2 -Turbilhão

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Por Isabel

Amanheci totalmente atrasada. Se bem que pontualidade não é o meu forte. Mas, sabendo que eu precisaria esta no estúdio fotográfico para um ensaio de casamento as 8hs, acorda as 7h30 era no mínimo uma missão impossível.

- Meu Deus como Hugo faz falta!

Resmunguei isso ao lembra dos cafés da manhã que ele faz quando ta de bom humor. Ou seja, quando faz sexo ou bebi!
Ri ao pensar isso vestindo a primeira roupa que encontrei pela frente.
Sair apressada direto para o carro. Joguei minha bolsa no banco de lado e sair o mais rápido que minha pouca habilidade permitiu sem bate no portão de saída da garagem do prédio.
Cheguei no estúdio atrasada e suada o bastante para garantir de todos uma certa pena de minha dificuldade em chegar. E aproveitando isso, fiz um drama de como Londres andava intransitável com tantos carros e tantos sinais.
- Não se preocupem com nada. Recompensarei todos pela demora, garanto que teremos fotos perfeitas.

Disse isso já colocando a noiva em um enquadramento perfeito de luz e sombra utilizando a coluna do estúdio que naquele horário,tornava a luz do sol suave e com um tom translúcido, dando um avermelhado brilhoso sobre o negro cabelo da mulher branca de olhos claros.
E assim minha manha passou rápida. O casal saiu satisfeito e eu pode seguir para uma tarde menos agitada.
Fechei o estúdio e seguir para o centro. Com o sol no alto, tirar fotos dos prédios antigos de Londres não seria nada difícil. Um jornal local havia me pedido fotos assim e os dias andavam nublados demais para fazer as fotos.
- Mas hoje ta perfeito!

Pensei isso animada no meio da rua fazendo uma foto incrível de um prédio recentemente restaurado.

Depois de 2hs de trabalho ,cansada e morrendo de fome sentei para tomar um café. Já chegava perto das 2hs e logo logo eu teria que ir ao Airoport City London buscar Hugo. Sentar ali e tomar um café era o máximo que dava pra fazer por mim. Felizmente já estava perto do aeroporto e eu poderia desacelera um pouco de um dia corrido e sem almoço.
Meu Deus ele só tava fora por 2 dias e pra mim parecia uma eternidade. Como éramos grudados. Uma amizade incomparável.
Naquela tarde. Enquanto tomava aquele café sozinha, percebi que sem o Hugo era exatamente isso que eu era. Sozinha demais! Desde o último relacionamento com Isabela,que me rendeu boas lágrimas e noites de insônia, eu estava solteira já há 2 anos. Puxa eu tava mesmo devagar. Tirando uma noite ou outra com algumas mulheres. Alguém interessante não surgia a tempos. E isso em outros tempos era difícil de acontecer. Pensar nisso foi me deixando cabisbaixa a ponto de me deixar olhando o céu, a tarde foi caindo devagar sem que eu me desse conta.

- Puta merda!

Esbravejei alto ao observa um avião passa baixo sobre a cafeteria que dava para o lado norte do aeroporto e lembrei de Hugo.
Peguei rápido minhas coisas da mesa, paguei o café e sai correndo pelo estacionamento do aeroporto até parar no pátio onde ficava um telão informando os vôos que chegavam e saiam de Londres. Tirei rápido um papel com o número do voo de Hugo e soltei o ar dos pulmões soltando um ufa! De alívio ao percebe que o voo havia atrasado 40 minutos.
Mas logo aquela sensação de alívio deu lugar a um tédio desanimador.
- detesto esperar!
Esbravejei alto e uma senhora me fitou dando de ombros pra mim. Constrangida, sair caminhando em direção ao vidro que dava para a pista de vôos e fui me encantando com a vista das aeronaves. Em pouco tempo eu já estava com a câmera distribuindo fotos para todos os lados.
Foi ai então que eu percebi uma mulher.
Parada perto do vidro segurando uma bolsa que na certa carregava um notebook , vestida num belo vestido preto colado ao seu corpo, e com um blaiser cintilado. A mulher chamava muito a atenção pela bunda enorme que possuía e pelo salto que calçava. Fiquei alguns segundos olhando aquela mulher imaginando se ela tinha a noção de quanto era linda e de como a luz laranja do pôr-do-sol deixava ela sexy. Não conseguir segurar meus instintos e me aproximei para tirar uma foto com o melhor ângulo que eu pude. Comecei a fotografar as coisas ao meu redor e, quando obtive uma posição favorável, bate a foto. Sem exitar nem por um segundo, tirei a foto da morena.
Mas como num súbito arroubo, ela me olhou com uma expressão fechada e veio em minha direção.

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora