Capítulo 31

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Vitória não tinha conseguido pregar o olho, sua cara estava péssima a maquiadora teria um grande trabalho pela frente. Tomou seu banho e foi para o estúdio gravar, precisava tirar Gabriela de sua mente e para isso nada melhor que focar no trabalho. Durante os dias que se passaram ela saia cedo de casa e quando voltava caia de cabeça no trabalho para decorar os textos.

Queria tirar Gabriela da cabeça de qualquer jeito, desde o dia da briga elas não tinham conversado mais. A estreia da novela estava se aproximando e como era comum a emissora faria uma festa de lançamento e todo o elenco acompanhava a novela juntos. Vitória tinha planejado convidar Gabriela para irem ao evento juntas, mas depois de tudo tinha desistido da ideia.

Gabriela continuou sua rotina indo ao estúdio e a noite dormia na casa de Ana. Naquele dia específico estava almoçando com Marina em sua sala como já era comum.

- Pensei em repetirmos o jantar. - disse Marina.

- Não acho que seja uma boa ideia.

- Por quê? Vitória não gostou? - quis saber Marina.

- Nós terminamos.

- Por causa do jantar? Sinto muito Bi. - disse Marina.

- Não, foram por outros motivos que não vem ao caso. - disse Gabriela.

- Que pena. - limitou-se a dizer Marina.

- Hoje é a estreia da novela. - disse Marina depois de um tempo.

- Já? - espantou-se Gabriela.

- Sim, porque você não janta hoje com a gente? - perguntou Marina.

- Vamos deixar para amanhã, hoje tenho muito trabalho pra fazer. - mentiu Gabriela.

Marina assentiu e as duas terminaram de almoçar.

Gabriela estava inquieta, era a estreia da novela, Vitória deveria estar super animada com aquilo. Pensou em ligar, mandar um mensagem, quem sabe flores? Mas resolveu manter o silêncio.

Ana tinha lhe avisado que tinha um evento programado para a noite com Ricardo então Gabriela ficaria sozinha no apartamento. Assim que chegou em casa sentou na sala e ficou pensando se deveria ou não ver a novela, acabou por ligar a tv, ainda faltava um tempo para começar e ela pegou o notebook para adiantar umas fotos.

Assim que ligou o notebook foi parar nas fotos que havia tirado de Vitória durante a viagem delas e ficou ali observando Vitória e seu sorriso. Saiu das fotos e foi pesquisar sobre a personagem de Vitória na novela, leu tudo atentamente e ligou a tv para ver a novela. Tocou seu pingente no pescoço que fora presente de Vitória e segurou firme.

Ao contrário do que ela pensou, não sentiu ciúmes de Vitória apenas admiração, era claro que a atriz na tela não era a Vitória que ela conhecia , era apenas uma personagem que Vitória desempenhava incrivelmente. As cenas mais calientes eram um pouco demais para seus olhos e ela resolveu não ver, mas o resto foi lindo de ver Vitória em cena.

Queria estar ao lado dela naquele momento e sentiu saudade de tê-la por perto. Pensou em ligar, mandar mensagem mas acabou desistindo. Ficou ali lembrando de todos os momentos com Vitória e como a relação era leve e fácil. Escutou seu celular tocar e foi atender.

- Marina aconteceu alguma coisa? - perguntou Gabriela.

- Não, quer dizer o pessoal do estúdio esta aqui em casa, estávamos bebendo e conversando porque você não vem pra ca? - disse Marina.

- Não sabia que iam se reunir hoje.

- Aconteceu, mas Bi vem pra cá vai? - insistiu Marina.

- Tudo bem, estou indo. - disse Gabriela, ela queria espairecer a cabeça e esquecer um pouco Vitória.

Ao chegar em seu apartamento Gabriela abriu a porta e encontrou apenas Marina sentada na sala de hobbie bebendo uma taça de vinho.

- E o pessoal? - perguntou Gabriela.

- Não tem ninguém, foi o jeito que eu encontrei de fazer você aparecer. - disse Marina.

- Desnecessário hein Marina. - reclamou Gabriela.

- Senta aqui Bi, pega essa taça de vinho. - disse Marina alcançando a taça para Gabriela.

Gabriela tomou um pouco e sentou ao seu lado no sofá.

- Tô precisando me distrair vamos tomar shots de tequila? - disse Marina.

- Se distrair por quê? Roger voltou a te incomodar?

- Algo por aí, mas agora eu não quero falar disso. - disse Marina pegando a tequila, o limão e o sal.

Marina serviu as doses e as duas tomaram.

- Se você precisar de ajuda pode me falar. - disse Gabriela.

- Eu só quero esquecer tudo isso. - disse Marina se servindo outra dose.

Na quarta dose Gabriela rejeitou e as duas voltaram para o vinho.

- Viu a novela? - perguntou Marina.

- Vi. - disse Gabriela.

- E então?

- E então o que?

- O que achou, ainda deseja ela? - perguntou Marina.

- Eu não quero falar disso. - disse Gabriela já um pouco tonta.

Marina levantou do sofá e tirou o hobbie ficando completamente nua.

- O que você esta fazendo, Arthur pode aparecer aqui. - recriminou Gabriela.

- Arthur está dormindo e eu já estou cansada de ficar negando o que esta claro. - disse Marina avançando sobre Gabriela.

- Não, você está passando dos limites. - disse Gabriela indo contra Marina que se aproximava cada vez mais.

- Eu duvido que ela faça com você 1% das coisas que eu fazia. - disse Marina sentando no colo de Gabriela e lambendo a sua orelha.

- Me diz que ela te chupa do jeito que só eu sei fazer. - insistia Marina.

Gabriela sentiu seu corpo se arrepiar com aquele toque, talvez fosse bom transar com Marina e tirar de uma vez por todas Vitória de sua cabeça.

- Olha como você me deixa. - disse Marina pegando a mão de Gabriela e arrastando até seus seios. Gabriela estava se deixando levar por aquilo. Marina puxou seu cabelo e a beijou, sua língua buscando a todo momento Gabriela.

Gabriela se deixou levar pelo beijo e sua mente imaginou Vitória lhe falando aquelas coisas no ouvido, ela segurando os seios de Vitória e o beijo de Vitória que era único, como ela queria aquela mulher, com toda as forças do seu corpo, ela queria e precisava de Vitória. Só tinha um problema a mulher que ela estava beijando não era Vitória.

Assim que abriu os olhos e viu Marina em seu colo, Gabriela pegou o hobbie do chão e a vestiu.

- Desculpa, mas eu não consigo. - disse Gabriela.

- Vamos relembrar os velhos tempos, eu e você. - insistiu Marina.

- Eu sinto muito, mas eu não consigo eu amo ela. Eu amo a Vitória. - repetiu Gabriela, era a primeira vez que ela dizia aquilo em voz alta e como era libertador.

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