Azul de Duas Rodas

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       Acordará pela manhã revigorado e de certa maneira está empolgado para o dia de escolhas do Clube, nada o tira de sua cabeça o desejo de estar no time de basquete

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       Acordará pela manhã revigorado e de certa maneira está empolgado para o dia de escolhas do Clube, nada o tira de sua cabeça o desejo de estar no time de basquete. Tomou uma ducha cantorolando alguma música piegas pop, escovou os dentes e até sorriu para o pai.

         Hiroki está literalmente radiante e nada melhor que nesses dias ir para o colégio com sua bicicleta azul, tinha em sua mente em que se começa se a compartilhar das mesmas coisas de Marco, tudo fluirá melhor e sua aceitação entre os alphas se tornava facilitada. O garoto antes de ir para o colégio, pega o moletom e vai em direção a garagem buscar seu meio de transporte. Pedalando em frente de sua residência e de fones no ouvido, observa a senhora Bettencourt ir como todos os dias pegar o jornal da manhã, que fica em seu gramado.

         A loira de longe lembra Joe, o asiático a observa de modo sutil. A mulher está visivelmente apressada, ainda está com camisolas e um agasalho de lãs grossas, e ao se virar para retornar para sua casa. O jovem fica apavorado com que lhe foram revelado e chegando segurar com força o guidão - Mordiscando os lábios, ao ponto de sentir gotículas no céu da boca. A face da mulher tem um grotesco roxo em volta dos olhos, a mesma nota o olhar do menino e em resposta faz o sentido mais rápido para casa.

        " Que merda foi essa ?". Pensa o garoto, Jenny apesar de muito risonha sempre fora discreta, como todos da vizinhança. Hiroki continuou o caminho para o colégio, porém sem a confiança de minutos atrás e muito menos feliz. Preocupado, e com várias neuroses. Sinceramente o mesmo desejava que aquele roxo da senhora Bettencourt, seja proveniente de uma queda no banheiro molhado e baterá na maçaneta. Havia uma infinita gana de possibilidades, que aquilo não fosse uma agressão.

         Seus olhos puxados mau conseguem ver o brilho da metrópole da manhã, os engarrafamentos em contraste com os edifícios antigos e cheios de histórias. Prédios pixados e o movimento insâno. Esta desligado. Ao chegar no colégio Elite e guardar sua bicicleta, segue para o corredor principal.

          Desde a chegada de Joe há uma estranha névoa invisível que parece varrer as coisas do lugar, será que sua mãe está certa ? Pois só fora o mesmo chegar que situações estranhas começaram a acontecer. Joe teria coragem de machucar os pais ? Balança a cabeça em negativo e afastando tais pensamentos. Se aproxima de seu armário e verifica que Marco está atrasado. Ao pegar os livros do primeiro período, o adolescente se escora no móvel de metal e fica a observar a rotina dos outros alunos. Inusitadamente uma pessoa em especial lhe fala."Bom dia" e está inusitadamente amável e só, sem suas fiéis companheiras bajuladoras da abelha rainha.

-- Bom dia bizarro ! -- A garota se posiciona em sua frente, com uma frase com toda certeza vinda de uma série boba adolescentes.

-- Olá Susan ... -- Responde sem ânimo e desarmados para ataques de irônias.

-- Você não vai levar a sério, o que o Marco te disse aquele dia ? -- Indaga firme. -- Sabe o lance de entrar para o time ...

            O asiático se ruboriza automaticamente, parecia estar sendo pego de algum crime. Desconfortável se cala, acreditando que assim a jovem também não falaria e sendo assim um silêncio estranho ficaria entre ambos, como sempre. Porém isso não ocorreu.

-- A Julie só estava sendo legal com você, ao dizer que o treinador conseguiria fazer um milagre. -- Susan é fria, seu olhar está carregado de desprezo e seus lábios avermelhados estão diabólicos.

