6 - O jantar

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A entrada

Eloize e Roberto chegaram primeiro ao restaurante. Parando o carro na frente do The Foyer era de praxe que um manobrista guardasse o carro. E assim fizeram, deixaram o carro com o rapaz e entraram no restaurante. Era um lindo lugar, e apesar de já ter ido diversas vezes ali, Eloize sempre se encantava com o lustre monumental que ficava no centro do teto do restaurante.

Seguiram o garçom subindo as escadas para as mesas que ficavam reservadas em uma área privativa do restaurante. As áreas privativas do The Foyer eram como uma cabine de teatro onde o espetáculo era a vista.
Com o  Rio Teresa à frente, e a esquerda da varanda o famoso Big Ben, era como ser parte de um cartão postal ou um quadro de artes famoso.
A arquitetura da varanda era impressionante, construída sobre um vidro grosso, era como  flutuar sobre o rio tranquilo que passava embaixo do piso transparente. A área privativa ainda contava com um bar particular. Onde somente os clientes dali poderiam solicitar drinks preparados na hora por um barman.
A sofisticação do ambiente era excepcional. Com toda certeza de causar impacto em qualquer pessoa.

Ao deixar o casal em sua mesa. O Garçom retirou-se do ambiente deixando eles a vontade  no local. Roberto então sorridente exclamou:

- Não reservei a área privativa. Isso é coisa sua? ( gesticulou com as mãos como se quisesse mostrar o seu entorno. )
- Não fique magoado. Hoje eu estava querendo sofisticação.

- Me magoar? Eu adorei! Confesso que estou com medo de assustar meu convidado. Mas, estou adorando tudo.

- Que bom! Não se preocupe, ele deve esta acostumado a coisas assim.

- espero ou irá me custar caro sua sofisticação. 

Os dois riram baixo e Eloize levantou para ir ao banheiro. Queria olhar a maquiagem e assim o fez. Chegando no banheiro que não ficava longe de sua mesa, tirou o batom da pequena bolsa que segurava nas mãos e retocou os lábios. Demorou cerca de 5 minutos no banheiro e saiu em direção a mesa, de longe viu que o esposo cumprimentava um casal, pensou. "chegaram" e apressou os passos em direção a sua mesa.

Por Izabel

Chegamos ao restaurante eufóricos, porém contidos. Hugo sabia que era uma ótima oportunidade de aumentar seu prestígio. Ele já tinha certo nome no meio publicitário, mas ainda tinha muito a construir e aquela oportunidade era excelente para isso.
E eu queria o melhor para meu amigo. Faria o que fosse preciso para ajudar. 

Deixamos o carro com o manobrista, e entramos no restaurante em direção ao balcão de reservas nos perguntando se o anfitrião e a esposa já haviam chegado.
Eu estava encantada com a beleza do The Foyer. Em todo meu tempo em Londres, já havia passado duas ou três vezes na frente dele. Mas, daí a entrar era uma longa estrada. Até por que não fazia muito meu estilo. Formal e elegante demais para mim.

Entretanto, esta ali quase que representando um papel de uma personagem casada com um homem de negócios, era no mínimo intrigante e desafiador.
Em meus devaneios olhando o lustre no teto do restaurante. Ouvir Hugo da o nome do tal empresário dono do hotel.O tal cara que iríamos jantar. Roberto Carvalho.
Seria ele um homem formal? E sua esposa, uma senhora fresca e vazia?
A curiosidade começou a tomar conta de mim a cada degrau que eu subia em direção a mesa. Com  o garçom a nossa frente, Hugo pegou em minha mão e subimos juntos como um casal naturalmente faria. Até chegarmos a área privada em frente a mesa onde o tal Roberto estava.
O cara não era nem de longe como imaginei. Todo de preto, ele parecia Keanu Reeves em John Wick. Só que de cabelo curto. Elegante e simpático, ele levantou-se assim que identificou Hugo em sua frente. Apertaram as mãos em um cumprimento tranquilo, o homem, dando-me um beijo respeitoso no rosto, falou que a esposa estava no banheiro.
Mas, no mesmo instante em que ele justificou a ausência de sua esposa, olhou de lado e há viu voltando.

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora