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Kendell Marano Parker.

Essa mulher se envergonha tanto.

- Eu acho melhor entrarmos, não quero aturar esse comportamento. - a Karine, mãe do chefinho diz para nós, que concordamos.

Não vamos envergonhar os bosses.

- Vamos Kendell. - a Janaína diz também, enquanto entram todos no iate. Mas noto que o chefinho ficou ali. E o que eu faço?

Fico ali também, claro!

- No mínimo 50 metros de distância dos meus filhos. - ouço o chefinho berrando enquanto me aproximo deles.

Até nervoso ele...

Kendell, minha filha...

- Eu... - ela ia iniciar a falar mas o chefinho interrompe.

- Não me obriga a tomar medidas que não serão do teu agrado, Rebecca. - ele avisa bem sério, e a carinha dela de mulher da cidade até da pena.

Pena nada!

- Rebecca... - o bonitão que está com ela tenta falar, mas ela o corta. Ele está tão vermelho e desentendido que dá pena.

- Cala Jonathan. - ela manda nem dando a mínima.

Shê, uma chapada...

- Não acredito que você está me tratando assim, por causa de uma favelada. - ela diz para ele, e depois me encara com desdém assim que chego perto do chefinho, que ia responder. Mas a favelada aqui tem boca e não precisa de guarda-costas.

- Mais respeito quando for a falar de mim. - activei a Kendell barraqueira, e ela me encara séria. - Meu nome é Kendell e favelada é o nome da sua avó. - digo chegando mais perto e ela dá um passinho para trás, medricas.

É bom ter medo mesmo.

- Só não te esmurro aqui, porque sou muito educada. - falo apontando o meu belo dedo na cara dela. - mas me provoca outra vez e nem cirurgia plástica vai  reparar o estrago que eu te farei. - aviso a ela.

Sim, tenho respeito sim!

E não é que a doninha, está com medinho hahaha, estou me mordendo para não rir e manter a pose.

O chefinho pousou a sua mão na minha cintura, fazendo uma leve pressão, talvez para me acalmar ou por achar que eu ia esmagar a cara da doninha aqui...

O que não deixou a minha espinha de peixe se arrepiar né?

O básico!

- E se eu fosse você, fugia de uma louca dessas. - digo, para o gostosinho que estava todo vermelho, coitado.

As poucas pessoas que estavam ali, já estavam olhando.

- Como você ousa falar assim comigo? - ela questiona com ar de irritada e de superioridade para cima de mim.

Logo eu, a superioridade em pessoa, ah!

Hahaha, eu não me aguento!

- Entra Kendell! - o chefinho manda, enquanto faz sinal para o TJ se aproximar.

Claramente obedeço porque a gente não quer perder o emprego.

Mulher doida...

Mas antes, como a gente não leva desaforo para casa...

- Eu falo do jeito que eu quiser, com quem eu quiser e quando me apetecer, ok, doninha? - a questiono me aproximando. - Os meus pestinhas não te querem por perto, e eu não vou deixar você me dar o trabalho de lhes ajudar a odiar-te mais. - ameaço.

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