Kendell Marano Parker.
Neste exacto momento estou assistindo, nem me perguntem o quê, porque o meu olhar fica mais tempo focado no chefinho do que no reality show que está passando na TV.
O médico passou e disse que possivelmente me darão alta daqui à dois dias, pois a cavidade foi profunda, mas com o tempo não se notará nada.
E eu nem sei o que o senhor Dain Louis foi fazer a faculdade...
A faculdade!
- Er, che... Liam. - o chamo, vai ser difícil eu me acostumar a chama-lo apenas pelo seu nome. Ele me encara. - a faculdade, eles sabem que não irei comparecer essa semana? - questiono.
- Sabem. - responde apenas isso, e quer me fazer companhia sem falar.
- O que o senhor Dain Louis foi fazer lá? - agora o olhar foi esquisito.
- Não sei Kendell, eu não tenho tempo para saber de Dain Louis algum. - rude.
Não vejo a hora de comprar um celular para mim, assim falo com os meus colegas para saber das novidades na hora.
Tenho vontade de fazer xixi, ainda sinto alguma dor, mas não tanta para chamar as enfermeiras para me ajudar.
Já foi estranho elas praticamente me darem banho, me ajudarem a fazer xixi seria completamente estranho.
Eu ainda estava tomando soro, é aquela coisa que me aplicaram no braço, então vou ter de levar comigo.
Vou tentando me sentar devagar porque a dor pede compaixão.
- O que você está fazendo? - o chefinho questiona se levantando e vindo até mim.
- Me levantar. - respondo enquanto ele me encara intrigado.
- Para o quê? - ele questiona e ele me pega quando vê que eu estou levantando.
É preciso eu mencionar a minha coluna?
Não vocês já sabem.
- Porque tenho vontade de fazer xixi. - respondo quando finalmente me levanto.
- Vamos. - ele diz e hamn?
- Nem pensar, eu consigo fazer xixi sozinha. - respondo e ele me encara com um sorriso.
- Eu já vi tudo isso, se tem vergonha. - ele diz e minha cara fez o quê gente?
Tão indiscreto.
- Eu não me lembro disso. - respondo arrastando comigo aquela coisa do soro até ao banheiro.
- Tem certeza? - ele questiona e eu sinto uma de suas mãos que estava posicionada em minhas costas, descer a minha bunda e dar um aperto subtil, mas o suficiente para acender o que deve ficar apagado.
- Tenho. - minha voz não saiu tão firme quanto queria. Me apresso em entrar e fechar a porta atrás de mim.
- Só não caia. - ouço ele dizer do outro lado, e por algum motivo eu quis rir.
Está sendo estranho, mas estou gostando.
Foi uma maracutaia tentar não me ferir com a agulha do soro que está no meu braço e não cair tentando puxar a bata do hospital e me sentar.
Assim que me despacho, me limpo, vou lavar às mãos e saio.
O chefinho estava falando ao celular, e eu fui me direccionando a minha cama, ele me ajudou e depois saiu do quarto.
E eu fiquei ali assistindo TV, a chamada parecia ser bem importante porque demorou tanto que eu adormeci antes dele ter retornado.
Liam Blande.
Enquanto a Kendell estava na casa de banho, recebi uma ligação do TJ a informar sobre o paradeiro do tal Chris, tive que sair do quarto assim que ela entrou e certifiquei-me que não caia antes de sair.
- Então? - questiono ao TJ que me esperava do lado de fora do quarto.
- Ele mora numa mansão na periferia da cidade. - ele diz. - Mas os policiais não conseguem chegar até lá porque desde o início os seus capangas tratam de evitar, já morreram inúmeros policiais por lá. - ele responde e eu assinto.
- Não será a mesma coisa com a federal international bureau. - respondo e ele assente. - A Kendell mencionou umas senhoras que a ajudaram, uma delas tem uma lanchonete pelo que entendi, alguém terá de se infiltrar e recolher informação de como eles se organizam, talvez ajudará na implementação da estratégia. - digo e ele assente.
- Contactarei o agente Marlon, assim que amanhecer. - ele diz.
- Faça isso e me mantenha informado do que já tiver avançado. - digo e ele assente.
Mas logo à seguir vejo a Rebecca vindo até nós.
Toda vez que eu vejo essa mulher sinto repulsa.
- Boa noite amorzinho. - ela diz parando em frente de mim, e me afasto assim que ela tenta colocar suas mãos em mim.
- Nossa, desde quando ficou tão fiel assim? - questiona em tom de deboche.
- O que você quer? - questiono.
- Vim saber se a esfarrapada já morreu. - ela diz.
- Vá procurar o que fazer. - a mando e volto a minha atenção ao TJ.
- Escuta você não pode me ignorar assim, eu sou a mãe dos seus filhos. - ela grita, chamando mais atenção que o necessário.
- Caso você não tenha percebido, isso é um hospital, pare de gritar. - mando, perdendo a paciência. - TJ, pode ir e leve ela consigo, não à quero ver por perto.
- O quê? Liam! - ela volta a gritar, daí-me paciência.
- Sim senhor, tenha uma boa noite e melhoras a Kendell. - ele diz e eu assinto.
- Liam! Eu estou falando com você. - ela grita e o TJ a pega pelo braço. - Me solta... - ela diz, mas o TJ continua com o que lhe ordenei. - Liam! - a ignoro e entro no quarto.
A Kendell já estava dormindo e por um momento não me aparcebi que estava sorrindo.
Porque merdas eu estou sorrindo?
Por acaso calada fica até mais bonita.
E era interessante olhar para ela enquanto dormia, que não me apercebi que estava tão distraído até ouvir alguém bater na porta.
Era a infermeira.
- Boa noite senhor Liam. - ela cumprimenta e evita manter contacto visual.
Eu sempre acho isso engraçado.
- Boa noite! - a cumprimento de volta. - Algum problema? - questiono a ela que agora está mexendo no soro da Kendell, que continua dormindo feito pedra.
- Não, o soro já está no final. Vou apenas retirá-lo. - ela responde, retirando a agulha que está no antebraço dela, e reparo na careta que ela fez por um instante, mas continua dormindo.
É engraçado de ver. A enfermeira, faz o que deve fazer e se retira.
Nunca pensei que ficaria observando uma mulher dormir, mas me distraí tanto que não me dei conta de quando adormeci.
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Seja Minha.
RomanceEu acho que quando se mistura maluquice, loucura, prazer e poder, pode provocar uma grande colisão. E é isso que está prestes a acontecer. Kendell, uma moça completamente doida se metendo na vida do CEO Liam Blande, de certeza que isso vai dar uma m...