joe soa sombria.

-- Nome interessante para um traficante. -- reflete Luna, satisfeita com a chegada dos lanches.

--Ele é uns dos melhores poetas dos saraus culturais, não é apenas um vendedor de entorpecentes. -- Tenta aliviar a situação. -- Há alguns dias atrás, eu escutei eles conversando de estar arrancado dinheiro de um playboy ...

-- E você não pensou que o playboy fosse o Marco ? -- Irônicamente Hiroki interrompe o Joe, o hambúrguer está intragável. -- Quando eu disse que não confiava neles, tu me respondeu com argumentos que eram sua família, que tipo de família é essa que destrói a minha?

          Exatamente Marco é a sua família, o seu irmão de outra mãe e nacionalidade. O ama como se fosse o Shin.

-- Eu não tenho culpa. -- Se defende. -- Eu não posso simplesmente chegar no Shakespeare, e falar para ele parar de fornecer drogas ao seu amigo. As coisas não são tão simples, no alto de seu condomínio talvez tu não consiga ver. -- Arrogantemente faz menção de sair, no entanto Luna lhe segura a mão.

-- Joe, você não pode ficar furioso com Hiroki. Ele tem motivos sim de estar chateado.

-- Eu não vou te perdoar, se algo grave acontecer com o Marco. Eu vou te odiar. -- Revela Hiroki de olhos cerrados, pois a dor no seu peito é grande para ser encarada. Ama Joe mas se sente traído. E as vezes o amor dói, como na história de Romeu e Julieta, faz sangrar a alma e nos irrita.

-- Os dois, estão de cabeça quente. Okay -- Luna de maneira sensata os censura, agora não é momento e muito menos lugar para ficarem discutindo e se acusando. -- Não existem lados, existe o Marco que está em algum lugar de Sp precisando de ajuda.

-- Ela tem razão. -- Se recompõe Hiroki.  -- Mas se você me ama, como tanto diz. Tem que provar ...

   
       O skatista tem uma estranha sensação de um sufocamento, falta de oxigênio. O Amor não deveria ser assim algo concreto, mas a confiança fora quebrada. A garota fitava ambos, com a consciência que algo necessário precisa ser feito. Talvez seja assim e em todos relacionamentos ... Nem tudo é tão simples como as séries tentam nos convencer.

          Esse amor mágico e imutável, o cotidiano é cansativo.

         E Joe está em um dilema, de alguma forma ir contra os seus princípios de lealdade aos amigos e fazer o certo. Provar a Hiroki, que consegue se manter neutro. Ser adulto, para compreender que nem sempre os nossos melhores amigos são perfeitos.

-- Shakespeare já errou muito e me ajudou também. -- Recorda se das noites em que fugirá de seu lar desestruturado e encontrou abrigo, na residência do bad boy. -- Não é certo, ele destruir a vida de Marco.

-- E você vai ficar de braços cruzados, vendo ele destruir a vida dele. -- O rapaz balbuciou, automático um olhar perdido.

-- Não disse isso. -- Responde triste. -- Mas nesta sexta,o Shakespeare irá fazer uma festa e com toda certeza, vai ir alguns "clientes deles."

-- Brilhante ! -- Exclama Luna, realizando em uma fração de segundos uma situação. -- Nós vamos na festa, e se o Marco estiver, o Hiroki conversar com ele.

-- Eu quero ver Shakespeare preso ! -- Exclama o asiático, encarando Joe de modo frio. Ainda magoado.

-- Não é sobre prende-lo, que estamos aqui. -- A jovem passa uma madeixa de seu cabelo para atrás da orelha. Fatigada daquele assunto. -- E sim de ajudar alguém.

       Finalizam a aquele desastroso jantar com alguns olhares aborrecidos e mágoas não veladas.

      

Quem é você Hiroki ? [ Romance GAY ] História Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora