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Kendell Marano Parker.

Me mexo um bocado, tentando apalpar o sítio em que estou sentando e o que tem por perto, mas não consigo porque minhas mãos estão presas em um aperto.

Idiotas!

Paro assim que sinto algo rectangular na minha bunda.

Minha geringonça chique.

Eu coloquei no bolso de trás, depois de ter pegado o número da Arilia.

Só não posso deixar eles verem, porque se estou aqui é porque os postes do chefinho não conseguiram os alcançar e provavelmente vou morrer nas mãos do psicopata do Chris.

Tenho que tentar ligar para alguém assim que conseguir.

Hora de actuar!

- Me soltem agora. - já vou berrando e me remexendo para garantir que a minha camisola vai tapar minha bunda, para não mostrar o meu celular.

- Cala, ou explodo seus miolos. - um deles diz, embora o calafrio pela ameaça não me assustei.

Nasci ouvindo isso à toda hora.

- Fica quieta! - ele diz outra vez, pois eu me remexia fingindo querer me soltar.

De repente o carro para, e ouço porta abrir, e uma mão gigante cobrir meu braço com força.

- Vamos! - diz me puxando com mais violência.

- Meu filho, eu não sou sua namorada não, para você me puxar assim, idiota. - digo ao imbecil que segurava a minha mão e quase me fez tropeçar ao sair do maldito carro.

- Para quem vai morrer, você fala muito. - ele diz e sinto o trapo que me impedia de respirar bem, sair pela minha cabeça. Me fez piscar inúmeras vezes por causa da luz.

Observo o que está a minha frente e parece um lugar que foi abandonado e ainda por cima por ser assombrado.

Era só o que me faltava, morrer com o psicopata e rodeada de espíritos.

- Se eu morrer farei questão de ir te atormentar com as minhas falas todos os dias. - oh, sarcasmo.

Ele aperta mais o meu braço.

- Cala a boca, e vamos! - ele diz e sai me puxando com o resto dos malditos capangas apontando a arma para mim.

Como se eu fosse tão burra à ponto de morder o braço do nojento desse capanga, e tentar correr com as mãos atadas, com pistolas apontando directamente para a minha cabeça e tentar fugir para não sei onde.

Covardes!

Liam Blande.

Neste momento estamos todos em minha casa, e eu tento manter calma.

Porquê ela teve de ir até esse lugar em que foi apanhada pelo psicopata que a persegue. Eu conversei com ela sobre isso.

Me preocupa o facto dela estar nas mãos daquele maníaco, outra vez. Eu deveria ter a protegido melhor.

E que porra é essa desse tal Gregory Louis estar atrás dela? Quem ele pensa que é para interferir nas buscas?

Mas bem, estou com o responsável de coordenar a investigação e o rastreador. Pegamos a caixa do celular dela para tentar apanhar a sua localização.

- O lugar em que ela está, fica longe dos fios de comunicação, não há rede. - o rastreador diz olhando para o rastreador. - Só sinalizará se ela for a ligar. - ele completa e passo as mãos no meu cabelo para me acalmar.

E se ela já nem estiver com a porra do celular.

Me deixa com algo que nunca senti na vida saber que ela pode estar com alguém tão maluco à ponto invadir uma instituição mesmo sendo um criminoso procurado, só para a ter em mãos e seja lá para que diabos for.

- Porquê não a tentamos ligar? - minha mãe questiona.

- Se ela estiver perto deles, o celular será arrancado se é que já não foi. - o Loan comenta.

- Podemos tentar mandar mensagem. - ela diz. - sons de mensagem não são tão altos. E mesmo se estiver com um dos malfeitores, talvez liguem pedindo resgate. - ela diz e o coordenador assente.

- Resgate eles não pediram, eles querem ela e não dinheiro. - ele diz.

- Tá, vou mandar. - ela diz, mexendo já  no celular.

Kendell Marano Parker.

Estou com a bunda toda dolorida, isso não é nada como nas novelas. Esse sítio é assustador, meio escuro.

Estou provavelmente à muitas horas atada nas mãos e jogada no chão gelado orando com as minhas maluquinhas, quando me assusto ouvindo o portão de ferro abrir com agressividade.

E, graças à Deus, não é o Chris. É um dos capangas dele.

- O Chris, está vindo. - ele diz e meu coração palpita. - levanta às mãos. - ele manda.

- Para quê? - respondo, vai que ele quer cortar. Bandido pode tudo, eu já vi isso na novela.

Ele apenas chia com a boca, e pega minhas mãos enquanto exibe seu canivete.

Mas ele ao invés de me cortar, graças à Deus, corta essa corda que estava impedindo meu sangue de circular.

Antes de eu falar qualquer coisa, calo ao sentir algo vibrar na minha bunda.

Aleluia!

Que bom, que eu não tirei do vibrador ao sair da aula, senão estava frita.

- Aqui não tem como você sair. - ele avisa apontando o canivete tão feio quanto ele na minha direcção.

Na verdade eu não estou vendo a cara do homem, mas deve ser feio.

- Então não se canse e poupe sua vida. - ele diz e eu reviro os olhos, em seguida o vejo sair.

Assim que ele sai pego o celular no meu bolso, que graças à Deus não rachou a tela, da maneira que esses macacos me lançaram.

Vejo uma mensagem da Karine, perguntando se eu estou bem e se ela pode ligar.

Bem, eu estou na medida do possível. E ligar é o que eu vou fazer porque eu não sou nehuma lerda.

Me afasto até à outra ponta desse sítio, vai que a minha voz ecoa.

O celular mal chama e ouço ela começar a falar.

- Kendell? É você? Você está bem querida? - ela questiona com a voz trêmula.

- Sim, sou eu. - respondo. - Para um sítio cheio dos clones do Chris, estou bem sim. Até agora. - respondo e ela suspira.

- Kendell, aqui é o agente da federal bureau. - uma voz grossa diz. - Não desligue o celular estamos apanhando o seu rastro. - ele diz.

- Eu posso não vou desligar mas a recarga não sei se vai durar muito tempo. - ouço risos, e não deixo de me balançar com um sorriso que conheço decor.

- Você pode nos dizer como é o sítio em que você está? - ele questiona.

- Eu não sei, é um lugar que provavelmente está assombrado, não tem nada, mesmo nada à sua volta, e aparenta ser bem antigo... - paro de falar quando ouço alguém falar Chris, e ouvir barulho da porta de ferro. - O Chris... - sussurro.

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