TPM
Hoje não era um bom dia para fazer brincadeira comigo e muito menos me irritar. Sim, sim, hoje eu estava na TPM e mulher na TPM todos sabem, é capaz de fazer qualquer coisa. Diferente dos outros dias que mesmo acordando irritada, não tinha descontado no meu querido despertador, bem, hoje ele sofreu pelos dias em que não sofreu, o mesmo quando começou a apitar descontroladamente o encarei irritada e o arremessei contra a parede com toda a minha força. Talvez depois de hoje eu deveria comprar um despertador novo.
Parece que de todas as TPMs que eu já tive, essa sem dúvidas era a pior, parecia que meus problemas e os dramas dos últimos dias tinha se juntado com o maldito mal humor daqueles dias e isso tornaria as coisas bem piores. Arrumei-me com uma calça jeans qualquer e com uma blusa um pouco mais soltinha, estava me sentindo feia e gorda — maldita seja os dois pedaços de pizza que comi ontem a noite. Olhei para o meu cabelo e fiz uma careta. Qual é, nem ele queria me ajudar hoje. Após uns 5 minutos pensando no que fazer nele, optei por amarrá-lo em um rabo de cavalo alto e o deixar assim, fiz um maquiagem básica que não iria me deixar bonita, mas que pelo menos me deixaria com um ar mais saudável e com uma aparência mais apresentável.
Peguei uma jaquetinha que estava em cima da cama e caminhei até fora do quarto com a minha bolsa na mão, desci as escadas apressadamente enquanto ouvia a campainha que começou a tocar. Mas que merda, quem era o infeliz aquela hora da manhã? Corri até a porta com tanta raiva que poderia pular em cima da pessoa que estivesse apertando insistentemente aquela campainha, não me interessava se ela fosse uma simples menininha vendendo biscoitos ou uma velhinha pedido dinheiro pra igreja. Eu não me importava, ambas sofreriam as consequências. Abri a porta me deparando com uma Alex feliz e sorridente e ao seu lado estava Angel animada como a amiga, fiz uma careta para as duas e deixei a porta aberta pra que elas entrassem seguindo assim para a cozinha. Estava com fome e nem que eu fizesse todos chegarem atrasados eu comeria. Passei pela porta da cozinha e por um momento me perguntei se Alex e Angel tinha entrado ou se ainda estariam paradas em frente da porta aberta? Decidi por fim que pouco me importava com tais coisas.
Segui para o armário e procurei algo comestível e que fosse gostoso. Depois de tanto vasculhar o armário, peguei meus cereais favoritos, iria comer eles mesmo. Virei-me e pude ver Alex e Angel conversando baixinhos encostadas ao batente da porta. As ignorei e segui para aonde ficava as tigelas, peguei uma e coloquei uma boa quantidade de cereais dentro e logo em seguida peguei o leite que ainda estava em cima da bancada, meu pai só poderia querer que o leite azedasse não era possível. Coloquei um pouco de leite e peguei uma colher colocando dentro da tigela, pegando um pouco de cereais e os levando até a boca. Fiz esse ato várias vezes e pude sentir os olhares das meninas sobre mim, as ignorei mais uma vez e continuei a comer meu delicioso cereal.
— O que vocês estão falando aí? — Perguntei curiosa. Depositei a tigela já lavada no escorredor de pratos, virando-me agora para olhá-las.
Ambas paradas na soleira da porta me olhando com os olhos arregalados. Se fosse qualquer outro dia eu teria rido da cara de idiota delas, mas hoje não, permaneci olhando para elas seria.
— Nada — Alex falou apressadamente.
Antes que eu pudesse abrir minha boca pra falar que ela estava mentindo — porque ela estava claramente mentindo — a buzina do carro de Simmons invadiu o silêncio da cozinha me fazendo sair de onde estava pisando firme até a sala — passando pelas meninas que ainda estavam paradas. Peguei minha bolsa pelo caminho e fui até a porta a abrindo e saindo logo em seguida, deixei a porta aberta para que as meninas que deveriam estar vindo atrás de mim pudessem passar, pisei firme enquanto descia os degraus da escada. Ao me ver com a cara mais fechada do mundo Simmons parou imediatamente de buzinar e seu sorriso sumiu no mesmo instante.
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A proposta - Anne Bell
Любовные романыESSA HISTÓRIA NÃO É MINHA, AUTORA ANNE BELL. Eles brigavam o tempo inteiro. Ele era o cafajeste que estava apaixonado, ela a menina da alta classe com problemas financeiros. Ele precisava de ajuda para fazer ciúmes para sua amada, e ela precisava de...