14 - Escolhas que machucam

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Por Izabel

- Eu vou sim e você não vai me impedir.

Essa foi a resposta que Eloize me deu depois de tudo que tinha acontecido a menos de 5 minutos atrás.

Eu sentir uma raiva de sua estupidez que não contive minhas palavras e soltei tudo que estava com vontade de dizer.

- Não! Você não sai daqui sem me explicar por que me atacou e por que ta reagindo como se eu tivesse cometido um crime.

- Não aconteceu nada! Vamos...

- Esquecer? (falei debochada soltando seu braço)

- SIM ! Exatamente. (ela gritou)

Eu me aproximei novamente chegando bem perto dela.

- E se eu não quiser esquecer?

Ela permaneceu olhando nos meus olhos. Eu coloquei a mão direita na sua cintura segurando a mulher colando nossos corpos.

- Você não me provoque! Me solta!

Eu soltei e ela deu dois passos pra trás praticamente batendo na porta.

- Tudo bem! Mas olha pra isso!Você não tem pra onde ir.(falei apontando a rua)

Era neve pra todo lado. O tempo estava fechado. Ventava tão forte que dava pra ouvir o vidro da porta ecoar um zumbido estranho.

- Preciso tenta ir embora.

- Como? Você vai adoecer. Por favor, se acalma e respira.

- Não! Desculpa mas eu preciso tenta. Vai ser melhor pra nós duas.

Eloize pegou o casaco e apontou para a porta. Eu peguei as chaves na minha mesa e abrir porta. Fui recebida por um forte vento gelado. Temi que algo acontecesse com ela:

-  Tem certeza?

Ela apenas maneou a cabeça em um positivo. Eu sair da sua frente e vi-a se perder na neve virando a esquina da rua.

Fechei a porta com remorso de deixa-lá ir daquela forma. Pensei em ir atrás, mas não achei correto ser tão invasiva assim.

"Ela saber o que esta fazendo."

Eu buscava uma explicação pra tudo que aconteceu. Mas eu não conseguia compreender.
Ela foi de um beijo a um surto em poucos minutos.

Deitei na cama vazia e gelada imaginando o que poderia ter acontecido se ela não tivesse levantado daquele jeito. Eu nem queria imagina mais a minha cabeça só pensava no quanto tava gostoso até ela surta.

Fiquei lembrando o beijo que eu dei nela nas almofadas. Eu havia pensado que o desejo de ficarmos  era apenas meu.
Mas depois de ser atacada daquela forma era impossível esquecer e fingir que não existe nada. Ela também queria muito. Mas ter um casamento estragou tudo.

-Droga! ( esbravejei alto )

E agora? Por que as coisas são tão complicadas com Eloize? Será que iria começar tudo de novo? Ela iria me destrata ou simplesmente não me procurar? Comecei a fica nervosa. Por mais que eu soubesse que ela tinha razão. Eu não queria aceitar que ter algo com ela fosse errado e impossível. Mas eu iria respeita seu casamento e sua decisão. Não iria procurá-la. Roberto parecia ser um bom marido. E eu não tinha o direito de estragar a vida deles.

Por Eloize

Eu precisava sair daquele estúdio. Simplesmente fica distante de Izabel. Meu Deus o que eu fiz! Ela tinha toda razão eu ataquei-a. Eu andava pela rua vazia à procura de um táxi que pudesse me leva a um hotel ou pousada por ali por perto. Sem poder ir pra casa. O melhor a fazer era isso. E logo antes que outra tempestade caísse. O vento estava muito forte e a temperatura certamente cairia ainda mais.

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora