Capítulo 34

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- Precisamos de sangue O negativo com urgência, para a paciente Vitória Pierce. - disse uma enfermeira na sala de espera.

- Eu. - disse Gabriela e foi juntamente com a enfermeira doar seu sangue.

- Esta tudo bem? - perguntou a enfermeira ao ver a blusa de Gabriela estar coberta de sangue.

- Sim, tudo bem. Como Vitória esta? - perguntou Gabriela.

- O médico vai falar com você mais tarde, no momento precisamos de sangue.

- Tudo bem. - disse Gabriela aflita.

Assim que terminou de doar seu sangue, Gabriela voltou para a sala de espera e logo viu Ana na recepção buscando por notícias.

- Gabi. - disse Ana e abraçou Gabriela que desabou em seus braços.

- Calma. - disse Ana enquanto Gabriela chorava sem conseguir parar. Depois quando finalmente se acalmou Ana sentou com Gabriela.

- O que aconteceu? - perguntou Ana.

- Marina, eu nunca imaginei que ela fosse capaz de fazer isso. - lamentou-se Gabriela.

- Fica calma, e me conta exatamente o que aconteceu? - pediu Ana.

- Eu estava no café conversando com Vitória, quando Marina apareceu com uma arma, visivelmente alterada. Ela apontou a arma para Vitória e eu fiquei na frente dela, mas em um movimento rápido Vitória saiu da minha frente e Marina atirou acertando o abdômen de Vitória. Depois disso tudo aconteceu muito rápido e alguém chamou a polícia. Marina estava fugindo quando a polícia chegou e conseguiu captura-la. - disse Gabriela.

- Meu Deus Gabi, Marina passou de todos os limites. - disse Ana espantada.

- Como esta Vitória? - quis saber Ana.

- Ainda não sei, a enfermeira só me disse que precisava de sangue O negativo e eu fui doar. - disse Gabriela.

- Fica aqui que eu vou tentar saber mais informações. - disse Ana.

Gabriela ficou sentada esperando Ana voltar.

- Vitória esta sendo operada parece que a bala pegou o abdômen dela. Precisamos avisar o pai dela, você já fez isso? - perguntou Ana.

- Não, isso nem me passou pela cabeça. - disse Gabriela.

- Tudo bem, deixa que eu resolvo, vai comer alguma coisa tenta se acalmar. - disse Ana.

- Tudo bem. - Gabriela foi até a cantina do hospital e pegou um café.

- Já resolvi tudo o pai dela esta vindo para cá. - disse Ana encontrando Gabriela na cantina.

O dia passou arrastado para Gabriela que não quis ir para a casa descansar, precisava saber notícias de Vitória antes de fazer qualquer coisa. Ana acabou resolvendo tudo, falou com a imprensa sobre o que havia acontecido e Gabriela agradeceu a amiga por fazer aquilo.

A noite a cirurgia de Vitória tinha terminado e o médico havia informado que tudo tinha ocorrido bem e elas deviam esperar Vitória acordar. Agradeceu Gabriela por ter doado o sangue para Vitória, já que era um tipo de sangue raro.

O médico terminou de falar com Gabriela e Ana e o pai de Vitória chegou no hospital.

- Vim o mais rápido que pude como ela esta?- perguntou Victor, o pai de Vitória.

- A cirurgia já terminou ela esta dormindo, mas tudo ocorreu bem. - disse Ana.

- Graça a Deus, foi com você que eu falei ao telefone não foi? - disse Victor.

- Eu mesma, Ana. - prazer.

- Prazer Ana, Vitor.

- Essa é a Gabriela uma amiga. - disse Ana.

- Prazer. - disse Gabriela.

- Então meninas como isso foi acontecer? Vitória nunca foi de entrar em briga o que houve? - perguntou Victor.

Gabriela olhou para Ana e não sabia o que dizer, ela se sentia muito culpada por aquilo ter acontecido principalmente porque Vitória nunca teria conhecido Marina se não fosse por ela.

- Parece que foi uma especie de assalto, mas a criminosa já foi presa. - disse Ana.

- Graças a Deus, rezei muito pela saúde da minha filha. Já podemos vê-la? - perguntou Victor.

- Assim que ela acordar o médico vai nos avisar. - disse Ana.

- Tudo bem, vou pegar um café, vocês querem? - perguntou Victor.

- Não, obrigada. - disseram as duas e Victor saiu.

- Especie de assalto? - disse Gabriela.

- O que você queria que eu dissesse? Ele sabe sobre a relação de vocês duas? - quis saber Ana.

- Não faço a menor ideia, nunca conversamos sobre isso.

- Parece que vocês não conversavam sobre muita coisa. - disse Ana.

Gabriela nada disse e em seguida Victor voltou e sentou ao lado delas.

- Eu preciso ir até em casa, vocês me ligam assim que ela acordar? - pediu Ana.

- Claro. - disse Victor e Gabriela assentiu.

Os dois ficaram sentados ali enquanto esperavam Vitória acordar.

- Você é atriz também? - perguntou Victor.

- Não, tenho um estúdio de fotografia. - disse Gabriela.

- Ah desculpe, é que Vitória se mudou a pouco tempo e eu ainda não estou familiarizado com as amizades dela por aqui, sempre fomos eu e ela costumava me contar tudo. - disse Victor.

- Não tem problema, eu acabei tirando umas fotos dela para uma marca, foi assim que nos conhecemos. - disse Gabriela.

- Entendo. A última vez que conversei com ela no telefone ela me disse que queria me apresentar alguém que ela estava apaixonada. Você o conhece? - perguntou Victor.

Gabriela sentiu seu rosto ferver e não sabia o que responder.

- Na verdade não conheço. - disse Victor.

- Ela me falou de um jeito tão apaixonado sobre ele, queria conhece-lo, será que ainda estão juntos? - disse Victor.

- Vou pegar um café, o senhor quer outro? - perguntou Gabriela.

- Não obrigada, estou bem.

Gabriela saiu dali rapidamente. Será que o tal cara que Vitória estava apaixonada era o mesmo cara da novela? Não podia ser, antes de Marina aparecer no café Vitória tinha dito que amava Gabriela, não era possível.

Gabriela ficou enrolando com seu café para depois em fim voltar para a sala onde o pai de Vitória estava esperando. Assim que voltou não o viu mais, o que foi um alívio.

- Será que Vitória ja acordou? - pensou Gabriela e foi até a porta do quarto.

- Oi, pode entrar. - disse Victor.

Gabriela entrou e viu Vitória deitada na cama.

- Oi. - disse Gabriela.

- Oi. - disse Vitória.

- Como você ta? - perguntou Gabriela.

- Bem. - disse Vitória.

O climão estava instaurado no quarto, mas o pai de Vitória parecia não perceber aquele clima.

- Vou ligar para Ana e avisar que você acordou. - disse Gabriela.

- Eu já fiz isso não se preocupe. - disse Victor.

- Ótimo. - disse Gabriela sem saber o que fazer e o que falar naquele quarto.

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