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Kendell Marano Parker.

- Mantenha na linha. - ouço o mesmo falar antes de eu voltar a esconder a geringonça no bolso de trás da minha calça.

Olho para a porta que foi aberta de maneira brusca, meu coração vai sair pela boca.

Ao ver a cara dele, sinto um nojo tremendo, tanto nojo, mais do que a cara da mãe dos pestinhas quando me vê.

Nem estou gozando.

Fecham a porta atrás dele e ele vem caminhando na minha direcção com o sorriso de psicopata dele.

Ele é assustador, acho que até os espíritos ficaram com medo.

Do nada ele tira a arma e sem exitar aponta a arma na minha direcção, me fazendo fechar os olhos assim que ouço o som do gatilho sendo puxado.

Puft.

Ok, perfurou alguma coisa mas não foi a mim.

- Você é maluco, seu desgraçado? - estou perguntando mais para mim do que para ele, assim que abro os olhos e vejo o buraco que a bala fez no ferro junto a uma bagunça amontoada que estava ao meu lado.

- Era isso que eu devia fazer. - ele diz se aproximando rodando a arma em seu dedo. - Eu devia explodir você aqui e agora. - ele diz e calafrios se fazem presentes no meu corpo.

- Você não bate bem da cabeça. - respondo. - E fica longe de mim, imbecil. - digo vendo ele mais perto, assim que digo isso ele segura a parte de trás do meu pescoço com força, e puxando-me bruscamente para perto dele.

Observar sua cara me dá nojo, memórias da noite em que ele abusou de mim, tornam-o mais nojento, e me sinto tão suja só dele ter a mão em mim.

- Você é minha! MINHA! - ele berra bem na minha cara. - Eu faço o que eu quiser com você! - ele grita na minha cara.

Feio.

Vocês têm noção do nojo que eu estou sentindo?

Eu o empurro. Na medida do possível, porque ele não é nenhum palito.

- Você é nojento! - berro. - Eu não sou sua, nem nunca fui, você não bate bem da cachola! - respondo e em resposta minha cara arde que é uma porra.

Sinto algo escorrer do meu nariz. Nem tenho tempo de tocar para limpar, sentindo o coitado do meu cabelo ser puxado de maneira agressiva me fazendo soltar um grito.

Ele pressiona bem e puxa minha cara para o encarar de perto, outra vez.

Liam Blande.

Ouvir os gritos da Kendell, foi o suficiente para eu admitir o que eu não queria aceitar.

Não por orgulho, ou seja lá o que acham que é, mas aquilo que eu achava que jamais sentiria por uma mulher que não fosse minha família, eu estava sentindo por ela, isso e ainda mais.

PORRA!

Eu não sei porquê isso tinha que acontecer logo agora, mas o que importa é tirar ela de onde esse criminoso a escondeu.

Ouvir os gritos dela, foram suficientes para já estarmos na carrinha de investigação, observando o rastreador, ouvindo o que falavam, rumo ao local em que possívelmente eles estavam.

Os meus filhos ficaram com a dona Karine e a Jenny, o meu pai e o Loan, estão aqui na carrinha comigo, e com parte da equipe da federal bureau, o TJ está comandando o resto dos meus seguranças.

- Cala a boca! - o idiota berra, e eu fico mais nervoso pela impotência em que estamos agora.

Kendell Marano Parker.

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