Jimin acordou sentindo fortes dores de cabeça e no estômago. O local tinha uma iluminação forte e haviam mesas com medicações e grandes gavetas. Estava na sala de cirurgia de sempre, dessa vez, com uma algema em seu tornozelo lhe prendendo aos pés da maca. Jimin fez força para levantar o corpo da cama mas não teve muito sucesso. A dor no seu corpo era tanta, que uma lágrima rolou sem que ele percebesse. Subiu um pouco sua camisa encontrando ali diversos pontos. Jimin acabara de passar por uma cirurgia na qual já sabia. - a retirada de seu útero, agora inútil -.
Uma onda de sentimentos ruins invadiu seu peito. "Eu fracassei... Deixei a defesa baixa. Nunca vou sair daqui". Relembrar de todas as vezes que apanhou, que ficou sem comer e de que fora abusado sexualmente, causavam no Park um ataque de pânico. Nascendo um medo mortal.
Ele não poderia ver tudo por completo, mas estava gravemente ferido. Durante aquela surra que o fez apagar, ele levou socos violentos na cabeça, no ombro direito, no estômago, nas costas e no rosto, além da orelha e no olho. Namjoon tivera ataques de raiva incontroláveis, imprevisíveis e súbitos. Gritos, xingamentos. Nos antebraços, hematomas com marcas de dedos, um arranhão e uma lesão na axila esquerda. Um chute no estômago que lhe deixou com náuseas.
Jimin não tinha condições para que a cirurgia fosse feita, mas Namjoon não se importou com o estado que o menor se encontrava. Os argumentos de que Jimin poderia não resistir estavam no silencioso em sua mente. Namjoon saberia o que fazer e saberia se Jimin aguentaria a cirurgia ou não - pelo menos achava saber -.
Uma lágrima solitária escorreu do olho de Jimin e desceu tocando-lhe o ouvido. O garoto resmungou de dor e levou uma das mãos ao peito coberto de hematomas. Sua respiração lhe causava dor. A derrota parecia querer judiar ainda mais do Park que já não tinha forças físicas para tentar escapar, sabia que sua tentativa de fuga teria mais punições e xingamentos.
A porta rangeu causando um desespero interno em Jimin. O mais desesperador possível, era que o jovem não conseguia se mover para tentar fugir. "Ele voltou e você está imóvel". "Fuja ou ele vai te matar". Sua mente agora era mais assustadora do que todos os outros castigos que o Kim seria capaz de lhe proporcionar.
Era Namjoon que acabara de entrar no cômodo. O homem caminhou ficando próximo de Jimin que pensava em seu fim. Talvez aquele seria seu último dia vivo. O maior parou ao seu lado cruzando os braços.
— Olha só o que você fez Jimin... Se não tivesse tentado escapar, isso não teria acontecido. – Disse o Kim e levou os olhos ao soro do menor que havia acabado. — Sente alguma dor?
A pergunta na qual a resposta era mais do que óbvia foi feita. Mas Namjoon fazia isso só para ver o Park sofrer, só para lhe mostrar o quão submisso Jimin se encontrava. Fazia isso para ter uma sensação de poder e que realmente o machucaria caso não lhe obedecesse. O menor sabia as consequências de ser "desobediente" mas Namjoon fazia questão de lembrar isso.
Jimin não fora capaz de emitir som algum devido as dores que sentia não só no seu corpo, mas também na sua alma desgostosa. Ele apenas assentiu vagarosamente com a cabeça.
Namjoon então trocou o soro e aplicou vários remédios que pudessem acabar com sua dor. Era inútil lhe medicar, Jimin sempre passaria por torturas assim quando menos esperasse.
~ Um Mês Depois ~
Quando se tratava de tortura, Jimin estava realmente certo. O pesadelo de levar surras nunca havia o abandonado, não só os e levar uma boa surra, mas com a falta de comida também. Jimin não comia há cinco dias. A dor desesperada no estômago faminto era tanta que ele passou a vomitar um líquido amargo de seu fígado. Fome dói, e quando é sentida com frequência, não é só um simples ronco, é uma dor insuportável que Jimin sentia vontade de morrer quando sentira.
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The Desire
HorrorPark Jimin é um universitário que decidiu passar suas férias em Gwangju ao lado de seu namorado Jung Hoseok. O jovem teve que viajar de volta ao receber a triste notícia de que sua avó havia falecido. Mas antes mesmo de chegar em sua terra natal, el...