A Descoberta

A descoberta parte 27

Gina estava atordoada. A ideia da filha ficar toda a vida daquele jeito se tornou o pior medo dela. A filha não merecia ficar condenada a escuridão dessa forma. Podia sentir um nó formado na garganta que a sufocava cada vez mais, cada vez mais, principalmente quanto mais ela tentava segurar as lágrimas. Os olhos de Gina foram imediatamente para a porta assim que ela foi aberta quando Harry e Mila entraram:
-Madame Pomfrey?-Harry levantou a sobrancelha ajudando a filha a se sentar no sofá
-Olá Sr.Potter.
Gina sentiu o olhar de Harry sobre si é quando encarou o homem a sua frente o viu com a sobrancelha levantada, é concordou com a cabeça quando Harry inclinou a cabeça para onde a filha estava como se perguntasse se era por causa dela:
-Mila.-Madame Pomfrey mexeu a mão em nervosismo-Eu tenho que te falar uma coisa.
-E...é sobre?-Mila falou como se estivesse afirmando já
-Sim. É sobre a sua...perda de visão.
Gina sentiu o coração se quebrar quando viu Mila se endireitar no sofá, por mais que não expresse era possível ver em seus olhos a esperança:
-Olha...Mila, vc vai precisar entender a situação é ser forte.
-....Porque?
-Mila-Madame Pomfrey limpou a garganta-Olha eu não quero te dar falsas esperanças.
Gina escondeu o rosto em uma das mãos quando viu que a expressão da filha havia mudado completamente pra algo digamos....decepção:
-Eu ainda não consegui descobrir, se foi por causa da pancada ou por causa do choque que acabou deixando vc assim mais.....uma coisa é certa.-Madame Pomfrey limpou a garganta novamente-Vc...não tem chance de voltar a enxergar.
-Mais....-Mila soltou a respiração após uns segundos-Mais nem uma?
-Olha....eu diria, 10 pra 11% de chance. É bom, por elas serem muito, mais muito baixas....a maior chance é de vc, meio que ficar assim. Pra sempre.
Gina se aproximou da menina quando a expressão dela se mudou completamente para de uma forma...neutra digamos:
-Quer...ir pro quarto?-Gina questionou quando viu a morena se levantar brutalmente
Quando Mila concordou com a cabeça Gina lançou um olhar para Harry antes de sair com a menina. Quando chegaram no quarto Gina ajudou a filha a se sentar na cama vendo a morena se encolher contra os joelhos:
-Há Mila...olha eu....
-Mãe.....Me deixa sozinha.
-Mais, Mila....
-Por favor!
-Esta bem.-Ginafalou depois de um tempo-Qualquer coisa chama a mamãe tá?
Não ouve resposta então Gina sabia que aquela era a hora de sair de vez. Ao fechar a porta se colocou à descer as escadas encontrando o homem de óculos no caminho:
-Como ela tá?
-Ela parece estar extremamente horrível.
-Consigo imaginar. Não é uma situação fácil. Eu acho...que temos que dar um pequeno tempo pra ela absorver isso.
-É o melhor a se fazer. Mais mesmo assim.....foi tanta coisa acontecendo. Eu tenho medo de que, as vezes eu achava que ela era bem resolvida com sigo mesmo mais...Não. Ela podia só tá acumulando tudo. Os problemas da escola, a falta de não ter um pai, a situação daquela comemoração.-Gina escondeu o rosto no ombro de Harry-Eu tenho medo de que esse acidente tenha sido um tipo de chave e que tudo isso cai de vez em cima dela.
Harry porém abraçou fortemente a ruiva enquanto acariciava suas costas. Harry ficou completamente em choque quando Gina selou seus lábios, inicialmente ele não se mexeu mais depois correspondeu o beijo da ruiva sentindo o gosto salgado das lágrimas. Um tempo depois, quando o ar se fez necessário, os dois se afastaram olhando um pro outro com as lágrimas brilhando nos olhos. Gina lentamente abaixou o olhar junto com a cabeça, retirando os braços do pescoço de Harry e se afastando. Enquanto a ruiva se afastava, Harry a seguia com o olhar sem saber exatamente o que acabou de acontecer.

Mila estava sentada na cama sem saber exatamente em que ponto do quarto olhava. A voz de Madame Pomfrey falando"Pra sempre" ecoava em sua cabeça como um disco riscado. Era simplesmente muita coisa pra absorver é era isso que mais estava a torturando naquele momento. Ela sentia como se toda a esperança que estava acumulando desses dias havia sido tirada dela como se fosse um mero objeto. Sua mente estava tão confusa que, Mila estava a lutat contra ela mesmo. Contra os próprios sentimentos e contra os pensamentos. Os olhos começaram a arder derrepente é ela conseguia sentir as bochechas gordinhas serem molhadas. Conseguiu escutar risadas no corredor antes da porta ser aberta:
-Mila?-A voz de Cristal surgiu-O que aconteceu?
-Vc....tá chorando?-Pabllo comentou com a voz tensa
-É. O que aconteceu pra vc tá desse jeito?-Jade perguntou
-Nada.
-Como nada? Vc tá chorando.
-Fala pra gente o que aconteceu.
-Nada! Não aconteceu nada! Eu só quero ficar sozinha.
Mila se levantou brutalmente esticando as mãos como se algo fosse se chocar contra si, e se colocou à andar sem noção nem uma de onde estava indo. Ela só sentiu onde estava indo quando esbarrou em alguma coisa no chão o que a fez quase cair de cara no chão:
-Droga!-Mila praguejou enquanto batia o pé com força no chão
-Calma Mila, a gente te ajuda.
-NÃO! ME DEIXA! EU CONSIGO FAZER AS COISAS SOZINHA!
Mila gritou quando sentiu as mãos dos primos tocarem em seu braço. Cristal, Jade e Pabllo se afastaram olhando para a morena que carregava um olhar vazio é irritado:
-Calma Mila. Porque vc tá tão irritada assim?
-É, a gente é familia, só queremos te ajudar.
-Esse é o problema eu não quero ajuda!-Mila fungou-Agora que vcs já viram o showzinho da cego, por favor me deixem em paz! Me esquecem!
Mila praticamente voltou a andar pelo quarto a procura de sua cama se sentando nela quando a achou. Cristal, Jade e Pabllo olharam para a porta onde viram Harry parado olhando para o chão. Ele havia visto o quanto a filha estava irritada. Abriu passagem para as duas meninas e o menino passarem enquanto observou a filha dar um murro forte na parede da Toca é encontre o rosto entre os joelhos soluçando. Achou melhor deixá-la sozinha por um tempo e fechou a porta silenciosamente. Não acreditava em nada do que estava acontecendo. Descobriu que tinha uma filha, uns dias depois ela se acidenta e fica cega e agora....Gina iniciou um beijo com ele. Harry não acreditava, preferia acreditar que aquilo era um pesadelo(pela situação da filha) ou um sonho(por Gina tê-lo beijado)

*Continua*