         A capitã do time parecia ter saído de algum filme de meninas malvadas, nem Regina George chegaria ao seu ápice de maldade. O egoísmo da senhorita Moralles é totalmente desesperador, a adolescente parecia ter vindo sem nenhum pingo de empatia. É conhecida por entre as classes de aulas, por seus trotes com as outras garotas e entre esses estão exposição de nudes e até mesmo chegava a colocar número de suas rivais em sites de relacionamentos.

      Não isso não chegava a diretoria, não faziam assembléias sobre seu comportamento psicótico e atos criminosos. A sua influência é intensa, filha de juízes e ótima capitã, conseguia trazer grandes prêmios ao Elite, então perder é palavra inútil em seu vocabulário.

-- Nem se Deus descesse à terra, conseguiria fazer um milagre. -- Hiroki se encolhe contra ao armário, compreendendo que aquelas palavras cruéis são apenas a introdução. -- Marco é um bom amigo, somente ele para acreditar que um "erro" tem valor ... Mas sei lá, as vezes ele utiliza seu cérebro.

           Susan gargalha divertida, tampando a boca como se houvesse deixado escapar um segredo. O adolescente sente sua auto estima cruelmente afetada.

          Parece que está vendo o senhor Hideki Abe Henderson em sua frente, falando aquilo tudo da mesma maneira e utilizando todos os pontos.

-- Não precisa ser assim ... -- Balbuciona o garoto, com os olhos ardendo e quase deixa escapar entre os lábios "Eu já me odeio, não necessito de uma legião fazendo o isso". Mas é interrompido.

-- Garoto -- Afavelmente acaricia os fios negros e grossos, lhe consolando. -- Não pense que sou má, eu estou te fazendo um bem. Imagine, olhe para você Hiroki. -- Susan agarra o queixo anguloso do mesmo e aperta. -- Ia ser humilhado ... -- Um semblante de piedade surge em sua face. -- Para de tentar ser um de nós, okay.

       Cruelmente muda as feições angélicas e se torna novamente perversa.

-- Nem acredito, que você pertença a algo. -- Finaliza com nojo e se afastando de Hiroki que está extesiado com tais palavras que foram como um soco no estômago.

        A ira lhe consome internamente e a vontade de socar o armário, com tamanha agressividade ao ponto de quebrar as juntas e a própria mão é um desejo real. Se sente um mar de vulnerabilidade, mesmo que lutasse contra sí mesmo para ser outro e impossível se encaixar ao que não pertence.

         Pertencer para o mesmo não significava simplesmente status, mas ter amigos e socializar, sentir carinho. Literalmente o mesmo, mendiga carinho entre Luke, Blane e até mesmo Marco. Querendo pertencer, fazer parte dos detalhes é porque são nos detalhes que nos prende, saber os motivos das risadas e ter frases secretas.

           Segura a cabeça como se fosse explodir e contém o grito, preso na garganta. Caminha até uma lixeira e arranca do bolso o panfleto de anúncio do time, jogando o seu sonho de ter amigos  e sentir carinho.

       Caminha ao mural em que está os papéis das inscrições. É só assinar um, simples e sem burocracias. Afasta algumas pessoas que ainda estavam aglomeradas e o mundo parece estar em câmera lenta, com tantos nomes e clubes. Ainda digeria  as amargas palavras da vadia mór.

          Com a sensação que fosse colocar todo o café da manhã para fora em algum momento, já que uma overdose de lembranças lhe bateram de modo abrupto. Desde o olho roxo da senhora Bettencourt, à sua queda livre de realidade. Sem anestesia. Um gif da boca de Susan se movimentando. Hiroki pega uma caneta vermelha e posiciona sob o time de basquete, suas mãos ficam extremamente simples frias e trêmulas. As pernas queriam não sustentar o peso do próprio corpo.

       Uma mão quente aperta sob a sua a aconchegando, o toque superficial faz o jovem se assustar e dar alguns largos passos para atrás. Toda via uma melódica voz, lhe cria uma atmosfera assustadoramente conhecida.

-- Quando crianças, eu sempre falava que meu sonho era ver você um japonês como jogador de NBA. -- Joe sorriu de modo tão familiar que Hiroki perderá as palavras.

        

      

        

Quem é você Hiroki ? [ Romance GAY ] História Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora