Por Eloize
- O que?
- Isso mesmo que você ouviu! Covarde! O nome pra essa sua atitude é esse.
Eu estava fora de mim. Tentei procurar meias palavras mais não encontrei. Talvez sóbria eu encontrasse. Mas bêbada era impossível.
- Você me fez pensar que tinha um amante. Que eu não era mais suficiente. Que meu trabalho estava nos separando. Mil Roberto! Mil coisas mas, nenhuma delas era um problema financeiro. Um problema que nada impediria que juntos pudéssemos resolver.
- Eu não queria lhe preocupar. Você não entende?
- E você achou que falta de sexo e indiferença não me afetaria? (soltei um bufado que me saiu naturalmente demonstrando um ar irônico.)
Roberto, ainda mais irritado. Deu de ombros e falou olhando para o copo em minha mão.
- Não dá. Conversar com você assim não tem condições. Quando você ficar boa conversaremos.Eu queria apertar ele de tanta raiva. Mas, não adiantaria em nada. Então continuei com a ironia.
- Se estou bêbada é graças ao jantarzinho que você arrumou pra salva seu hotel. Graças ao circo que todos vocês armaram. Se bem que agora to achando que o golpista é você. Afinal se você esta falido como pagará o trabalho do Rapaz?
- Chega! Vou para o quarto. (falou ele se retirando.)
- E não espere que eu durma nele! (gritei em sua direção)
Por Enzo
A briga foi feia. E eu sabia que seria desde o minuto que soube de tudo.
Quando fui visitar o hotel. Pretendia apenas falar com Roberto. Sondar com ele sobre a relação dos dois e tenta descobrir uma possível traição, mas ele não estava. Tinha saído mais cedo para casa.Foi ai que encontrei um amigo. Tradutor dos Japoneses sócios do hotel.
- Não sabia que o hotel tinha mais de um dono. (Soltei para vê o que meu amigo dizia).
- Tem sim. Cada um dos meus clientes comprou 30%. São três donos agora. Trabalho para dois deles. Como interprete. Mas estão insatisfeitos, não ta rendendo nada.
Peguei o contato dos caras e liguei. Ambas as secretárias confirmaram a história.
O hotel estava praticamente vazio. Ali na recepção, decidir que contaria a Eloize. Mas, não daquele jeito.Fui estabanado. Deixei que meu cansaço pelo dia de trabalho e ansiedade em contar, atropelasse a prudência.
Agora, com Eloize abraçada a mim, era tarde demais para arrependimentos. O que me restava era consolar e acalmar a fera.
- Não fica assim maninha. Tenta se acalmar e vê as coisas pelo lado dele.
- Você não venha defender! Ele me fez de idiota.
Eloize tinha razão. Quando vi a foto de Hugo. Um cara que já trabalhou conosco. Ficou óbvio que Roberto só insistiu em leva minha irmã, porque ela era a garantia de que o cara podia confiar em fecha o contrato, pois o prestígio da ZZ era indiscutível. Mas, e a tal mulher? Quem era?
- Mana me diz e essa mulher? Quem é?
- Uma longa história.Ela soltou o ar dos pulmões e ainda abraçada comigo começou a me contar.
{.....}
Depois de ouvir toda a história achei que a confusão toda era mesmo uma enorme coincidência. Sugerir que Eloize falasse com o casal novamente. E que ouvisse a moça sobre a história mais uma vez.
Sentamos no sofá para tentar encontrar uma maneira de resolver a situação com o hotel. Pois com toda certeza ela precisaria ajudar o marido ou o mesmo iria perder tudo. E parte daquilo era de Eloize. Afinal ela investiu dinheiro no hotel para ajudar o marido a expandir as coisas. E tudo agora estava à beira de afundar-se.
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A photografia (Livro Concluído)
RomanceUma photo, duas vidas e um amor que nenhum obstáculo poderá vencer. Eloize e Izabel;Quem disse que o amor não esta nas coincidências?