𝐈 | 𝟏𝟕. ACERTO DE CONTAS

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CHRIS EVANS

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CHRIS EVANS

Não era ego ferido, era outra coisa. E a cada copo de vodca, mais eu sentia que meu corpo estava prestes a entrar em combustão, uma vez que tão logo começara a se acostumar com a acidez no estômago, algo sobre o qual eu não conseguia controlar. Outrora, teria me amaldiçoado por estar há três horas enchendo a cara num bar pequeno no centro, pensando em Selena e criando hipóteses sobre aquela noite.

Depois disso, comecei a trocar olhares sutis com a ruiva do outro lado do bar. Olhos verdes, pele leitosa e curvas notórias, com seios avantajados e um batom vermelho sangue, tal como a tinta de seus cabelos.

Mesmo com a cabeça explodindo e um olhar distorcido, podia notar seus sorrisos descarados, deixando-me em alerta. Eu havia bebido muito para um homem da minha idade. E isso significava muita coisa.

Reigh reapareceu, com um sorriso meio apertado no canto da boca, como se estivesse se gabando por alguma bobeira que havia encontrado no caminho.

- Sua voltinha valeu à pena? - era suposto que ele risse da minha pergunta, mesmo quando estivesse se endireitando ao meu lado e pedindo uma rodada de tequila antes de partirmos.

Eram quase duas da madrugada. Os bares de Nova Iorque começavam a fechar em torno desse horário.

- Acabei de conhecer a mulher da minha vida. - contou o rapaz, após empurrar a bebida goela abaixo e passar a ponta da língua no lábio inferior, escondendo um sorriso torto no canto da boca. - Preta, engraçada e com uma bunda que me deixou maluco. Ela é uma verdadeira obra de arte. E é uma prostituta. A gente ficou um tempo falando sobre basquete.

- Prostituta? - eu o examinei dos pés à cabeça, entretido pelo olhar ameno do mais novo.

Reigh torceu os lábios em contrapartida.

- É. - assim, mexeu a cabeça enquanto encarava os arredores do bar, na certeza de que a tal mulher estivesse o olhando de longe. - Me cobrou 100 dólares a hora, mas eu pagaria até mil por uma noite com ela. E a gente nem precisaria foder, 'ta ligado?

Soltei uma risada alta, jogando a cabeça para trás e fazendo com que Reigh me segurasse pelos ombros. Se não fosse por ele, eu teria caído.

- Está falando sério? - passei as mãos nos cabelos enquanto dizia.

Reigh disse que sim balançando a cabeça, mas optou por acrescentar:

- Sobre ela ser uma prostituta? Sim. - sem que eu respondesse, ele concluiu: - Ela me passou seu número de celular, caso eu queira um programa depois, já que eu disse que estava de babá do meu melhor amigo essa noite.

Fiquei carrancudo, desviando o olhar até a ruiva do outro lado. Ela lançou um sorriso selvagem enquanto eu levava mais um copo de vodca à boca. Foi naquele momento que comecei a sentir com mais deslumbre o efeito do álcool se alastrando pela minha pele, a ponto de me deixar superaquecido com muita facilidade. Podia sentir um toque sereno na espinha das costas sempre que me inclinava, a fim de controlar os pensamentos.

EGYPTIAN BLUE EYESOnde histórias criam vida. Descubra agora