Vou cuidar de voce dra. Haruno

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Não demorou muito para encontrar sua sala. Exalava um aroma doce, e na frente da porta estava escrito : Dra. Sakura Haruno. Chefe do hospital.

Sentiu orgulho de sua ex aluna, ela tinha crescido muito nesses últimos anos, e ainda mais depois da guerra. Teve que admitir, ela já não era mais a mesma menina. Já era uma mulher.

Entrei na sala, fechei a porta e comecei a percorrer com os olhos, explorando os detalhes.

Era grande, em uma parede, uma estante com muitos livros de medicina, junto deles pastas e mais pastas de prontuários, organizados em ordem alfabética. Tinha certeza que Shizune cuidava dessa parte.

Perto da janela um bonsai de cerejeira. Uma mesa e cadeira confortáveis no centro da sala, junto com algumas poltronas a sua frente. Avistei uma prateleira de madeira com portas de vidro, me aproximei mais e pude ver as fotos que nela continha.

Percorri os olhos e me deparei com a antiga foto do time 7, Sakura, Naruto, Sasuke e eu.

— naquele tempo era tudo mais fácil.

Olhei as outras fotos e encontrei algumas de Sakura bebê, e depois criança. Todas ela estava sorrindo.

Várias fotos com seus amigos, Ino estava presente na maioria.

Nas prateleiras mais acima, vi algumas fotos com Tsunade e seus pais, e logo depois em um porta retrato grande e bonito, encontrei uma foto que chamava mais atenção.

— sou eu e ela, não consigo lembrar. Onde foi essa foto mesmo?

Sentei em uma das poltronas e comecei a revirar minhas memórias, sem muito resultado.

O jantar chegou, esfriou e nada da sua ex aluna aparecer.

Já eram passado das 22:00 quando sentiu sua presença chegando.

Levantou e viu que ela apresentava uma aparência ainda pior do que a de mais cedo.

— Kakashi, falei que iria demorar, mas não acho que me escutou, saiu correndo da sala.

— Fui providenciar o jantar.

falou apontando para a comida.

— Arigato, mas não tenho mais que 15 minutos de descanso, vou até em casa tomar banho e logo já volto para outro plantão.

— Sakura, eu juro que se não sentar e jantar comigo irei te amarrar e te alimentar na boca.

— Não exagere! - disse Sakura contrariada.

— Você quem sabe. - dando de ombros deixando-a escolher qual opção queria.

— Você não muda mesmo Kakashi. Vamos comigo até a minha casa então, lá você pode esquentar sua comida e eu tomo banho, pode ser ?

— Nossa comida. Você irá se alimenta junto.

— Tá tá, vamos logo. - disse Sakura apressada.

Chegamos na porta da sua residência, e me surpreendi quando somente abriu sem destrancar. Deixava a porta aberta, imagino que para ser mais prático e não ter o risco de perder tempo com chaves.

Entrei no apartamento levando as sacolas com a comida.

— Sinta se em casa Kakashi. Vou tomar uma ducha.

— Está bem Sakura, não tenha pressa.

Logo escutei o chuveiro ligando, fui até a cozinha e coloquei nossa refeição para esquentar.

Aguardava pela sua companhia observando o apartamento. Era escuro e gelado. Sem muita mobília, e sem cores.

Entendi o suspiro aliviado daquele dia quando recebi o convite para o chá. Ela não tinha exatamente nada em sua casa.

— preciso dar um jeito nisso. - Pensei alto.

Encontrou uma flor morta na bancada da cozinha, parecia ter sido linda um dia. Hoje não passava de uma lembrança.

Escutou o chuveiro desligando.

Esperou por vários longos minutos a mulher de cabelos rosa aparecer, mas nada.

— Sakura, está tudo bem ?

Disse batendo na porta do quarto.

Ela estava ali, sentia sua presença fraca.

Mas somente escutava o silêncio.

Decidiu entrar.

De imediato encontrou Sakura na cama, sentada com a cabeça encostada na parede, estava dormindo. Por sorte com um roupão preto e a toalha enrolada nos cabelos.

— Deveria estar escolhendo uma roupa para vestir. - pensei observando o roupeiro todo revirado e um jaleco limpo jogado na cama.

— Não posso te acordar Sakura. Precisa descansar pelo menos um pouco.              

    - disse sussurrando chegando perto da cama.

Consegui ajustar ela na cama de modo que ficasse mais confortável. Uma mecha de seus cabelos rosa caiu em sua face. Toquei levemente seu rosto e coloquei os fios atrás da sua orelha. Continuei observando a mulher que tinha a frente.

— de onde sai toda essa força Haruno ? Quando se tornou essa mulher ?

Ficou mais uns minutos observando ela dormir, e decidiu avisar no hospital que ela não tava em condições de trabalho.

Rapidamente voltou ao apartamento e resolveu a esperar acordar.

Se ajeitando em uma poltrona velha na sala observava a lua da janela. Era uma noite típica de primavera.

My- A luz prateada Onde histórias criam vida. Descubra agora