A photografia (Livro Concluído)

22- Precipitação

Por Hugo

Eu imaginei que o tempo que Izabel levaria rodando por Paris para fazer o e-book seria grande, mas nem tanto. Em vários momentos quis ela ao meu lado para vê as mudanças que Roberto estava realizando no hotel, mas ela não chegava nunca.

Mas isso nem era o que mais me preocupava. Eu queria mesmo está presente quando elas se encontrassem. Percebi de cara que Izadora estava tensa. Foi ao rol várias vezes. Cheguei a ouvir ela pergunta a Roberto se a "fotógrafa" não iria almoçar conosco.

Preocupado com o clima entre as duas. E atendendo a um pedido de Eloize. Não deixaria aquela cobra picar minha amiga.

Aproximando-se a hora do almoço, deixei os papéis com Roberto e resolvi descer para o rol. E dei de cara com Tatiane sentada sozinha na recepção.

- Oi querida, cadê Izabel? 

- Entrou ali com a gerente Izadora. Ela disse que tinha algo urgente para tratar. Tem uns 10 minutos.

Respirei fundo. Será que eu havia falhado em minha missão? Eu não podia deixar assim. Fui atrás tentando evitar um mau maior.

Péssima Recepção

Após uma recepção falsa na frente de Tatiane. Izadora deu uma desculpa de quê precisava passar umas informações para Izabel e levou a irmã até uma sala privada do hotel.

Izadora estava tensa. Com medo de que Izabel contasse tudo que ela havia feito com ela na infância para Roberto. Por isso decidiu falar logo. Antes que a mesma revelasse tudo. Então agiu rápido na intenção de colocar a irmã no lugar dela. E mostrar que ela estava no controle.
Assim que fechou a porta da sala, Izadora destilou seu veneno sobre Izabel que ainda estava um tanto desorientada.

- Que infeliz coincidência em querida irmã? Você tinha que aparecer em minha vida novamente.

- Eu não preciso ouvir isso! Abre essa droga de porta que eu quero sair. ( Izabel falou em  tom elevado.)

- Eu preciso lhe avisar antes de algo. Roberto não sabe de nossa ligação. E eu quero que fique assim ouviu?

- Quem você acha que  é pra  mandar em mim? Ele não sabe pelo simples fato de que nós não temos uma ligação. Só por isso.

- Que bom que você também pense assim. Eu odiaria mostra a todos mais uma vez que você não presta.

Izabel trincou o maxilar de ódio quando ouviu Izadora falar ironicamente sobre as mentiras do passado e esbravejou:

- Você nem ouse me ameaçar. Ou eu não respondo por mim.

- Estou apenas avisando que se você contar eu arrumo uma forma de destruir você de novo. E de vez. Esse seu disfarce de gente normal. Espalho pra todos que você gosta de mulher e acabo com você.

- E quem lhe disse que isso é um segredo? Você acha mesmo que eu ainda sou aquela menina assustada que você destruiu com suas mentiras? ( Izabel Gritava alto)

Izadora ouviu batidas na porta. Era Hugo que ouviu a voz de Izabel no corredor e entrou para amenizar o clima. Temendo que ele desconfiasse, Izadora abriu a porta rápido fazendo a melhor cara de boazinha que pode.

- Oi querido. Deseja algo?

-  Sim desejo.

Hugo entrou na sala bateu a porta com força e olhou nos olhos de Izadora dizendo:

- Escute em alto e bom tom. Não quero você encomendando Izabel em nada. Sei quem você é e aonde quer chegar com esse teatrinho de funcionária exemplar. Faça seu trabalho e evite contato conosco. Sei exatamente qual é o seu medo. Então deixe Izabel em paz.