XXVII

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       Jimin já estava há 11 dias preso no cativeiro. Durante esses dias, Namjoon só lhe trouxe comida 5 vezes e em uma dessas vezes, trouxe-lhe uma calça moletom e um suéter novo. —estava muito frio no cativeiro— O menor passou mais tempo na escuridão, pois Namjoon retirou todas as luzes do cubículo, deixando o local escuro até mesmo de dia. Para Jimin isso era agonizante. Ele não tinha medo de escuro, mas a escuridão total lhe passou um ar de solidão, mais do que ele sentira quando era preso no cativeiro, era como se estivesse preso numa caverna escura que não tinha saída.

      Durante esse tempo, Jimin se esforçou para pensar, se quisesse sair dali, teria de usar a cabeça, é preciso mais que entrar no jogo de Namjoon para vencê-lo, é preciso trapacear.

     Ele se esforçava para controlar seus sentimentos. Sabia que o medo viria, mas ele não poderia ceder. Tinha de se manter firme e forte para sair dali.

     Jimin estava deitado no colchão tirando um breve cochilo depois de tomar um banho nos aposentos do sequestrador. De repente Namjoon entrou no cativeiro. A iluminação que vinha fora de lá entrou no minúsculo cômodo. O Park rapidamente abriu os olhos e levantou o corpo da cama. Talvez Namjoon lhe trazia comida.

     — Boa noite pequeno. – Era noite? —Vamos subir Jimin, eu senti sua falta lá em cima. – Namjoon falou num tom sereno que por um momento transbordou paz.

     — Eu vou comer alguma coisa? – Jimin perguntou após colocar a mão por cima dos olhos devido a iluminação forte que vinha de fora do cativeiro. Seus olhos se acostumaram no escuro por muitos dias, a luz ainda lhe dava um pouco de dor de cabeça.

     — Claro que vai. Logo logo prepararei o jantar. – Disse Namjoon e logo sorriu em seguida.

       Jimin levantou-se já um pouco mais rápido. 11 dias preso foi o suficiente para que ele recuperasse pelo menos 30% de sua força muscular.

      Minutos depois, eles já estavam na parte de cima da casa. Jimin parou na cozinha mas Namjoon passou direto.

     — Venha pequeno! – O Kim chamou.

     — Achei que fôssemos jantar. – Jimin indagou calmo.

     — Claro que vamos. Mas antes, vamos passar no nosso quarto.

      Jimin sentiu um leve enjôo por dentro, sabia o que aconteceria assim que pusesse os pés naquele quarto. Seria violado.

     O jovem suspirou cansado e caminhou calmo logo atrás de Namjoon. O mesmo entrou no quarto dando a visão do resto do corredor toda para Jimin que ao olhar para a sala, arregalou os olhos e sentiu o peito gelar. A janela da porta estava aberta pela primeira vez depois de meses e o Park pôde ver da janela a estrada noturna. As batidas de seu coração ficaram rápidas além do imaginável, logo em seguida as vozes voltaram.

      "Namjoon esqueceu de fechar a janela. Use isso à seu favor!"

      O Park olhou em volta da cozinha e encontrou uma frigideira com óleo dentro, provavelmente Namjoon iria fritar algumas batatas que estavam em cima da mesa numa bacia transparente. Jimin aproximou-se lentamente do fogão e pegou a caixa de fósforo. Olhou para trás para certificar de que Namjoon não estava lá. Em seguida, acendeu a boca do fogão que agora esquentava o óleo.

     — Jimin! – Namjoon o chamou lhe trazendo de volta a realidade. O mais novo tomou um leve susto com isso, então jogou o fósforo de lado e disse que já estava indo.

      O Park assentiu com seu próprio pensamento e andou até entrar no quarto. A primeira coisa que Jimin notou, foi o pequeno bebê dormindo tranquilamente no berço enquanto Namjoon lhe acariciava. O Bebezinho estava bem agasalhado, usava toca e até luvinhas nas pequenas mãos.

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