23 - Jantar a Duas

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Por Eloize

Depois de uma longa e cansativa tarde no aeroporto. Peguei meu carro ansiosa para vê Izabel. Ela havia me ligado cheia de mistério pedindo que eu levasse um vinho rose para o jantar. Passei em uma loja de conveniência e comprei um que me agradava bastante. Mas antes fui a minha casa tomar um banho e colocar um vestido leve azul escuro e sapatos mais confortáveis.

Ao chegar ao estúdio notei que não havia uma luz se quer acesa. Cheguei junto a porta de vidro reparei que Izabel estava com uma lanterna sentada nas almofadas. A porta estava aberta.Assim que eu entrei ouvir a voz de Izabel me mandando trancar a porta.

Fiz o que ela mandou e quando me aproximei Izabel acendeu umas velas que estavam em cima do centro de vidro. As velas flutuavam sob uma porção de água contida dentro de taças de vidro. Não imaginei algo tão delicado e romântico vindo de Izabel.

- Então você é romântica? ( Falei sentando ao seu lado.)

- Quis fazer algo que lhe agradasse.( Ela me respondeu carinhosa)

- Foi aqui que você me beijou da primeira vez lembra?

- Nós! Você também queria que eu sei.

Dei uma risada alta e Izabel me puxou para um beijo quente. Eu retribuir colocando a mão direita em sua nuca. Quando o fôlego acabou fomos nos soltando aos poucos. Izabel levantou dizendo que iria pegar o jantar. Gritei das almofadas.

- Tenta não coloca fogo no microondas dessa vez.

- Cheia de gracinhas. ( Ela falou de lá)

Izabel voltou com uma tábua de frios com 3 tipos de queijos e presunto diversos. Também trouxe uma massa recheada que eu nunca havia comido. Abrimos o vinho e comemos sentadas nas almofadas usando o centro como mesa. Durante o jantar ela deixou um som ambiente bem agradável. Conversamos sobre nós e sobre minha expectativa de que o hotel conseguisse ser reerguido pelo projeto de Hugo no qual todos estavam inseridos. Falei dos meus medos de que Roberto não entendesse o fim do casamento. De repente rompendo um momento de silêncio em que eu estava aconchegada em seus braços. Izabel deu um pulo e levantou dizendo:

- Eu amo essa música! Dança comigo ?

- Sério isso?

- Por favor. Ela é linda.

Izabel estendeu a mão direita para mim e eu não pude recusar.

Por Izabel

Eloize segurou em minha mão e levantou. Ali no estúdio, em um piso gelado pela noite fria, coloquei minhas mãos em sua cintura e começamos a dança no ritmo da música. Eloize, iluminada apenas pela luz da vela no centro, estava linda. Seu vestido azul solto dava um ar de simplicidade a ela. Mas ela era tudo menos simples e eu me perguntava se merecia aquele momento. Aquela mulher. Se eu conseguirá fazê-la feliz.

Quanto mais à melodia nos envolvia, mais certeza eu tinha que queria ficar com Eloize o resto dos meus dias. As lembranças do dia em que nos conhecemos e de tudo que estávamos vivendo desde aquele dia tomaram conta da minha mente fazendo meu coração disparar. Eu não sabia como aconteceu e nem como explicar, mas eu soube no momento daquela dança com os pés naquele piso de madeira gelado, olhando nos olhos refletidos pelas velas que eu a amava. E sem refletir no peso que aquelas palavras poderiam gerar, eu apenas deixei elas saírem.

- Eu ti amo!

Eloize parou de dançar imediatamente quando ouvir aquelas palavras e ficou olhando fixamente para mim. Eu lentamente arrumei seus cabelos por trás da orelha e comecei a falar com calma o que eu estava sentindo.

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora