26 - Evento no hotel

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Por Eloize

- Por que Savóia?

- Por que sou Roberto Carvalho de Savóia. Venho de família italiana e quiz homenagear minha mãe.

Fiquei ouvindo Roberto e Izabel conversarem durante todo o vôo sobre as mais diversas coisas. Dias se passaram e eu fiquei sem notícias de Izabel, sem vê- la precisamente três dias. Até o dia da viajem a Paris. Roberto fez absoluta questão que eu fosse com ele e só retornasse na segunda.

Fato que me preocupei, pois o aeroporto na segunda geralmente é bem desgastante. Mas minha secretária muito gentilmente me tranquilizou. Disse que mesmo em minha ausência ela manteria tudo em ordem e que nada sairia do seu controle. Ela era muito eficiente, isso me agradava bastante.

O que não me agradou foi vê Izabel no aeroporto. Apesar de esta chateada. Meu coração bateu rápido quando há vi. E tive medo que Hugo e Roberto notassem nossos olhares.
Tentei sorri e cumprimentá-la,  ela fez o mesmo. Mas a falta de esclarecimento da situação no estúdio rondava minha cabeça. Queria explicações. Porém Izabel não me procurou nem me ligou então acho que não tínhamos mais nada uma com a outra. Pensei que talvez fosse melhor assim. Eu tinha um marido que me amava e eu iria reaprender a amá-lo de novo.

Passar aqueles três dias no hotel com a presença dela me rondando seria difícil. Mas eu estava decidida a tentar. E me reaproximar de Roberto seria uma estratégia. Além, é claro, de ficar perto do meu irmão Enzo que estava a minha espera no aeroporto de Paris.

Com o vôo chegando ao fim. Vê-lo era um alívio interessante e gerou em mim uma ansiedade boa.

Por Izabel

Escolhi o dia errado para acordar. Eu estava péssima. A distância entre  Eloize e eu estava me matando por dentro. A cada dia eu ficava com mais raiva de Ana e mais saudades de Eloize. Eu que achava que Ana Tenaz não podia mais estragar minha vida. Doce ilusão a minha.  Tentei puxar assunto com Roberto e Hugo no voo para afastar os pensamentos negativos que me rondava.

Essa ida a Paris estava me gerando uma sensação de problema. De coisa ruim pra acontecer. Odiava essa sensação. Mas era inevitável. Eu não sabia em que estado o meu relacionamento com Eloize estava. Nem se ainda existia um. Ela tava fechada comigo. Esperei uma ligação, uma palavra, mas nada. Todas as coisas  do e-book foram resolvidos por telefone com Tatiane ou Enzo. Ela sumiu .

Saber que eu iria para o hotel três dias ficar vendo ela e o marido tendo de brinde a presença da minha irmã Izadora era no mínimo pra ter uma sensação de problema.

Assim que chegamos ela correu para os braços do irmão e pouco se importou com o resto do mundo. Então resolvi dar uma volta por Paris. Eu não seria obrigada a ficar em um ambiente nada agradável . Tendo uma linda cidade para fotografar.

Puxei Hugo de lado e avisei:

- Vou dar uma volta. Só apareço pra o almoço.

-  Você vai sair? E se eles quiserem conversar algo antes dos turistas chegarem?

- Você diz que eu morri.

Disse isso já me afastando para a saída do aeroporto que vai direto para o metrô. Hugo sabia que não adiantava tenta me segura.

Fui direto para Torre Eiffel. Precisava de qualquer coisa que me lembra-se a  Eyer . Precisava de um lugar alto pra vê as coisas por cima.

Depois de dedicar alguns minutos encantada com a majestosa vista. Peguei minha câmera e resolvi tirar algumas fotos. Fiquei bastante tempo no meu mundo. Onde nada existia além das lentes da minha câmera e eu, onde tudo se resume ao anglo e o foco que eu decidi dar.

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora