Dessiner le mal du pays

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        De punhos fechados utilizava variados tons para colorir o seu novo desenho. A luz proveniente das tarde de Outono, ultrapassavam as folhas secas e adentravam o quarto e o iluminando naturalmente. E ao fundo Hiroki dispensará hoje as músicas melódicas, o que é essencial por agora um remix e com um instrumental oriental.

           Passa os dedos longos e finos e em seus fios negros, seu cabelo está sedoso. Recriava de modo delicado uma flor de cerejeira e em um estilo mangá, na folha de papel. Um som de rolar de rodas mesmo que sútil, lhe chamou a atenção. É um rolar de rodas sob a calçada, Hiroki deixa o papel ao lado e se inclina para a janela.

        Afastando as cortinas brancas e se depara incrédulo. Um rapaz com um camisetão largo azul escuro, cabelos ondulados que caiam em cascatas sob o ombro. O jovem está atônito e sem reação, o skatista parecia em seu subconsciente fazer manobras em câmeras lentas.

           A respiração do garoto se torna pesada e apreensiva. Anseia ver o rosto do novo vizinho. De repente o mesmo se vira, olhando para a janela do asiático que nervosamente com aquele contato visual se assusta e da longos passos para atrás. Repleto de vergonha.

-- Joe -- Se alguém fotografar essa ocasião, teria uma foto de um japonês com o rosto cor de pimentão.

         Seu mundo gira de modo extremamente bizarro, uma overdose de lembranças atinge - o. Perdido em seus devaneios, retorna para a realidade, após algumas batidas à porta.

         Surge em seu quarto tímidamente, usando um elegante vestido de alças branco que valorizava seu busto. Sua mãe, Akemi.

  
           Akemi é uma mulher madura de seus 40 anos, porém sua beleza oriental lhe houverá conservado de modo prazeroso. Sua face não contém rugas e muito menos vincos, sua tez é aveludada e lábios perfeitamente moldados. Como uma mocinha de 15 anos.

-- Hiroki precisamos conversar. -- Diz séria e se aproximando do filho, que senta automáticamente na cama.

-- Sobre o que ? -- Arquea uma das sobrancelhas, cruzando os braços.

-- É sobre alguém  ... -- Estranhamente hoje à mesma está nervosa, similar ao dia que a mulher conversou com ele sobre educação sexual. -- Acredito que você está sabendo do retorno dele.

         Enquanto falava dava voltas ao quarto e isso o deixava um pouco zonzo e disperso.

-- Do Joe ... -- Interrompeu, não suportando mais a longa introdução. -- Mãe ... Ele e eu nem conversamos e ...

-- Eu não quero que você se aproxime dele ! -- Rebate aumentando o tom de voz, coisa que raramente fazia. Entretanto logo se recompõe. -- Seu pai ele nunca gostou da amizade de vocês, eu só quero que a harmônia continue prevalecendo.

         Maternalmente abraça o adolescente e apoiando o mesmo em seu colo, seus pais. Poderiam ser rígidos às vezes ou quase sempre. Contudo entre aquelas paredes amarelas e almofadas coloridas, exigia um mínimo de respeito.

-- Mãe o por quê, o pai e você não gostam da minha amizade com ele ? -- Pergunta.

            Akemi balança a cabeça confusamente, ela não sabia dissimular que desde sempre aquela amizade a afligia. Docemente segura o queixo do garoto, dentro daqueles olhos puxados observa um universo. Confuso e emblemático, tem uma vontade enorme de coloca lo dentro de seu útero; pois o mesmo lhe parece frágil e sensível.

-- Hiroki Abe Henderson. -- Falará em tom de respeito e honroso o nome completo do filho. -- Você já escutará o antigo provérbio, em que fala “Não faz mal que seja pouco. O que importa é que o avanço de hoje, seja maior do que o de ontem. Que nossos passos de amanhã, sejam mais largos do que os de hoje.” de Daisaku Ikeda.

Quem é você Hiroki ? [ Romance GAY ] História Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora