Capítulo 32

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BAGUNÇA DE UMA FESTA

Eu estava deitada na minha cama olhando para o teto e pensando em como a casa deveria estar uma zona. E nós que teríamos que arrumar tudo aquilo. E bem esses pensamentos me faziam não querer levantar da cama, desviei meus olhos do teto para o meu lado da cama, o mesmo lado onde deveria ter um idiota deitado dormindo, mas que se encontrava vazia. Simmons estava tão estranho quando fomos dormir ontem à noite e aquilo me deixava assustada, Não que naturalmente ele não fosse estranho, mas ontem ele estava tão quieto, sem zoação, sem ficar puxando minha coberta pra me irritar, sem reclamar falando que eu estava tomando a cama toda e nada disso, ele simplesmente tinha deitado na cama depois de tomar banho e virado pro seu lado, quieto. Mesmo quando eu estava falando pouco com ele, mesmo quando eu estava presa em meus conflitos internos e não estava falando direito com ele, mesmo nesses dias ele não parava de ser um palhaço idiota na hora de ir dormir e ontem ele simplesmente tinha ficado quieto. Estranho . Bem ele deveria estar apenas cansando pela festa, mas isso me intrigava o que será que ele tinha feito a festa inteira?

Continuei olhando o nada a procura daquela resposta e bem eu não ia conseguir ela ali deitada naquela cama, pra obter essas resposta eu teria que ir falar com Simmons e pra isso eu precisaria levantar e ir procurar pelo mesmo. Sentei-me na cama e olhei o relógio ao lado da minha cama, nele marcava exatamente 1 horas da tarde. Já estava mais do que na hora de levantar.

* *

Vinte minutos depois decidi por fim finalmente sair do banheiro, já estava mais do que bom aquele banho. Desliguei o chuveiro e peguei a minha toalha que estava pendurada do lado de fora do box. Me enrolei na toalha e em seguida peguei a outra colocando no meu cabelo. Segui pra fora do box e logo em seguida pra fora do banheiro. Tomei um susto quando passei pela porta do banheiro e vi uma pessoa sentada na minha cama. Respirei fundo quando vi que era apenas Rach.

— Rach — Falei seu nome para lhe chamar a atenção e fazendo ela finalmente me olhar — Você está bem? — Perguntei preocupada ao ver sua cara e seus olhos me olhando, mas ao mesmo tempo parecendo estar tão distantes.

— Cherry, eu... — Ela começou a falar, mas do nada parou e eu vi seu rosto se retorcer em uma careta assim como seus olhos encherem de lágrimas.

— Ei minha morena, o que houve?— Fui até a cama e me sentei ao seu lado passando as minhas mãos em seus cabelos pretos e a encarando.

— Eu tenho algo pra te contar — Ela falou baixo parecia apenas um sussurro e aquilo de certo modo me assustou.

Eu assenti apenas esperando que ela me contasse o que estava a deixando assim. Rach sempre foi tão pra cima, dão doida e alegre, sempre pronta pra aprontar com alguém que me preocupava a ver assim tão... bem eu não sabia como a descrever naquele momento, ela me parecia triste, mas ao mesmo tempo essa palavra parecia não ser apropriada para descrever os seu estado de espírito. Ela estava tão parada e tão quieta, apenas encarando o forro da minha cama e aquilo de um certo modo me assustou. Soltei o ar um pouco mais alto enquanto esperava ela me responder e pude ver que isso de um certo modo a tirou de seus pensamentos.

— Eu queria ter te contado antes, mas eu fiquei com medo, sem falar que eu não sabia ao certo o que estava acontecendo ou o que eu estava sentindo — Ela me lançou um olhar e eu confesso que fiz um grande esforço pra não esboçar reação alguma.

Juro que de tudo que se podia passar pelos lábios dela eu nunca imaginei que essa fosse a frase que ela ia forma. Eu estava surpresa, não sabia sobre o que ela ia falar, mas com certeza não esperava que fosse algo sobre ela estar sentindo algo. Há quanto tempo eu não ouvia aquela frase dela. Fazia muitos anos.

A proposta - Anne BellOnde histórias criam vida. Descubra agora