Capítulo Vinte e Quatro

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Oi, meus leitorinhos! Primeiramente, perdão pelo sumiço! :/ O mundo está uma bagunça ultimamente, anda acontecendo tantas coisas, a minha rotina tem sido cansativa em alguns momentos que... Não tive ânimo para escrever. Apenas tratei de me distrair assistindo um pouco uma telenovela que há na Netflix, rindo e sorrindo, esquecendo dos problemas.

Em segundo, gostaria de agradecer oficialmente pelas mais de DUAS MIL LEITURAS!!!! Não sabem o quanto fico feliz com o crescimento da história, de verdade. Obrigada, obrigada, obrigada...

Espero que desfrutem o capítulo!


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Na manhã seguinte, acordei com uma dor de cabeça horrenda. Sequer consegui levantar e abrir as cortinas do meu quarto para deixar que a luz natural pudesse adentrar no cômodo. Na verdade, sequer consegui levantar da cama; não tinha ânimo e nem disposição para sair de debaixo das cobertas! Só queria ficar ali, deitada, como a Bela Adormecida.

Com a exceção do príncipe encantado, claro.

Bisbilhotei os lençóis à procura do meu celular e, ainda um pouco grogue, ao apertar o botão inicial, vi 30 notificações de mensagens do Benjamin ao decorrer da madrugada, além de algumas ligações perdidas da Alicia em meio àquele monte.

Será que é tão difícil ele entender que eu preciso de espaço, solitude, para sentir toda essa dor e colocar as minhas ideias no lugar?

No momento, gostaria de me tele transportar para uma dimensão paralela bem distante dessa porcaria toda, onde ninguém me conhece, sabe meu nome, de onde vim...

Guardiões da Galáxia, eu suplico pela ajuda de vocês!

VENHAM ME BUSCAR!

— Elena? — A voz da Olivia soou abafada do outro lado da porta. — Posso entrar? Eu trouxe seu café da manhã.

— Entra. — Pigarreei.

Quando abriu a porta, Olivia sorriu cheia de ternura e caminhou em minha direção com o seu pijama da Capitã Marvel enquanto segurava uma bandeja com uma tigela e um copo grande com leite.

— Eu trouxe granola. — Colocou a bandeja perto de mim e sentou à minha frente. — Sei que é a sua comida preferida no café da manhã. — Encolheu os ombros. — Como já está um pouco tarde e a mamãe disse que você não comeu nada, tomei a liberdade para te trazer aqui em cima.

— Obrigada, Via. Não precisava se incomodar. — Sorri de lado. — Como foi na casa do Peter? Se divertiram? — As suas sobrancelhas se uniram quando falei "casa do Peter".

— Oh, sim! Nos divertimos muito!

— É mesmo? — Despejei o leite dentro da tigela e misturei com a colher. — O que fizeram?

— Ah, assistimos filme! — Respondeu animada. — Ben fez pipoca, brig...

— Qual filme assistiram? — Disparei. Não queria seguir ouvindo-a falar do Benjamin.

— Dunkirk. — Respondeu sem graça.

— Você gostou? — Olivia entreabriu os lábios e desviou o olhar. — Via, o que houve?

— Posso te perguntar uma coisa? — Assenti enquanto comia um pouco da granola. — Por que você e o Ben brigaram?

Suspirei.

— Por que acha que nós brigamos? — Aproximei-me um pouco mais.

— Ele estava super mal, Elena. Embora tentasse disfarçar, estava muito nítido. Além disso, Peter comentou comigo que ouviu Ben falando com o pai dele sobre algo imperdoável entre vocês dois. — Pausou. — É sobre o nosso pai?

— Q-Q-Qu... Como voc...

— A mamãe conversou comigo no carro enquanto voltávamos para casa. Ela me explicou que por causa do Benjamin o papai está aqui. — Passei a mão no rosto rapidamente, nervosa e aflita pelo quê iria responder. — É por isso que está chateada com ele? Por que ele trouxe o papai de volta? — Anuí com a cabeça. — Mas eu não entendo Leninha, já havíamos conversado sobre isso e vocês dois também...

— Via, — Respirei fundo e segurei as suas mãos. — eu não estou chateada porque o Ben... jamin trouxe o papai de volta. — Seu cenho franziu. — Estou chateada porque ele não me contou nada sobre o papai estar na cidade. Ele não me avisou, não me preparou para isso, entende? Foi repentino, eu não esperava vê-lo na escola... Sabe, é complicado.

— Lena, — Disse cabisbaixa, com a voz embargada. — você teve... Teve... Bom, você sabe.

— Crise de ansiedade? Ataque de pânico? — Ela assentiu. — Sim, infelizmente foi algo que saiu do meu controle, mas já está tudo b... Oh, Via! — Olivia começou a chorar. Abracei-a fortemente e declinei a sua cabeça sobre o meu peito.

— Sinto m-muito por t-tudo, Lena. — Soluçou. — Sinto m-muito por não ter estado com você para te ajudar...

— Shhhh, tá tudo bem meu amor. — Beijei o topo da sua cabeça. — Tá tudo bem, você não precisa se desculpar por nada.

— Mas somos irmãs. — Ela levantou o rosto. — Meu dever é te cuid...

— Não, meu anjo. É o meu dever te cuidar. Meu trabalho. Meu único trabalho. — Sorriu em meio às lágrimas, aninhando-se naquele pequeno espaço.

Ficamos abraçadinhas em silêncio durante um tempo enquanto Olivia se acalmava e recuperava o fôlego.

Nós duas precisávamos disso.

— O que acontece agora, Lena? — Perguntou baixinho. — O que eu devo fazer? Você acha que algum dia irá perdoar o Ben ou o papai? Ele vai embora de novo?

— Ei, calminha! — Ri suave. — São muitas perguntas, senhorita Rose.

— Desculpe...

— Tá tudo bem! — Olivia se afastou um pouco e, novamente, ficou frente a mim. — Vamos por partes, certo? — Ela assentiu. — Ok. — Respirei fundo. — Primeiro, o que acontece agora é o que supostamente deve acontecer segundo o curso do Universo. Basta cada dia o seu próprio mal. Segundo, você irá fazer aquilo que seu coração ordenar.

— Len...

— Olivia, me deixe terminar. — Pedi com carinho. — Se o papai vier à sua procura e, no fundo, você sentir que deve ir... Então vá! Não se prenda por minha causa! O que eu e ele temos é diferente do que vocês têm, Via. O papai te ama e te adora muito. Você é a sua caçulinha. — Ela sorriu. — Além do mais, você não pode tomar todas as minhas dores a ponto de colocá-las em cima dos seus próprios desejos. Sei que ama o papai e que também sentiu muita falta dele. Agora que ele está aqui, pode conversar, ser sincera e transparente do seu jeitinho. Abra seu coração para ele! E se achar que deve perdoá-lo, então faça-o! — Sorri de lado. — Quanto a mim... Bom, eu não sei. Por mais que no fundo eu queira, não sei se posso perdoá-lo. Não agora.

— E o Ben? — Murmurou.

— Também não sei, Via. — A minha voz saiu cortada. — Ainda dói muito aqui... — Levei uma das mãos ao peito. — Dói muito... — Fechei os olhos. — Eu o amo, mas ele me machucou. No momento, preciso de um tempo para deixar a ferida cicatrizar, você me entende?

— Sim.... — Respondeu baixinho.

— E quanto à ultima pergunta, — Abri os olhos novamente e busquei esperança nas minhas palavras. — apenas ele pode te responder com segurança.

FINE LINE: Entre Uma Linha Tênue | LIVRO #1Onde histórias criam vida. Descubra agora