A photografia (Livro Concluído)

42 - O desfecho: parte 2

Retrospectiva

Por Eloize

Depois de chega em casa ainda pensando na visita de Izadora ao meu trabalho. Já era certa hora da noite quando minha campanhia tocou. Eu já havia dispensado a  empregada e caminhei a passos apressados até a porta. Quando olhei atrás do olho mágico me deparei com Enzo e Tatiane parados do lado de fora. Abrir rapidamente permitindo a entrada deles indagando

- O que diabos vocês dois estão fazendo aqui? O que houve?

(Falei em um tom curioso.)

- Desculpa mais não podíamos avisar Elô. Tatiane e eu temos que ti mostrar uma coisa e acho que você não vai gostar nada de saber.

E realmente não gostei. Ao ouvir a história toda e vê o vídeo das duas serpentes no aeroporto, o sangue me subiu a cabeça. Eu gesticulava, xingava e andava de um lado a outro dentro do meu apartamento. Meu coração acelerava descompassado pelo que eu havia descoberto. Minha secretária era uma víbora pronta para me dar o bote. Ela era A.V. Mas a minha maior preocupação era saber que depois da visita de Izadora ao meu trabalho com toda certeza estavam tramando algo para prejudicar Izabel, mas o que?

Depois que eu contei aos meninos que Izadora havia pedido para visitar Izabel na UTI  ambos me aconselharam a colocar uma pessoa de sobreaviso . E foi o que eu fiz. Conseguir uma enfermeira para ficar em tempo integral com Izabel no hospital e pedir que ela não falasse a ninguém. Não era seguro deixar Izabel a mercê dos três canalhas.

Decidimos também que Enzo e Tatiane precisariam ficar em Londres pois seja lá o que planejavam, não era com gritos e tapas que eu iria impedir. Nós precisávamos descobrir, ficar um passo a frente. Segundo Tatiane existia a possibilidade da minha secretária está metida no acidente que causou o coma de Izabel. E por mais revoltada que eu estivesse. Até o programa desbloquear o aparelho de Izabel, nós não teríamos nem provas nem certeza de nada. Portanto até o programa dar a certeza sobre o contato, precisava deles em Londres comigo.

Foi então que conseguir com um amigo que ainda era militar, um programa para instalar no celular da secretária. Com pouco tempo e o mínimo de treino descobrir com ele o que era necessário fazer para instalar o programa sem que ela soubesse. Passaríamos a ficar dois passos a frente deles.

Em um longo dia de fingimento, conseguir aproveitar uma oportunidade em que ela foi ao banheiro e fiz tudo conforme aprendi, colocando o decodificador de mensagens.

Passei a saber das trocas de mensagens dos três cúmplices. Mas nada realmente era claro nas mensagens. Só que Izadora ansiava ficar a sós com Izabel.

Eu já estava ficando impaciente. Ir ao hospital e fingir que a presença de Izadora não me incomodava estava acabando comigo. Hugo, que até então estava sem saber, me pressionava por uma atitude que expulsasse a mulher dali e eu nada podia dizer. Eu temia que seu jeito impulsivo colocasse tudo a perder e a vida de Izabel fosse posta em risco. Até descobrir o que pretendiam tudo era arriscado demais.

Enzo e Tatiane, que ficavam trabalhando em meu apartamento pelo computador, tentavam me dar forças para suporta. Ao mesmo tempo que esperavam pelo desbloqueio do celular de Izabel.

Até que na saída do hospital, dois dias depois que descobrir tudo, meu telefone tocou, era Tatiane,  me comunicando sobre o  desbloqueio do celular.

Parei na frente do meu carro,ainda no estacionamento do hospital, estagnada ouvindo as palavras de Tatiane.

- O celular está desbloqueado. E o contato que ligou para Izabel é o número pessoal de Ana Clara Vilar, sua secretária.