2.6

542 79 16
                                    

- Lili Reinhart

— Loira... — abre a porta.

— Sim?

— Sua mãe... Ela está aqui.

— O que!? — fico apavorada imediatamente.

— Calma calma, ela só quer falar com você.

— Ela está sozinha? — concorda com a cabeça.

Me levando e vou em direção a sala, avisto a mulher loira com um sorriso no rosto, vestindo uma calça jeans rasgada e uma regata branca.

— Mãe?

— Filha... Imaginei que estaria aqui na casa do seu namorado.

— Ele não é... — me interrompe.

— Seus avós querem te ver. Leve ele também, leve quem você quiser por que eu não vou. — meus avós maternos são os melhores avós que alguém poderia ter, faz anos que não vejo. — Era só isso, já vou indo. Leve alguém de companhia para não ficar sozinha.

— Você se preocupa comigo desde quando? — deixo escapar.

— A... Bem, desde sempre. — sorri.

— Vai embora, vou ligar para eles.

— Tem um celular? — fala surpresa.

— Não te interessa. — isso foi grosseiro.

— Claro que me interessa, sou sua mãe e você é menor de idade.

— Não tenho, vou pegar o de Cole emprestado. — minto, sei que ela está interessada em saber quem comprou um celular, se ela descobri que a família de Cole é bem sucedida não vai larga do meu pé. — Pode ir agora.

Ela sai do apartamento resmungando. Volto para o quarto de Cole.

— Tudo bem?

— Sim. -suspiro. — Preciso de um favor...

Ele se senta na cama e coloca o celular de lado.

— Minha mãe veio dizer que meus avós querem me ver. Só que ela não vai, então queria pedir, se você puder... Ir comigo sabe...

— Que dia?

— Nesse final de semana?

— Pode ser. Vai pra passar sábado e domingo?

— Eu não sei... Se não tiver problema pra você.

— Não, claro que não. Só estou perguntando para levar roupas. — ele sorri. — Lógico que vou pedir permissão para minha mãe, mas tenho certeza que ela irá deixar.

— Ta bom. — sorrio animada.

Pego meu celular e disco o número antigo da vovó.

(...)

— Acho que esqueci alguma coisa...

— Nós já estamos no meio do caminho, você não esqueceu nada, tenho certeza.

Depois de 10 minutos chegamos na grande casa.

Suspiro.

— Tudo bem?

— Sim, só faz um tempo que não venho aqui. — ele me olha como se perguntasse quanto tempo. — Quatro anos.

Ele levanta as sobrancelhas mas não fala nada.

Bato na porta.

— Reinhart, não acredito! — minha vó Cecilia fala animada. — David ela está aqui! — grita para dentro da casa.

— Vó... Quanto tempo. — Cole chega com as duas malas na mão.

— Oh, quem é esse lindo rapaz?

— Cole, é um prazer...

— Cecilia. — ela compreende. — Não sabia que sua mãe havia te deixado namorar.

— Oh bem, ele não é meu-

— Lili?? — meu avô me interrompe com um abraço. — Não acredito que está aqui!

— Nem eu. — sussurro.

— Entrem, entrem. — ela chama. — Suba as escadas a porta a direita, pode deixar as malas lá, querido.

Eu acompanho Cole. A casa mudou totalmente desde a última vez que estive aqui.

— Acho que é essa. — abro a porta.

Me assusto quando vejo uma cama de casal.

— Não deve ser essa... — Cole vê o quarto e não parece se incomodar. — Vó! A senhora errou a porta! — grito.

Não obtenho resposta, mas vejo seu rosto pela escada.

— É esse mesmo. Coloque as coisas ai e venham tomar chá.

— Mas vó, essa cama é de-

— Eddie está chegando! Ande logo com isso mocinha. — ela some de minhas vistas.

— Mas vó...

— Ei, nós damos um jeito, não vai ser a primeira vez que vamos dormi na mesma cama. — ele sorri e entra pra dentro deixando as malas. — Quem é Eddie? — pergunta descendo as escadas comigo.

— Primo de 3° grau... O preferido deles. — reviro os olhos.

Nos sentamos na mesa e batem na porta. Mordo o lábio inferior de nervosismo.
Cole pega na minha mão.

— Vai dar tudo certo. — concordo com a cabeça.

Eddie se senta na mesa a minha frente, ele sorri. Sorrio de volta.

— Sou o Eddie, primo de 3° graus mais lindo. — ele sorri sacana. Meus avós sentam na mesa.

— Sou o Cole — ele parece pensar. — namorado da Lili. — sorri simpático.

Eddie parece surpreso. E eu agradeço Cole mentalmente por dizer isso, se ele falasse algo diferente meus avós iriam fazer muitas perguntas.

— Namorado? Namoram a quanto tempo? — ele levanta uma de suas sobrancelhas.

— 6 meses. — Cole fala entre os dentes. Tem como isso ficar pior? — Eu vou tomar um banho. — ele sorri e se levanta. — Com licença.

Ele sobe as escadas e ouço o fechar a porta.

— 6 meses Lili? Sério.

— Algum problema com isso? — finalmente abro a boca.

— Pensei que tinha ido para a escola a 2 ou 3 meses.

— Isso não é da sua conta.

— É verdade que você e sua mãe estão acobertando um assassino? — ele sussurra.

Sinto meu estômago revirar.

— Com licença. — me retiro da mesa.

Subo as escadas, abro a porta. Cole está no banho. Me jogo na grande cama tampando meu rosto. Não suporto esse garoto.

Escuto a porta do banheiro se abrir e olho rapidamente.

— O chuveiro daqui é bom. — se senta ao meu lado.

— Me desculpa mesmo, tentei dizer a eles várias vezes mas sempre me contaram com algo. — olho para ele com vergonha.

Ele ri.

— Tudo bem. Acho que sermos namorados por dois dias não vai matar ninguém.

Ele deita na cama ao meu lado.

— Como se sente em namorar o cara mais gato do mundo?

— Eu me sinto adorável. — falo debochando.

Começamos a rir.
Batem na porta.

— Se arrumem crianças! Vamos a feira hoje. — fala por trás da porta.

VOTEM <3

αмσя qυαѕє ιмρσѕѕíνєℓ | ѕρяσυѕєнαятOnde histórias criam vida. Descubra agora