Por Roberto
- Maldita! Desgraçada!
- Você precisa ficar calmo! Nós precisamos dar um jeito nisso. Vamos falar com A.V.
Izadora passava a mão em minhas costas tentando me dar apoio, mas eu estava mortificado. Sentia-me mais traído do que quando soube do caso de Eloize com Izabel.
-Ah... maldita Izabel!
Eu repetia isso esmurrando a beira da cama na qual eu estava sentado. Era a manhã de uma noite em claro pensando em tudo que eu ouvir de Eloize.
Ela havia comprado minhas filiais dos japoneses. E havia dado entrada no divórcio sem fazer qualquer oferta financeira ou acordo comigo. E tudo isso por causa da maldita lésbica que envenenou nosso casamento. Izabel mesmo em coma continuava a exercer um controle sobre Eloize que me dava repulsa e ódio. Eu queria vê-la morta. Dura em um caixão. Mas parecia que a mulher era imortal. Eu tinha que dar um jeito de tirá-la da jogada o mais rápido possível.
- E você conseguiu alguma coisa no hospital? Da pra matar essa infeliz lá?
Izadora respirou pesado. Mas respondeu logo.
- Onde ela está não. A sala da UTI fica sempre com duas enfermeiras o tempo todo. Vamos precisar esperar ela ir para o quarto. Se for, o médico informou que ela não tá reagindo e que vai mantê-la sedada.
- Inferno!
Exclamei desapontado.
- E isso não é tudo. O cão de guarda do Hugo tava lá e ficou no meu pé. Vai ser difícil fazer o que você quer.
Levantei irritado. Era frustrante, mas ela tinha toda razão. Porém eu ainda via nisso a melhor saída.
- Façamos o seguinte. Manda A.V. ficar esperta e de ouvidos abertos. Pois o hospital vai ligar pra Eloize quando a infeliz for para o quarto. Assim que ela for você dar uma de boa irmã e se oferece para ficar no hospital com ela. Na noite que você ficar, eu vou lá e acabo com a vida daquela infeliz.
- E você acha que vão me deixar ficar sozinha com ela?
- Você chora faz drama. E até diz que fica com alguém. E essa pessoa, tipo Hugo ou a própria Eloize, você dar um jeito de tirar do quarto por dez minutos. Só preciso de uma chance.
As ideias fluíam na minha cabeça. Era perfeito. Ninguém desconfiaria de nada. E Izadora teria um álibi. E eu pra todos os efeitos nem estaria em Londres. Simples assim.
Eu estava ainda refletindo nos detalhes da ideia quando o telefone tocou. Atendi e obtive mais gás para colocar meu plano em prática.
Era o advogado de Eloize informando que a assinatura do divórcio seria em dez dias. Eu precisava mata Izabel antes disso. Não apenas por que realmente acreditava que sem ela no meu caminho Eloize e eu poderíamos volta ao que éramos. Mas também por que eu queria. Era uma questão de honra tirar a miserável do meu caminho. Eu precisava ter certeza que nunca mais precisaria vê a cara dela em minha vida.
Por Eloize
Depois que o avião levando Tatiane decolou. Eu sentia-me só. A falta de Izabel estava doendo muito. Nós últimos tempos, além do trabalho eu tinha ela ocupando meu tempo e minha atenção. A cada dia eu temia mais que esse período internada nunca fosse acabar.
Antes de volta a Paris Tatiane foi comigo ao hospital visitar Izabel, a mulher parecia não reagir a nada.
Apesar das palavras de apoio que Tatiane me deu ter sido um alívio, foi por pouco tempo. Eu me sentia triste e angustiada de vê a pessoa que eu amava daquela forma.
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A photografia (Livro Concluído)
RomanceUma photo, duas vidas e um amor que nenhum obstáculo poderá vencer. Eloize e Izabel;Quem disse que o amor não esta nas coincidências?