𝐈𝐈 | 𝟐𝟕. ADMIRADOR SECRETO

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Sentia-me bêbada de um sentimento selvagem e romântico, mesmo que ele nada tivesse a ver com Paris e todos aqueles biscoitos da sorte

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Sentia-me bêbada de um sentimento selvagem e romântico, mesmo que ele nada tivesse a ver com Paris e todos aqueles biscoitos da sorte. Nem mesmo o inverno da cidade conseguia esfriar a sensação quente que me arrebatou enquanto eu ainda encarava seus olhos azuis. Neles, Chris carregava uma galáxia inteira. E eu me lembraria daquele olhar em seu rosto pelo resto de nossas vidas.

Eu não senti medo, mesmo que aquilo tivesse atingindo o meu limite. Eu senti um amor tão inexplicável e gigante que o cheiro daquela manhã estava palpável. A brisa quente, a respiração que desconcertava a minha cabeça... Tudo parecia acontecer em proporções absurdas.

- Por favor, diga alguma coisa. "Sim. Não. Suma da minha vida."

Chris estava inseguro, de repente. A beleza em seus olhos carregada também por aflição e um medo que não consegui entender até notar o tempo que gastei pensando sobre o quanto eu estava apaixonada.

- É claro que eu quero.

O sorriso que esmagou meu rosto deu forças para que ele se levantasse e me apanhasse em seus braços.

Pensar não era uma opção. A resposta era clara para mim. Até uma criança perceberia o quanto eu o amava. Christopher era o meu amor. Ele era corajoso, valente e selvagem. Eu nunca esperei que ele aparecesse, mas ele era o meu calcanhar de Aquiles.

Beijá-lo me trouxe uma sensação oscilante no estômago, com quando eu era jovem demais para saber sobre o amor. Aquele sentimento era maior do que eu poderia suportar, porque ele era um abismo e eu estava caindo.

A luz agradável que vinha do dia fazia o brilho de seus olhos despertar. E foi com se o mundo estivesse fugindo dos meus pés quando, em seus braços, Christopher colocou em meu dedo o anel de noivado. Ele tinha o brilho das estrelas e a intensidade que eu carregava no peito.

O sorriso que cresceu em seu rosto foi o suficiente para me fazer voltar à realidade. Estava presa num transe que mexia com a minha cabeça e deixava as pernas bambas, mesmo encarando seu olhar endiabrado.

- Então, agora você é minha noiva, sargento Gomez? - brincou o homem, passando o nariz pelas minhas bochechas. Mesmo de olhos fechados, eu podia sentir o amor de seu corpo no meu. - Ou seria... Sargento Evans?

- Sargento Gomez! - afirmei, balançando a cabeça. Chris soltou uma risada, como se minha resposta tivesse sido previsível. Talvez ele fosse a pessoa que mais soubesse sobre mim, pois havia me aceitado e me amado daquela maneira, porque para ele não bastava se apaixona somente pelas minhas qualidades. Fazer isso era fácil demais. - Também trouxe algo para você.

Naquele momento, meu coração disparou. Ainda estava nervosa sobre aquela novidade, mesmo sabendo que encontraria apoio em seus braços. Tê-lo na minha vida era uma benção. Mas, mesmo assim, eu não quis pensar em nada quando Chris pendeu a cabeça para o lado, capturando minha expressão carregada, os olhos ressentidos e o coração a mil.

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