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Kendell Marano Parker.

- Liam. - depois de um tempo em silêncio volto à falar, seus olhos voltam aos meus. - Tudo bem, não foi nenhum exagero, desculpa. - peço, e ele simplesmente assente.

Mimoso.

Mas sei lá, eu não consigo, ou simplesmente não me permito ficar a remoer às coisas de uma forma que crie rancor. Eu vivo o a coisa lá e espero que fique lá, não tem porquê eu me matar lembrando disso, porque não quero perdoar, e ficar sofrendo todos os dias da minha vida por me lembrar de certas coisas.

Caso contrário não viverei, nunca! Porque motivos para sofrer... ah se tenho.

- Mas também, não foi o Senhor Dain Louis quem me sequestrou, muito menos as pessoas inocentes que tabalham naquela empresa. - constato. - Não processe a empresa. - eu falo o encarando e ele suspira frustrado.

- Como você quiser. - ele por fim diz.

Dia Seguinte.

Acordo ressaltada pelo pesadelo que estava tendo, e bastou abrir os olhos para sentir lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Eu tive culpa pela morte dos bebês. Era isso que o pesadelo dizia, a esposa morta do Gregory dizia, todos diziam.

- Shhh, foi apenas um pesadelo meu amor. - a voz de sete trovões me faz ficar mais calma.

- Eu sou a culpada por eles terem morrido. - constato me sentindo realmente culpada.

Eu simplesmente não consigo parar de pensar nisso, não consigo. E dói.

- Eu não quero mais ficar aqui. - digo saturada, limpando as lágrimas com as costas da mão.

- Só poderá sair daqui à 5 horas. - ele diz, mas não o ligo.

As minhas santas maluquinhas, não estão muito bem por agora.

Me esforço a sentar na cama sem a ajuda dele que claramente não iria me ajudar a levantar daqui, antes da hora exacta da alta, e retiro a agulha do soro de dentro da veia do meu braço.

- Kendell! - ele me chama atenção, se aproximando, mas eu não o deixo chegar perto.

Por enquanto não.

- Agora não Liam. - eu sinto uma grande necessidade de estar sozinha.

Me levanto da cama em um esforço entanto, meu corpo deve estar mais pesado que o de um elefante que andou à luta com um rinoceronte.

Então me direcciono a porta que sei que é aonde fica o banheiro.

Já que parece que passo metade da minha vida aqui, né!

Perceberam a ironia?

- Não. - não permito que o chefinho que me seguia enquanto andava, entre comigo o banheiro, sinto necessidade de estar sozinha e parar de fingir que está tudo bem.

Entro no banheiro e fecho a porta atrás de mim.

Inevitavelmente as minhas mãos vão para a minha barriga vazia.

Sem bebês e sem comida.

Eu me sinto tão culpada por não ter percebido que estava grávida antes.

Eu ainda estava dentro do ciclo normal do meu período, por isso não desconfiei de absolutamente nada, única vez que vomitei foi por ter bebido champanhe como se fosse água, eu sempre comi "pouco né", não vejo outro sinal para além do sono, que por acaso sempre tive em excesso.

Porquê coisas dessas acontecem comigo, meu Deus!

Retiro a bata e vou chorar dentro do box, por um bom tempo, aprendi na novela e por acaso funciona muito bem.

Não sou eu que pago água, na mesma!

Visto às roupas que o Loan foi buscar ontem no monstral com a Joana.

Desembaraço meu cabelo molhado com os dedos, já que ela esqueceu de colocar pente aqui e visto meu fato de treino azul escuro, e minhas sapatilhas para sair do banheiro.

Bastou sair do banheiro, para iniciar uma palestra completa de zanga e preocupação do senhor Leão, do doutor velho gato, até estar aqui no carrão do chefinho indo para o monstral.

O chefinho percebeu que eu preciso colocar as minhas ideias em ordem, senão acabaria por explodir e ficar psicopata que nem o Gregory, então respeitou o meu espaço.

Muitas coisas nesse Senhor Leão, são intrigantes e incompreensíveis, ele é tão imprevisível.

O silêncio no carrão foi agradável, durante todo o caminho para o monstral.

Ao menos o meu sistema nervoso está voltando ao seu estado normal.

Estado normal da Kendell.

.

Quando chegamos, os meus pestinhas voltatam a aquecer o meu humor, é impossível ficar na bad, nesse monstral.

6 Dias Depois.

Hoje é sábado, e aconteceu muita coisa. Coisa demais!

Aproximem, para eu vos contar as minhas fofocas!

Primeiro e mais importante porque sim!

Virei famosa!

Ah tá Kendell.

Sério galera!

E dessa vez não é por ter aparecido na TV enquanto estava desmaiadamente horrível, entrando no hospital, tá!

Mas bem, não era a celebridade que eu estava imaginando que seria nas redes socias que andei baixando né, mas enfim.

Virei famosa por causa do chefinho!

Aí vocês dizem: Óbvio né Kendell!

E eu respondo: Óbvio nada, me deixem curtir minha fama súbita.

Mas bem, eu já sabia que andavam comentando coisas, e tinham informações e fotos vazando por aí.

Mas eu não tinha celular e só ouvia por aí, cochichos e tal.

Mas agora eu vejo os meus seguidores nas redes sociais à aumentar como se eu fosse a Anitta, só por causa dos rumores e das notícias que envolvem o chefinho.

Porque prontos, o chefinho pedaço de mau caminho, anda muito atencioso e meu coração derretido já há muito tempo, se ilude cada vez mais.

Passamos por um mau bocado, pois, publicaram na mídia sobre tudo, inclusive rumores da perda dos bebês, e ele fez questão de processar a revista, que agora está fechada.

É, ele ficou "nervosinho."

Já o chefinho que me deu fama, nem sequer mexe nas redes sociais dele, ele tem uma acessora de imprenssa e ela é quem publica às coisas, e não são fotos e essas coisas, são coisas que tem haver com negócios por aí fora.

Também né, com tantas ligações até as fotos sozinhas desistiriam de ser publicadas.

Eu só volto ao trabalho próxima semana, e hoje é o dia da inauguração da casa nocturna do Loan, só se fala disso pela mídia.

Eh, agora vocês vão sofrer eu tenho celular e vejo tudo.

Agora vocês me questionam do Gregory!

O maluquinho sempre teve problemas mentais, tanto que matou à esposa uma semana depois do casamento ou isso, por alguma paranóia mental.

Sendo o único filho e herdeiro que o senhor Dain Louis tem, ele protegeu o crime do filho, acreditando ter sido um acidente que no fundo ele sabia que não era, e depois apareceu a azarada Kendell que é quase totalmente parecida com a mulher lá e quase teria o mesmo final. Fim.

Quando eu ficar velha, se conseguir sobreviver à tantas emoções, terei inúmeras histórias para contar.

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