44 - Vida Nova

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Por Izabel

Eloize deixou-me surpresa. Olhar a mulher dentro daquele hospital segurando um par de alianças finas era no mínimo de tremer na base. Eu realmente não esperava.

- Não é justo. Eu que deveria ter feito isso.

- Ora deixe de bobagem e responda a pergunta.

- Gente a delicadeza de vocês me espanta.( Hugo falou arrancando uma risada de nós duas)

- Claro que aceito. Mas quero que você me deixe lhe pedir em casamento quando for à hora.

Eloize não esperava aquelas palavras. Talvez eu tivesse me precipitado em falar em casamento. Mas eu queria que ela soubesse que eu não estava de brincadeira. E queria que Eloize sentisse firmeza em minhas intenções.

- Eu mal desamarro e você já quer me prender? ( Hugo deu uma gargalhada)

Eu peguei a aliança e olhei para Eloize. Ela se aproximou e trocamos os anéis em um ato quase romântico. Se eu não tivesse tão sem graça com aquela situação.

Depois Eloize me ajudou a deitar na cama com cuidado.

{.....}

- Pronto mocinha! Você esta liberada. Mas nada de extravagância. Só quero vê você novamente para tirar os pontos da cabeça.

Depois de duas semanas e meia naquele quarto de hospital. Ouvir as palavras do médico soou como música aos meus ouvidos. E também ao de Eloize. A mulher abriu um sorriso largo que me contagiou. Despedi do médico e da enfermeira agradecendo pelo cuidado e ajuda que deram durante minha estádia. Sobretudo a enfermeira, que segundo Hugo e Eloize, foram de fundamental ajuda no desfecho do plano de Roberto.

O carinho com que tratei a enfermeira rendeu uma pontinha de ciúmes em Eloize,mas nada de exagerado. Só o suficiente para me fazer ri.

Ao entrar no carro indaguei se Hugo sabia da minha alta.

- Todos sabem, avisei aos três. (Eloize falou se referindo a Hugo Enzo e Tatiane.)

Estavam tão próximos que eu me sentia completamente a vontade com a amizade que eles estavam nos devotando.

- Eu preciso saber se ele está em casa. Eu estou sem chaves. ( Falei enquanto Eloize dava a volta para sentar no banco do motorista do seu carro)

- E quem disse que você vai pra casa? Vamos pra o meu apartamento. Você ainda precisa de cuidados e não vou deixar você sozinha.

- hummm. Tô achando que meu comentário sobre casamento não foi assim tão absurdo.

Eloize deu uma gargalhada sonora. Depositou um beijo em meus lábios e seguiu pelas ruas de Londres em direção ao seu apartamento. Eu nada falei. Olhar a rua depois de tudo que passei tinha outro sabor. Era como se eu tivesse acordado de um pesadelo. Era como ter de volta uma outra chance de viver. E eu aproveitaria cada segundo ao lado dela. Olhei para Eloize dirigindo. A mulher me olhou de lado e me lançou um sorriso espontâneo. Eu devolvi com o mesmo carinho.

Mas na minha cabeça os pensamentos diziam " Eu amo você e vou aproveitar essa nova chance para ti fazer feliz."

- O que foi tá tudo bem? ( Ela perguntou ao notar o meu olhar sobre ela distraída)

- Tá sim. Só tava aqui pensando como eu ti amo. ( Ela sorriu meio sem jeito)

- Eu também ti amo Iza.

- Iza? (Indaguei a mulher que soltou uma gargalhada)

- Não posso colocar um apelido carinhoso na minha namorada?

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora