Por Eloize
- Por que Savóia?
- Por que sou Roberto Carvalho de Savóia. Venho de família italiana e quiz homenagear minha mãe.
Fiquei ouvindo Roberto e Izabel conversarem durante todo o vôo sobre as mais diversas coisas. Dias se passaram e eu fiquei sem notícias de Izabel, sem vê- la precisamente três dias. Até o dia da viajem a Paris. Roberto fez absoluta questão que eu fosse com ele e só retornasse na segunda.
Fato que me preocupei, pois o aeroporto na segunda geralmente é bem desgastante. Mas minha secretária muito gentilmente me tranquilizou. Disse que mesmo em minha ausência ela manteria tudo em ordem e que nada sairia do seu controle. Ela era muito eficiente, isso me agradava bastante.
O que não me agradou foi vê Izabel no aeroporto. Apesar de esta chateada. Meu coração bateu rápido quando há vi. E tive medo que Hugo e Roberto notassem nossos olhares.
Tentei sorri e cumprimentá-la, ela fez o mesmo. Mas a falta de esclarecimento da situação no estúdio rondava minha cabeça. Queria explicações. Porém Izabel não me procurou nem me ligou então acho que não tínhamos mais nada uma com a outra. Pensei que talvez fosse melhor assim. Eu tinha um marido que me amava e eu iria reaprender a amá-lo de novo.Passar aqueles três dias no hotel com a presença dela me rondando seria difícil. Mas eu estava decidida a tentar. E me reaproximar de Roberto seria uma estratégia. Além, é claro, de ficar perto do meu irmão Enzo que estava a minha espera no aeroporto de Paris.
Com o vôo chegando ao fim. Vê-lo era um alívio interessante e gerou em mim uma ansiedade boa.
Por Izabel
Escolhi o dia errado para acordar. Eu estava péssima. A distância entre Eloize e eu estava me matando por dentro. A cada dia eu ficava com mais raiva de Ana e mais saudades de Eloize. Eu que achava que Ana Tenaz não podia mais estragar minha vida. Doce ilusão a minha. Tentei puxar assunto com Roberto e Hugo no voo para afastar os pensamentos negativos que me rondava.
Essa ida a Paris estava me gerando uma sensação de problema. De coisa ruim pra acontecer. Odiava essa sensação. Mas era inevitável. Eu não sabia em que estado o meu relacionamento com Eloize estava. Nem se ainda existia um. Ela tava fechada comigo. Esperei uma ligação, uma palavra, mas nada. Todas as coisas do e-book foram resolvidos por telefone com Tatiane ou Enzo. Ela sumiu .
Saber que eu iria para o hotel três dias ficar vendo ela e o marido tendo de brinde a presença da minha irmã Izadora era no mínimo pra ter uma sensação de problema.
Assim que chegamos ela correu para os braços do irmão e pouco se importou com o resto do mundo. Então resolvi dar uma volta por Paris. Eu não seria obrigada a ficar em um ambiente nada agradável . Tendo uma linda cidade para fotografar.
Puxei Hugo de lado e avisei:
- Vou dar uma volta. Só apareço pra o almoço.
- Você vai sair? E se eles quiserem conversar algo antes dos turistas chegarem?
- Você diz que eu morri.
Disse isso já me afastando para a saída do aeroporto que vai direto para o metrô. Hugo sabia que não adiantava tenta me segura.
Fui direto para Torre Eiffel. Precisava de qualquer coisa que me lembra-se a Eyer . Precisava de um lugar alto pra vê as coisas por cima.
Depois de dedicar alguns minutos encantada com a majestosa vista. Peguei minha câmera e resolvi tirar algumas fotos. Fiquei bastante tempo no meu mundo. Onde nada existia além das lentes da minha câmera e eu, onde tudo se resume ao anglo e o foco que eu decidi dar.
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A photografia (Livro Concluído)
RomanceUma photo, duas vidas e um amor que nenhum obstáculo poderá vencer. Eloize e Izabel;Quem disse que o amor não esta nas coincidências?