-Filha, olha o arroz para mim, por favor.- Minha mãe me chama. Viemos para a roça passar o dia, resolvemos fazer um churrasco para compensar o desastre de ontem. Meu pai está cuidando da churrasqueira e Jack o está ajudando, os dois riem e parecem estar se dando bem, sorrio feliz quanto a isso.
Minha vó levou Alberto para conhecer a horta e o jardim que ela cuida desde quando eu era uma garotinha, surpreendentemente educada e compreensiva quanto a presença dele. Sorrio sorrateira, se ela descobrir que fui eu a dar a ideia de chamar o Alberto para o meu pai, ela com certeza me xingaria muito.
Dona Kimberly não quer admitir mas ela gosta do Alberto, seu receio quanto a esse sentimental é totalmente regido pelo luto. Ela ainda não superou a morte do marido, e leva a vida como se ainda fosse casada, ela até continua a usar a aliança. Na cabeça dela sentir atração ou gostar de outro homem seria um tipo de traição a memória do meu vô.
-Claro mãe.- Vou até a panela já sentindo o cheiro gostoso de comida caseira. É tão bom estar aqui, fico triste só de lembrar que vou embora hoje a noite.
Continuo ajudando minha mãe na cozinha, rimos das tentativas falhas do meu pai de manter a churrasqueira acesa por mais de dez minutos, nem Jack consegue segurar a risada.
O clima está tão gostoso e aconchegante que eu quase consigo esquecer todos os meus problemas. Meu pai, Jack e eu estamos tomando cerveja sob os olhares desgostos da vovó, que não sabia que eu bebia.
-Só falta a música, de resto está perfeito.- Sorrio para a minha mãe que me abraça de lado após limpar as mãos no avental.
-Deixa comigo.- Meu pai aparece na cozinha da casa de tijolos vermelhos. Ele vai até a caixa de som e conecta o celular procurando por alguma música. Após alguns segundo Coração Radiante - Grupo Revelação começa a tocar me fazendo sorrir.
Meu pai começa a sambar segurando a latinha de cerveja e vindo até minha mãe que ri e também dança enquanto lava os legumes. Observo os dois sorrindo e brincando juntos e meu coração se enche com carinho.
Vejo Jack os encarar com a cabeça tombada para o lado e sorrindo divertido, meu coração palpita forte no peito. Vou até ele e o puxo para dentro da cozinha para participar da bagunça, começo a sambar junto com meus pais e tento fazer ele dançar também.
-Não sei dançar assim.- Diz apontando para o meu pai com o queixo.
-Você dançou no restaurante.- O lembro, ele revira os olhos. Faço ele tentar me acompanhar e ele até arrisca imitar o meu pai. Minha vó e Alberto apenas observam de longe, ela balança a cabeça no ritmo da música e ele batuca os dedos na mesa.
Meus olhos se enchem de lágrimas ao ver todos felizes, sorrio e seguro a emoção. Como eu senti falta desses momento.
Quando cheguei aqui, eu percebi que nenhum outro lugar vai me fazer sentir tão acolhida e especial quanto minha casa, com a minha família. Com eles parece que minhas forças se revigoram e me sinto transbordar.
Quando eu tiver filhos, quero seguir o exemplo de criação que minha família me deu, quero fazer com que eles se sintam revigorados e completos quando estiverem em casa nos meus braços.
Olho para o Jack que está concentrado na explicação do meu pai sobre como temperar carne, e sorrio.
Talvez não precisamos esperar tanto tempo para construir nossa família, logo a imagem de uma garotinha negra com os olhos esmeralda, me atinge fazendo meus olhos brilharem.
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A.S.P: True Love (Amor Verdadeiro)
Chick-Lit🥇 1º lugar em gorda 🥇 1º lugar em nova orleans 🥇 1º lugar em preconceito 🏅 6º lugar em virgindade 🏅 6º lugar em brasileira 🏅 7º lugar em insegurança NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 18 ANOS. CONTÉM: *CONTEÚDO SEXUAL E SENSÍVEL, PALAVRÕES E DES...