𝐈𝐈 | 𝟐𝟓. ATAQUE DE PÂNICO

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Eu sentia falta de algumas coisas e fantasmas do passado, mas essas eram questões que não fariam mais parte da minha vida

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Eu sentia falta de algumas coisas e fantasmas do passado, mas essas eram questões que não fariam mais parte da minha vida. Eu havia aprendido a não sentir mais do que realmente doía. Minhas sessões com Scott amadureceram meu estado de espírito. Tinha aprendido a respirar melhor. Meu coração nunca mais havia se quebrado.

Toda noite voltava para casa e sabia que tinha os braços de alguém como uma válvula de escape. Dessa forma, aprendi a lidar com todos os problemas que eu tinha comigo mesma, pois havia escolhido muito bem quem poderia me ferir. Não era qualquer pessoa. E isso significava muito para o tipo de mulher que eu estava me tornando.

Um ano depois, o distrito 6-4 havia passado por grandes mudanças. Agora tínhamos uma tenente, uma sargento e duas detetives da polícia. Para um departamento como aquele, havíamos dado um passo e tanto desde o comando oficial de um novo capitão. Ele estava revolucionando aquele lugar. Era um ótimo xerife.

Eu estava em paz. Coloquei a bolsa em minha poltrona, alonguei o pescoço e encarei a pilha de papéis sobre a mesa, com um olhar cético.

- Quem pegou os meus bolinhos? - o grito que se alastrou pelo andar fez com que o esquadrão se alertasse.

Choi apareceu de mansinho, dando-me um sorriso capaz de fazer suas bochechas pálidas encontrarem um tom bambino de rosa.

- Acho que foi o capitão. - sugeriu a mais nova, ainda paciente e refém de uma expressão carrancuda que eu havia forçado ao encarar a sala de Christopher, pouco distante do meu gabinete. - Parece que ele só quer uma desculpa para te ver essa manhã.

Soltei uma bufada infeliz.

- Cretino! - assim, praguejei.

Fui rápida em consertar o uniforme e praticamente correr até a porta de acesso à sala do oficial comandante. Entrei sem apresentações. Através de seu olhar azul e diabólico, percebi o bom humor correndo por suas veias. O sangue drenava nas bochechas, completamente ausente do inverno de fevereiro.

Tive uma bela memória de seu abdômen incrivelmente definido ao encará-lo com uma camiseta social branca, as mangas arregaçadas até os bíceps. Ele estava à vontade, sorrindo para mim como se eu fosse seu aroma favorito.

- Ainda está chateada? - perguntou, as bochechas crescendo em um tom vermelho escarlate.

- Chateada não seria a palavra certa. Talvez irritada. - fiz que não com a cabeça, enquanto me aproximava de sua mesa. Assim, pude sentir com mais serenidade sua fragrância masculina, algo que havia trazido da Europa em nossa última viagem.

- A barba vai crescer, Selena - insistiu o homem, rindo as minhas custas - São apenas pelos. Para a sua felicidade, não posso me livrar deles para sempre.

Meu indicador subiu num movimento extremamente rápido.

- Não são apenas pelos. E eu não vou entrar nessa discussão com você novamente. Continuo com a greve de sexo até que você esteja de barba.

EGYPTIAN BLUE EYESOnde histórias criam vida. Descubra agora