𝐈𝐈 | 𝟑𝟕. ERA DE OURO E ALGO BOM

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SELENA GOMEZ

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SELENA GOMEZ

Sentia-me em combustão. Estava aterrissando em um lugar onde eu desejava que fosse seguro. O ar tinha cheiro de melão, mesmo naquela época fria do ano.

Os cabelos castanhos dela estavam emaranhados. O sol escondia-se nas nuvens carregadas de dezembro. A nevasca chegaria dentro de alguns dias, deixando as bochechas de Amélia vermelhas como o cachecol que circundava seu pescoço. E ela coloria estrelas em um céu tão azul quanto um oceano sob a noite de verão.

Ela se encolheu, depois que seus olhos escuros me capturaram e um turbilhão de sentimentos apossou seu rosto frágil e inocente. Então, eu me aproximava de mansinho, desejando ir além.

Amélia abriu um sorriso, as pontas de sua boca seguiram até as orelhas. Seu rosto era varrido por uma expressão de surpresa, mas ela ainda assim parecia feliz por me ver. Ela me assistiu por um instante, deixando seu lápis azul de lado, sobre a pequena folha de papel. Os dedinhos pálidos ficaram quietos, então.

Sentei-me a sua frente, observando as emoções que percorriam seu pequeno rosto de menina.

- Você está bem! - exclamou Amélia, feliz pela notícia. - Eu te vi na televisão. Um homem mau também pegou você, não é? - temeu ao perguntar, mas ainda assim quis saber a resposta.

- Sim. - dei um sorriso de lado. - Mas eu sou uma Gomez. E você sabe o que ser uma Gomez significa, não sabe?

Seus dentes branquinhos apareceram através de um sorriso orgulhoso.

Amélia olhou para o meu corpo, procurando por alguma coisa. Então, ela apontou para a minha barriga e um olhar curioso surgiu, de repente.

- Cadê a sua barriga de grávida?

Olhei sobre o ombro e fiz um sinal. Foi quando Chris desceu do carro e deu a volta neste, abrindo a porta de trás para apanhar Ayra da cadeirinha. Segurou-a firmemente em seus braços, deixando Amélia curiosa a ponto de deixar o lápis azul cair no chão. Ela quase saltou para longe, mas manteve o controle do próprio corpo abrindo um sorriso. Sem dizer uma palavra, voltou seus grandes olhos castanhos até mim, como se mal acreditasse que eu estava ali só para deixá-la conhecer a minha bebê.

A presença de Chris não foi importuna. Ele sentou-se ao meu lado, cuidadosamente, para não assustar a menininha, que esticou a mão para tocar na criança.

Ayra abriu um sorriso. Ela era extrovertida e gostava da atenção das pessoas. Soltou um gritinho de felicidade e abriu as mãozinhas enquanto também mexia seus dedinhos em um forte sinal de animação.

- Ela nasceu! - Amélia disse, notoriamente feliz. - Ela é muito linda. A bebê mais linda que eu já vi. Eu juro. - Chris soltou um riso amistoso, enquanto olhava para a criança em seu colo. - Qual é o nome dela?

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