Capítulo Doze

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De antemão, já peço desculpas caso o capítulo não tenha ficado tão bom. Descobri que o meu notebook ficou ligado por dois dias seguidos graças ao meu irmão mais novo e eu nem percebi, guardei achando que estava desligado.

Portanto, para não deixar vocês sem atualizações, principalmente nesse período de quarentena, resolvi escrever pelo celular.


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Estávamos na sexta-feira. Alguns dias se passaram desde que eu e a Beatrice conversamos e, por incrível que pareça, tudo tem corrido bem. Nos esbarramos no corredor, mas ela não me trata com insultos ou algo do tipo; pelo contrário, ela apenas sorri - sem falar nada - e segue caminho. Isso para mim já é um grande avanço, levando em conta a maneira que ela tinha de demonstrar o quanto me detesta... Va?

Quanto a mim e ao Benjamin, estamos bem. Para a infelicidade da Olivia ainda não nos beijamos e ele não me pediu em namoro, mas para o meu coração tudo está indo conforme deve ser. No mesmo dia em que conversei com a Beatrice, mamãe chamou o Ben para jantar conosco. Foi um momento agradável. Olivia deixou-o um pouquinho desconfortável no início com os seus comentários, mas logo tudo ficou bem e saudável. Mamãe adorou conhecê-lo e, em meio às palavras que trocavam ali, pude notar um singelo afeto nascendo entre os dois. Benjamin sentia falta da sua mãe e agora ele tinha alguém. Não para substituir, afinal de contas todas as pessoas são especiais, únicas e valorosas demais para serem substituídas, mas para suprir: com carinho, com afeto, com conselhos, com abraços, com... Amor! Ben precisava de uma figura feminina na sua vida e a mamãe estava mais do que disposta a ser essa pessoa.

Ainda nesse dia, depois do jantar, Ben ajudou a Olivia com o seu dever de casa enquanto eu e a mamãe estávamos encarregadas de limpar a cozinha. Eu observava de longe, com um sorriso doce no rosto ao ver o carinho que ele transmitia à Olivia com gestos ternos e simplesmente por estar ali por ela e com ela. Quietinha no meu canto, por um momento viajei... E imaginei como seria daqui há alguns anos, se estivéssemos juntos e casados, com filhos... Ele ia ser o melhor pai do mundo, sem sombra de dúvidas!

Eu estava terminando de guardar alguns livros no meu armário quando senti alguém atrás de mim, me envolvendo em seus braços os quais estavam bem fofinhos graças ao casaco da escola.

— O que vai fazer depois da aula? — Ben perguntou enquanto eu me virava cuidadosamente para ele.

— Pensei em estudar um pouquinho na biblioteca antes de ir para casa.

— Entendi... — Parecendo um pouco distante em seus pensamentos, ele beijou a minha testa e acariciou os meus cabelos.

— Por que? O que foi? — Perguntei baixinho.

— Eu queria que você me acompanhasse ao cemitério hoje. Preciso estar lá, mas não quero ir sozinho...

— É claro que eu irei. — Segurei a sua mão — Qual ônibus passa perto?

FINE LINE: Entre Uma Linha Tênue | LIVRO #1Onde histórias criam vida. Descubra agora