A descoberta parte 22

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Naquela manhã de quinta-feira Mila estava sentada na cama da ala hospitalar com gás para machucado nos olhos enquanto a mãe lhe fazia carinho na cabeça é ela conseguia ouvir quando o pai falava com ela:
-Como está a perna filha?-Harry perguntou
-Melhor.
-Ansiosa para tirar isso dos olhos?
-Muito.
-Vai dar tudo certo filha! Vc vai ver que aquela reação foi passageira.
-Tomara mamãe.....Eu espero que eu possa enxergar. Ontem eu tive a oito sensação da mina vida.
-Bom dia.-Uma voz suave ecoou pela ala
-Quem ?
-Sou eu Mila. Dumbledore.
-Bom dia diretor.
-Muito bom dia Gina.
-Bom dia Dumbledore.
-Muito bom dia Harry.-Dumbeldore sorriu-Então Mila, como se sente hoje?
-Ansiosa.
-Há. Pude imaginar.-Dumbledore se sentou aos pés da cama-Vc se lembra do que aconteceu antes da queda?
-Sim.-Mila puxou um pouco a memória-Eu tinha acabado de ver o pomo de ouro e fui atrás. O apanhador da Lufa-Lufa também foi e ele me chamou depois puxou minha vassoura e me deu um soco no ombro é eu cai....Eu me lembro que....antes de apagar, ele tava meio que....caçoando.
-Entendo. Irei conversar com Josué a respeito.
-Com licença diretor Dumbledore.
-Toda Madame Pomfrey.
Dumbledore se levantou e Madame Pomfrey colocou um pequeno potinho de metal sobre a cama onde colocaria as gases que retiraria do olho da menina:
-Bom Mila....agora a gente vai tirar isso de vc e ver se funcionou.
Mila sentiu um frio na barriga e concordou com a cabeça. Sentiu as mãos meio fria de Madame Pomfrey encostando levemente em sua testa e em sua bochecha enquanto retirava a gás do olho direito. Quando sentiu a fita ser tirada continuou de olho fechado por...digamos ter se acostumado aquilo pelas horas que ficou daquele jeito. Em seguida sentiu a fita do olho esquerdo ser tirado é escutou o barulho de plástico e Madame Pomfrey colocando alguma coisa em um lugar de metal:
-Pronto Mila.......pode abrir os olhos.
Mila sentiu o ar presos nos pulmões por uns segundo e então abriu lentamente os olhos olhando para os lados. Se sentiu completamente desapontada e triste:
-Então Mila?-Harry perguntou preocupado ao ver a expressão de tristeza no rosto da filha
-Eu.....Eu não tô vendo nada.
Mila escondeu o rosto entre as mãos enquanto sentia duas pessoas a abraçar, e teve certeza que era seus pais quando os cabelos sua mãe caíram sobre seu ombro e os óculos de Harry encostaram e sua cabeça. Se falasse que não estava chateada estaria contando a pior mentira que podia contar.

Lily estava sentada na sala lendo um livro quando o telefone tocou e ela se levantou indo atender:
-Alô? Há, oi Remus! Tudo bem? Por que o aconteceu? O que?! Como assim?! , mas quando que aconteceu isso?! Ontem? Porque não avisou antes?! Ela bem? Que?.....Não pode ser. deixa comigo, vou dar o recado para o resto da família. Até mais.
Lily colocou o telefone no lugar não querendo acreditar no que havia acontecido com a neta.

Mas tarde Mila estava sentada na cama da ala hospitalar com uma roupa simples enquanto sentia uma escova escovando seus cabelos rebeldes:
-Não precisa mãe, eu podia fazer isso sozinha.
-Não Mila, eu faço questão.
-Não, na verdade agora eu vou ser mais um peso.-Mila suspirou-Eu odeio depender dos outros.....
-Vc não é um pessoa filha. É agora eu vou me sentir feliz de cuidar de vc assim de novo.
Porém Mila não gostou do comentário. Mila nunca gostou de depender e dar trabalho para as pessoas e agora....ia praticamente fica de pendente de tudo e todos. Não ia mais poder fazer as coisas que gostava incluindo jogar quadribol e ler. Na verdade ela se sentia uma completa inútil agora. Mila escutou a porta da enfermaria se abrir é passos ecoarem pelo lugar:
-Oi filhota.-Harry falou
-Oi pai.
-Pronta pra ir?
-Sim. A gente vai pra casa?
-Sim.
-O dindo avisou a vovó Lily, e ela vai avisar o resto dos familiares pra quando a gente for na toca.....ter tipo um cuidado.
Há! Se Mila depois dessa se sentia inútil agora começava a se sentir um estorvo:
-Então vamos? A Madame Pomfrey deu alta.
Mila sentiu a mãe a ajudar a descer da cama e segurar seu braço direito enquanto a ajudava a andar. Há, essa era a sensação mais estranha que Mila teve. Estava de olhos abertos enquanto andava, porém era como se estivesse com algo falando seus olho. Algo inexistente. Mila andava arrastando os pés é com a mão esquerda levantada como se quisesse sentir uma possível parede que fosse se chocar. Segurou forte no braço da mãe quando ela aparentou é agora ela nem sabia a onde estava:
-Chegamos Mila. Cuidado com o degrau!
Mila escutou a voz da mãe e sentiu com a ponta do tênis o degrau de entrada da casa que a mãe falava. Escutou a mãe abrindo a porta e a ajudando a andar para dentro cuidadosamente como se ela estivesse aprendendo a andar:
-Então.....vc....quer ir pro seu quarto ou quer comer alguma coisa?
-Não eu quero ir pro meu quarto, mamãe.
-Esta bem.
Mila sentiu a mãe a guiando como uma criança de dois anos a cada degrau pelo qual ela passava. Era realmente difícil subir a escada sem saber se estava pisando no lugar certo, se estivesse sozinha provavelmente tinha caído umas vinte vezes. Mila escutou outra porta ser aberta e Gina a sentou na cama:
-A gente no seu quarto.
-Obrigada. Eu....Eu acho que eu vou me deitar um pouquinho.
Mila tirou o tênis os chutando para fora dos pés e passou a mão pela cama procurando o travesseiro e quando achou apoiou a cabeça sobre o mesmo. A única coisa que ela queria era que tudo aquilo não passasse de um pesadelo, e que quando ela abrisse os olhos novamente teria percebido que tudo isso não passará de um sonho ruim. Mas ela sabia que não era assim, e isso era o que mais a deixava irritada com tudo.

*Continua*

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