Kendell Marano Parker.
Ele me maquilhou, muito mal por acaso. Pareço uma palhaça.
Fiquei em dúvida se choro ou se rio.
É uma tragicomédia.
Me vestiu feito uma boneca de pano, com um vestido de noiva, me colocou a piruca e embora a maquilhagem de palhaça de circo, estou assustadoramente semelhante a esposa morta dele.
Meu corpo está ficando dolorido, agora consigo sentir que tenho membros, embora ainda esteja pesada.
Ele me levanta, e me deixa encostada desleixadamente sobre a mesa, minhas pernas vão se dobrar a qualquer momento por não me suportar.
Que merda, esse ser psicótico fez comigo?
- Você vai usar esse colar, que estava usando quando morreu. - um arrepio corre pelo meu corpo.
Ele está me tratando como se eu fosse mesmo a esposa morta dele, que terror!
Aproveito que ele vai pegar a caixa do tal colar, e arrasto minha mão pela mesa para pegar o vaso que estava ali enfeitando.
Lágrimas caem pelos meus olhos. Eu acho que é o meu fim, nunca pensei que pegar um simples vaso a centímetros de minha mão fosse um caso extremo.
Estou tão inválida.
Alcanço o vaso e arrasto de maneira dolorosa para trás de mim.
Enquanto ele vem, feliz, desfazendo o feixo do colar, aproveito um pouco a sua distração e distância, para conseguir levantar o vaso com a minha mão agora pesada e dolorida.
Antes dele pousar o colar no meu pescoço, ouço estilhaços de vidro espalharem-se pelo chão com o contato agressivo do vaso com a sua cabeça.
Eu consegui.
Mas também caio pesada, dolorida, no chão, perto do seu corpo também caído no chão, nem sequer penso duas vezes e começo a arrastar-me a porta entreaberta.
Quando chego ao corredor, me arrependo de não ter aceitado conhecer o monstral dele quando vim tratar dos documentos.
Não sabia para onde me arrastar!
Me arrastar!
Vou me arrastando pelo chão, rumo a mesinha que tem um telefone fixo, perto das escadas.
Assim que alcanço a mesinha, ao tentar me levantar, coloco minhas mãos nos pilares da mesinha, mas foi com tanta força que derrubei a mesinha junto com o telefone fixo, fazendo um ensurdecedor.
Ele não tem funcionários? Porquê ninguém aparece?
Talvez seja melhor não aparecerem mesmo, às tantas são psicopatas como o chefe também.
Puxo o telefone fixo.
Ele é daqueles chiques, mas antigos, quase parecido ao da dona Rosinha.
Liam... Liam...
Minha mente chamava por ele, enquanto eu girava o dedo o mais depressa que conseguia, marcando o número dele.
Encaixo o telefone no ouvido e não ouço nada!
Por favor, não me digam que essa geringonça não funciona.
- Liam... - minha voz sai travada e fraca, assim que obtenho sinal de que já estava em linha.
Meu coração explode de alívio.
- Kendell, Kendell meu amor é você aonde você está? - meu coração.
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Seja Minha.
RomanceEu acho que quando se mistura maluquice, loucura, prazer e poder, pode provocar uma grande colisão. E é isso que está prestes a acontecer. Kendell, uma moça completamente doida se metendo na vida do CEO Liam Blande, de certeza que isso vai dar uma m...