Marcas

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LEIAM: ALERTA DE GATILHO!!
Esse cap contém violência física, tortura, linguagem imprópria e pressão psicológica familiar.

(Infelizmente não sera a primeira vez que isso acontecera na fic mas já estavam avisados na descrição da mesma)

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O maus-tratos se inserem, em termos do Código Penal, no capítulo dos crimes de perigo para a vida e a saúde: "Art. 136: Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando dos meios de correção ou disciplina .

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Uryuu parou no meio da sala encarando Ryuken que pegava mais bebida para seu copo de cristal. Ele parecia espera-lo pacientemente como se soubesse exatamente como ele iria reagir.

- Por que fez isso? – Perguntou, os lábios trêmulos.

- O que?

O jeito indiferente e falso o irritava profundamente, o fazia odiar cada vez mais as ações daquele homem.

- Por que a demitiu? Ela... Você sabe que ela se importa comigo! – Ele não podia acreditar nisso. Depois de todos esses anos ele simplesmente a mandava embora?

- Ela já era velha e não estava me agradando no trabalho, não seja tão sentimental. – Disse com desdém.

- Onde ela está? Você não devia ter feito isso! Ela veio com a gente!

Ryuken se aproximou rápido não dando muito tempo para Uryuu recuar e o mais velho conseguir agarra-lo pelo pescoço.

- Você não diz o que eu tenho que fazer Uryuu, você não é nada! – Ditou lentamente o encarando.

Ele já estava explosivo e descontrolado como sempre.

Aquilo deveria ter feito o filho recuar assustado e se retirar como fazia, mas o que importava? Uryuu não via mais sentido. Recuar para onde? Fingir por quanto tempo?

Sempre foi assim! As marcas em seu corpo, Ichigo não tinha visto nada, aquelas marcas estavam em si o lembrando todos os dias como era seu pai e como foi sua vida.

Segurou aquelas mãos em si, o cheiro de álcool em seu rosto enquanto tentava manter a respiração constante, mas o nó na garganta e a mão pesada o sufocava com intenção.

- Eu a quero de volta. Onde ela está? – Disse da mesma forma séria.

Sentiu seu pescoço ser mais apertado quando o outro soltou o copo no ar para segurar com as duas mãos o empurrando facilmente e o prensando contra a parede.

- Você não manda aqui, eu faço isso pirralho e eu já a demitir. Ela logo estará a caminho do país dela, agora se coloque no seu lugar nesta casa ou vai se arrepender! – Apertou as mãos em volta do pescoço claro, os polegares firmando na traqueia.

Ele já não se continha. Uryuu não precisou voltar a ensaiar palavras no meio da sua perca de ar, a pressão na garganta doía e não era capaz de pensar, e por mais que segurasse os braços tentando os tirar de si e empurrar o outro corpo não parecia fazer tanto efeito.

Ponta Solta [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora